terça-feira, 26 de abril de 2016

O teu maior desafio



O maior desafio que o ser humano tem de superar é o do confronto consigo próprio, é a forma como lida com aquilo que acredita ser e aquilo que aparenta ser. Normalmente perante a sociedade procura dar uma imagem de si que é trabalhada, muita das vezes de forma inconsciente, outras conscientemente.

Cada um procura dar uma boa imagem de si, procura demonstrar a sua melhor versão ou na ausência de uma boa autoestima, quando crê ser menos do que é, quando se julga inferior aos outros, sujeita-se a um julgamento interno castrador, que depois reflete-se externamente.

Nesse confronto incessante entre aquilo que julga que é e aquilo que quer transparecer para os demais, vai-se esvaindo as suas energias, pois nenhum ser humano é perfeito, nem consegue ser e assim sendo é perfeito que o seja. Porque perfeita já é a essência do que somos feitos e como tal nada há a aperfeiçoar.

A razão de ser da realidade humana é mesmo a vivência daquilo que se é no momento presente, do modo que se apresente essa mesma realidade. Independentemente do julgamento que seja feito da realidade, o ser bom ou mau e tudo o resto entre esses extremos, tudo isso é aquilo que somos e o que somos é indivisível, é uno.

Bom ou mau é uma estória criada na mente e que alimentamos com a nossa atenção, mudando o foco da nossa atenção, aquilo que é bom pode deixar de o ser, assim como aquilo que é tido como mau, também o pode deixar de ser.

Mas não acredites nisto que acabas de ler, apenas porque eu o escrevi, aquilo que te deves permitir é experimentar por ti, pois nada substitui a tua experiência. Muitas pessoas podem-te dizer aquilo que será o melhor para ti, aquilo que será o ideal, mas apenas tu podes viver a tua vida, mais ninguém o fará por ti.

Permite-te o desafio de deixar de resistir à realidade tal como ela se apresenta, permite-te temporariamente aceitares-te tal como és, fica atento e observa esse diálogo interno quando ele começa a criticar aquilo que és, quando começa a julgar a tua aparência, as tuas atitudes, quando começas a contar-te estórias sobre o quão afastado dos outros, que são melhores que tu, estás e o quanto tens de mudar para um dia talvez mereceres algo mais, algo melhor.

Observa apenas, sem julgar, sem lutares contra o que te desagrada, mas sim atento ao que sentes, atento às emoções que surgem, atento aos pensamentos que aparecem e quanto mais te permitires fazer este desafio mais ciente da verdade em ti estarás e mais em paz contigo estás. 

Começas desse modo a dar término a essa guerra constante que se dá dentro de ti e que crias acontecer apenas fora de ti. Descobrindo quem és de verdade, com tudo de bom e mau que existe em ti, encontras o maior dos tesouros, a maior das sabedorias e que é a perfeição daquilo que é.

Na verdade definição alguma pode descrever a verdade da essência em ti e o quão libertador isso é.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Melhorar a relação contigo própria




Esta experiência humana é feita de contrastes, de altos e baixos, no entanto depende apenas de ti a relação que estabeleces com a vida, pois a vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que tu és. Crês que a vida é algo externo a ti e que pouco ou nada podes fazer sobre ela, e é assim enquanto acreditares que existe uma separação entre aquilo que és e a vida que acreditas viver.

Tu és vida em plenitude e tomas consciência disso mesmo indo dentro de ti e mudando a relação que estabeleces com a vida, a relação que estabeleces contigo própria. E de que forma podes mudar essa relação contigo mesma, aqui ficam algumas dicas:

Toma atenção ao diálogo interno

Estás tão habituada a essa tagarelice interior que acreditas ser essas estórias que vais contando sobre ti. Todas essas ideias de que não és suficiente, de que não és capaz, de que não és bonita o suficiente, de que devias de ser mais alta ou baixa, mais magra, etc. Tudo isso são meras estórias que contas a ti mesma sobre a tua perceção de quem és. 

É hora de tomares consciência desse diálogo, observa esse diálogo e deixa de estar totalmente condicionada por ele. Essas ideias só tem o poder que lhes concederes através da tua atenção às mesmas. De igual modo poderás substituir essas ideias por outras onde acreditas que és capaz, que és suficiente, que és perfeita tal como és. E poderás fazer isso até que deixes de necessitar de estória alguma e te reconheças tal como és em essência, na verdade a essência do que és não tem definição, não conhece limitação, ela é como é.

Cuida de ti com amor

Só cuidando de ti poderás estar preparada para ajudar os outros dando o teu melhor, pois só podes dar aquilo que tens para dar. Se te colocares em segundo plano mais cedo ou mais tarde verás as consequências disso mesmo e a tua realidade irá espelhar esse teu esquecimento de ti, por exemplo poderás ter pessoas na tua vida que te tentam diminuir, que te tentam colocar em segundo plano, não sendo elas senão apenas um reflexo do que te fazes a ti mesma, ainda que inconscientemente. 

Amando aquilo que és, tal como és, verás como tudo se começa a simplificar para ti, Entras em fluxo com a vida que és e verás que ela te mostra o rumo a seguir e o quão preparada estás para superar qualquer desafio que a vida te dê.

Amar-te começa, por aceitar tudo aquilo que és, o que consideras como bom, mas também o que consideras como mau e que procuras rejeitar, que procuras fazer de conta que não existe, empurrando para o fundo do baú. Aceitando a totalidade do que és leva a que termines essa guerra interna sem fim e sem resultado possível, porque não podes deixar de ser quem és, não podes mudar quem és em essência, apenas podes mudar a ideia que tens de ti e a relação que te permites ter.

Deixa de te comparar com os outros

A comparação serve apenas para alimentar essa ideia de separação, quanto mais te comparas com os outros mais afastada deles estás e por vezes mais ressentida contigo ficas, porque cada ser humano é único e irrepetível e é perfeito que assim seja, pois cada um é o reflexo de diferente aspectos da essência.

Quando te comparas irás encontrar sempre quem tenha mais do que tu, quem te parece melhor ou mais bonito que tu e daí nada de positivo resulta para ti, a não ser aumentar os teus níveis de frustração. De igual modo encontrarás quem esteja pior do que tu, quem te pareça mais feio ou que tenha menos do que tu e isso não deve de servir de consolo para ti.

A vida não se trata de uma competição onde possas rejeitar os que consideras como menos do que tu e procures vencer ou igualara aqueles que consideras como melhores que tu. Todos sem exceção tem valor, todos pelo simples facto de existir são importantes. Respeitando o espaço de cada um, respeitando a diferença e sendo gratos por tudo o que somos, tomamos consciência que o que nos une é muito mais forte do que aquilo que aparenta nos separar.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Quando tudo é prioritário, nada o é



A dinâmica da vida humana contemporânea é muito acelerada, tudo é necessário com rapidez, principalmente as gerações mais novas que estão habituadas ao instantâneo, onde a paciência para esperar está pouco presente e quando são impelidos a esperar a frustração apodera-se deles. Isso origina numa menor capacidade de foco, numa menor capacidade de dedicar a atenção plenamente a um só assunto, a uma só tarefa.

Tudo se torna prioritário, tudo é relevante e no entanto o que daí resulta é que nada é prioritário.

Prioritário é aquilo que necessita da nossa atenção antes de qualquer outra coisa, se tudo se torna prioritário, então perde o sentido esse conceito. O que resulta dai é que a atenção se torna dispersa e quanto mais dispersa esta se torna mais em causa estão os resultados que iremos obter. 

Torna-se necessário saber parar, saber fazer uma pausa, permitir-se respirar, no sentido de reparar que esta ocorre em si e desse modo entrar em fluxo com a vida no momento presente. A única verdadeira prioridade que temos enquanto humanos é aquilo que está a acontecer no agora, tudo o resto não existe, senão na nossa mente.

A realidade de cada um é real apenas para si e não para os restantes, no sentido de que esta é diferente de pessoa para pessoa, cada um tem uma perceção diferente da realidade e isso não significa que uma seja melhor do que a outra, são diferentes e possuem diferentes importâncias para cada um.

Aquilo que é muito valorizado por uns, não o tem de ser para outros. Resultando daqui que para uns aquilo que é prioritário, não o é para outros. Por si só isto não tem problema nenhum, os problemas podem surgir quando pessoas com diferente prioridades ficam dependentes umas das outras, seja para realizarem determinadas tarefas, seja na partilha de projetos de vida em comum.

Para lidar com tais situações, mais do que tentar mudar o outro, tentar fazer com que mude as suas prioridades e estabeleça as mesmas que nós, está em mudar-mos em nós o impacto que tais diferenças originam. 

Quando mudamos a nossa relação com essas atitudes que nos desgostam nessas pessoas diminuímos o poder que exercem sobre nós, aprendemos mais sobre nós e desde logo o que pode acontecer é que essas pessoas também acabam por mudar, seja o seu comportamento, seja deixando a nossa vida.

Estabelecer as prioridades certas é meio caminho para encontrares aquilo que verdadeiramente desejas, ou seja paz de espírito e felicidade.

O bom é que não és tu quem tem de estabelecer quais são essas prioridades certas, elas são estabelecidas por natureza, é a vida que as estabelece por ti. De ti só é exigido que estejas presente, que digas sim ao agora e com recetividade para experienciar em pleno aquilo que a vida te presenteia e isso inclui o que percecionas como menos bom.

Quando te permites aceitar tudo sem exceção, e este aceitar não implicar gostar, mas sim reconhecer tal como é. Entras em fluxo com a vida e tudo flui livremente, tudo acontece como tem de acontecer e a tua resistência, os atritos que crias diminuem substancialmente. Escolhe agora deixar que o prioritário seja prioritário, deixa que a vida te ame amando-te tal como és.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Are you in blaming mode?




Blaming is a attitude that takes you away from your real self, that deludes you from your essence and makes you believe to be a victim of circumstances. And when you are a blamer you will have a lot to blame. And the more you are focused in the blaming mode, the more you will find reason to be blaming about. 

When you allow yourself to be a blamer you are choosing to limit yourself, you are choosing to believe to be less than you really are. Blaming is a ego's system of survival, making you believe that you are separate from everything else around you and that they are responsible for your misfortune. And this is endless until your realize the illusion of it all and you become more aware of yourself.

Being more aware of yourself means knowing that you hold the key to every solutions you have been wishing for, you will realize that what you believe to be your reality, is just a perception of reality, not reality as it is. 

And others has nothing to do with it, they simply mirror what you believe to be real, your beliefs about what life should be. This includes all of it, the good things and the bad ones. The good things it is peaceful for you to accept it as being a reflection of your inner reality, but when talking about the bad things, you will reject fiercely that it is also a projection of your inner reality.

But is is this same rejection that gives this shadow side of yours power over you. Whatever you reject in you will gain power over you until you face it. When you allow yourself to face your inner shadow you will realize that it is natural, that it can teach you a lot about yourself and that it is part of this human experience. In essence being good or bad has no real effect over you.

So it is up to you to choose to be completely free of limitations and seize your human reality as it is without attachment.

Be more aware of what is happening within you, be aware of this wider range of feelings, of sensations occurring within you right now and how it manifests. Be the observer and gain the freedom to decide what is important or not to you, moment by moment.

Being mindful allows you to be the observer, to be detached from what is occurring in your reality, be it blaming others or complimenting them. If you stay in this blaming mode you will incarcerate yourself within this limited idea of self, the ego, and being not aware of the infinite possibilities out there for you to allow them to be real for you to experience.  

You can allow yourself to try to experience what it is said in this text or you can choose to blame me for keeping your time in reading this. Whatever you choose you are right.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Dicas para te preocupares menos



Preocupações todo o ser humano tem, faz parte daquilo que é ser pensante e quanto mais identificado com os pensamentos que ocorrem na mente estiver, mais o nível de preocupação aumenta, mas não tem de ser assim, deixo de seguida algumas dicas para começar a preocupar-se menos.

Deixar de se preocupar tanto com o que os outros pensam
Aquilo que os outros pensam sobre si na verdade não tem nenhuma importância para lá daquela que você lhe atribui, porque aquilo que acha que os outros pensam sobre si é uma estória que você conta a si próprio, pois não consegue perceber quais são os pensamentos dos outros, a não ser que eles os verbalizem. Logo deixe-se de preocupar como aquilo que você pensa que os outros pensam sobre si e verá como fica mais leve e livre para dedicar a sua atenção ao que você pensa.

Deixar de tentar mudar as outras pessoas
Isto acontece principalmente com as pessoas que lida mais tempo, sejam colegas de trabalho,sejam amigos próximos, sejam familiares. Quanto mais achar que deve procurar mudar os comportamentos das outras pessoas, as suas personalidades, na verdade apenas está a aumentar o seu nível de preocupação e a não conseguir alcançar os seus objetivos, Porque as pessoas só mudam se quiserem mudar, se acharem por elas próprias que o devem fazer e não por ação sua. A melhor forma de conseguir mudar as outras pessoas é através do seu exemplo, sendo um exemplo que elas queiram seguir. A única pessoa que pode de verdade mudar é você próprio e quando você muda, tudo muda ao seu redor, significando isso que essas pessoas acabam por mudar também, seja através dos seus comportamentos, seja saindo da sua vida.

Deixar de estar focado no passado
Quanto mais agarrado ao passado estiver, maior o seu nível de preocupação, pois não pode alterar aquilo que já aconteceu, mas sim pode escolher agora que poder concede ao que lhe aconteceu nesse passado e de que forma permite que condicione o seu presente e desse modo também o seu futuro. O passado é útil enquanto fonte de aprendizagem, logo a ideia não é negar o que quer que tenha ocorrido, seja de bom ou mau, mas sim aceitando esse passado como parte de si, como algo que o trouxe à sua situação atual, mas escolhendo viver a vida como ela é agora.

Deixar de fazer aquilo que não gosta
Fazer aquilo que não gostamos é uma fonte de preocupações e quanto mais tempo passamos nesse tipo de tarefas, maior o desgaste que sofremos e mais desligados daquilo que somos em essência, aparentamos estar.  Este deixar de fazer o que não se gosta passa sobretudo pela nossa atitude perante o que não se gosta, porque na verdade há tarefas que são indispensáveis serem feitas, mesmo quando não gostamos delas, e estas tarefas que temos mesmo de fazer, começam a reduzir o seu impacto em nós na medida em que mudamos a nossa atitude perante as mesmas, e faz-se isso focando nos aspetos mais positivos de tais tarefas.

Deixar de lado as lamentações e sendo mais grato
Quanto mais se lamenta mais motivos terá para se lamentar, porque é nisso que está focada a sua atitude, está focado naquilo que lhe desagrada na sua realidade, desde as pequenas coisas até às maiores, sendo exemplo o estado do tempo, ou a intensidade de tráfego,entre outras situações, onde a sua lamentação nada pode fazer para alterar essas situações. A solução passa por se focar naquilo pelo qual está grato e quanto mais fizer esse exercício, mais motivos para estar grato a vida lhe dará. A gratidão pode, e deve, de ser exercitada, desde logo o simples facto de estar vivo, de respirar o ar que o insufla de vida. Coisas simples que damos por garantida até que estejam em perigo de serem perdidas.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

És livre ou prisioneiro dos teus pensamentos?



A realidade da experiência humana de cada um de nós está plena de desafios ao longo da sua duração, por vezes esses desafios são tidos como agradáveis, como algo que se aceita de bom grado, mas no entanto, também há desafios que são, à primeira vista menos agradáveis, são mesmo tidos como maus e esses normalmente, tendemos a rejeitar, a evitar a todo o custo.

São mesmo julgados como maus e não como desafios que tem a mesma relevância que os outros que temos como agradáveis. Por si só os acontecimentos são neutros o que os diferencia, é a forma como os percecionamos, a importância que lhes dispensamos. 

Mas aquilo que tivermos de experienciar, iremos experienciar,de uma forma ou de outra. Tudo aquilo que rejeitamos à partida volta de novo e com força redobrada, até que as enfrentemos de frente e possamos aprender aquilo que nos tem de ensinar, aquilo que devemos tornar ciente em nós.

Para evitar grandes provações na vida humana a nós só nos é pedido que estejamos atentos aos sinais que a vida nos vai dando. Seguindo esses sinais, sem rejeitar nada, entraremos em fluxo com a vida que somos em essência, pois a vida, tudo aquilo que existe na nossa realidade humana, dure o tempo que durar, tudo isso é parte integrante de nós.

Por isso quando rejeitamos algo, na verdade estamos a rejeitar a vida, estamos a rejeitar aquilo que somos. No entanto isso não é realmente possível, não podemos deixar de ser aquilo que somos em essência, por muito que queiramos rejeitar o que quer que seja, isso continuará a fazer parte daquilo que somos.

Dito isto, não significa que ao não rejeitarmos estamos implicitamente a aceitar tudo aquilo que ocorre na nossa experiência humana, não implica que estejamos a concordar com tudo, mas sim significa que estamos atentos ao que acontece, prestamos atenção ao que nos quer ensinar, ao que nos quer comunicar e com abertura de espírito para aprender e experienciar em pleno o que quer que aconteça.

Quanto maior for essa abertura, essa predisposição para aprender menores serão as provações e as dificuldades que teremos de experienciar e mais cientes da nossa verdadeira natureza estamos. Significando isso que estamos ligados ao presente, ao agora, tal como ele é, sem preconceitos, onde quando este existam, estamos cientes deles e desse modo livres dos mesmos.

Tu tens a liberdade de escolher ser livre ou prisioneiro das tuas crenças, dos teus pensamentos. Porque os pensamentos que tens não limitam aquilo que és, mesmo quando acreditas ser apenas aquilo que pensas que és. No entanto quando acreditas ser apenas aquilo que pensas que és limitas a tua experiência humana e o usufruto da mesma.

Escolhe aceitar a realidade como ela é, como tu és, com desapego e verás como isso muda a tua relação com a realidade, verás como muda a tua perceção daquilo que é a tua vida atual, verás como muda o comportamento das pessoas que fazem parte da tua realidade ou então como mudam parte dessas pessoas, saindo essas e entrando pessoas novas que te trazem novos ensinamentos e oportunidades de aprendizagens.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

O amor salva-te


Andas verdadeiramente perdida pelo mundo até que te conheças de verdade e isso só acontece através do amor. Só amando quem és, tal como és e não como gostarias de ser. Quanto mais te focas naquilo que não gostas em ti e desejas que mude ou desapareça, mais isso desvia a tua atenção daquilo que és de verdade.

A tua essência é perfeita e nada a pode aperfeiçoar. Nada a pode alterar, porque não necessita de ser alterada ou melhorada. Enquanto ser humano não és perfeita, e isso é perfeito que assim seja. É esse o intuito desta experiência humana, superar os defeitos, as dificuldades, sabendo valorar o que temos de bom.

E o que temos de bom é infinitamente maior que o que cremos ser menos bom. É o significado que atribuis ao que és que te leva a gostar mais ou menos de ti. Quando gostas menos de ti, mais procuras fora de ti quem possa gostar alguma coisa em ti e que desse modo possa validar a tua existência.

Ninguém pode validar a tua existência, ela está validada por natureza desde o momento em que existes. Todas as pessoas sem exceção são válidas, mesmo aquelas que à partida dispensaríamos a sua existência devido aos atos que cometem contra outros seres. Mas essas pessoas estão aí para nos lembrar quem somos de  verdade e a lidar com o nosso lado sombra.

Todos possuímos um lado sombra, a diferença está na atenção e relevância que lhe concedemos e o quão manifesto está, esse lado, na nossa realidade quotidiana, mas ele existe em ti e influência, mais ou menos consciente para ti, a tua realidade. E a forma de conhecermos esse lado sombra é através de tudo aquilo que não gostamos nas outras pessoas.

Tudo o que desgostamos nos outros são sinais desse lado sombra e que surgem na nossa realidade para tomemos consciência deles e lidemos de frente com eles, por forma a elevar o nosso nível de consciência. Contudo a reação mais frequente é negar a existência desse lado sombra e isso faz-se projetando nos outros esse lado sombra e negando que existam em nós semelhantes situações.

Isto não significa que tenhamos de aceitar essas pessoas que consideramos como más, como negativas e que nos fazem sentir mal. O que significa é que devemos reconhecer essas sensações em nós, esse mal estar e tomar consciência dos aspectos em nós que se assemelham. Por forma a lidar com eles e retirar-lhes poder sobre nós e a nossa realidade.

Tudo aquilo que rejeitares e ignorares de menos bom em ti, não desaparece, mesmo que penses que sim, o que acontece é que influencia inconscientemente a tua realidade. Acontecendo depois situações que não as identificas como estando ligadas a esses aspectos, mas que te forçam a lhes dar a tua atenção.

Quando isso acontece podes escolher o papel de vítima culpando os outros e o mundo pelos teus infortúnios ou então assumires a responsabilidade pela tua vida, lidando de frente com tudo o que te diz respeito e aprendendo como isso, conheceres-te melhor.

Aconteça o que acontecer através do amor conseguirás superar tudo. E esse amor começa sempre no amor-próprio. Só amando-te tal como és na totalidade poderás desfrutar em pleno daquilo que a vida te presenteia. Fica sabendo que a vida cuida sempre de ti, ela nunca te abandona, elas sabe quem és de verdade, conhece o teu valor.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Celebra o amor que és


A vida é uma celebração do amor, pois a vida é amor, o amor essência, experienciando-se de múltiplas formas. Cada ser humano é amor, é uma partícula da essência, só que o ser humano esqueceu-se daquilo que é de verdade e por isso crê ser um ser separado de tudo o resto e com múltiplas necessidades que terá de ver preenchidas por algo, que acredita, ser externo a si. Por isso exige de variadas formas dessa mesma realidade que o complete, que lhe dê o que lhe falta para se sentir completo, seja isso bens materiais, sejam pessoas.

A vida quando vivida baseada numa crença de falta, numa crença de incompletude, torna-se numa busca incessante que aliena o ser humano da sua essência, fazendo-o acreditar que terá de batalhar bastante para obter algo, que nunca lhe faltou e imerso nessa ilusão deixa de estar presente para a vida como ela é de verdade e que ocorre sempre no agora, no momento presente.

Na realidade a vida acontece sempre e apenas no momento presente, sejam quais forem as crenças alimentadas pelo ser humano, continua a ser desse modo. Apenas o agora existe, todos os outros momentos são construções mentais, logo reais apenas para quem as cria e as alimenta através da sua atenção.

Assim sendo da mesma forma que as cria também pode ver-se livre das construções mentais que cria. 

Essa é uma escolha que cada ser humano pode fazer em cada momento, continuar a alimentar as ilusões que cria e as respectivas provas que as comprovam, Ou então deixar de as alimentar e aceitar a realidade tal como ela é, pois esta já é perfeita como é, já é plena e ao ser humano só lhe é pedido que esteja presente desfrutando-a tal como é.

Para melhor desfrutar da realidade como ela é fica atento ao que sentes no momento presente. Repara nas sensações que se manifestam no teu corpo, que forma tomam, em que parte do corpo as sentes, Repara apenas, observa com atenção.

Repara na respiração, no ar a entrar no teu corpo, a passar nas narinas, a preencher os pulmões e de seguida a sair dos pulmões. Observa apenas, sem tentar forçar, sem tentar controlar a quantidade de ar ou a rapidez. Observa apenas de que forma sentes a respiração no teu corpo.

Escolhe amar aquilo que és, tal como és, com todos os defeitos que crês ter, porque na verdade todos os seres humanos tem imperfeições, ninguém é perfeito, já a tua essência é perfeita e nada a pode modificar. 

Amando aquilo que és descobres como tudo é muito mais simples do que acreditavas ser, mesmo as coisas que tinhas como difíceis e problemáticas, surgem numa nova perspectiva para ti. Ficas mais liberta para superar qualquer desafio sem receio de te perder no processo. Sabes que tudo é experiência e que se acontece é perfeito que aconteça, pois de outro modo não aconteceria.

Respeita a tua essência com amor, respeita a vida como amor e verás que tudo se resolve no momento certo, mesmo quando tudo parece perdido, verás que há sempre uma solução que surge, e seja qual for será a melhor para a situação em causa, e a que melhor serve a tua evolução.

A vida é celebrada momento a momento e na forma em que ela se manifeste, isso significa que quando a tristeza vier permite-te estar triste, quando a alegria vier permite-te estar alegre. Tudo isso és tu, nada deve ser excluído, apenas reconhecido e vivido pelo que é, tal como é.
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