segunda-feira, 27 de junho de 2016

4 Dicas para quem procura algo mais



A vida é feita de vivências, de experiências que vais acumulando e aprendendo com elas, são essas experiências que te permitem evoluir, que te permitem elevar o teu nível de consciência. Enquanto humanos aprendemos sempre, uns mais do que outros, mas o que os diferencia de verdade é a consciência da aprendizagem que fazem e o aproveitamento da mesma.

Há pessoas que passam sucessivamente pelo mesmo tipo de experiências e no entanto não aprendem o que elas lhes querem ensinar, assim sendo sujeitos a ter que as viver repetidamente, ainda que mudem os rostos e os cenários.

Outras porém aprendem o que tem de aprender e passam para a experiência seguinte, sempre disponíveis para abraçar o que vida lhes dá. 

Este poderá ser o teu caso, se desejas saber mais, se te tens interrogado sobre o significado da vida e o propósito disto tudo, procurando ir mais além, pois o viver em piloto automático fazendo o que é suposto ser feito já não é o suficiente. Procuras conhecer mais, sabendo que a vida terá mais do que apenas o imediato do percurso comum, de nascer, crescer e morrer.

Se sentes essa insatisfação e procuras por saber mais, por te conhecer melhor, então estas dicas são para ti.

Tu não és apenas o que pensas ser

Aquilo que pensas que és é apenas uma parte do que tu és em essência, os pensamentos ocorrem em ti, mas não são o todo do que tu és de verdade. Só observando os pensamentos verás que tu existe antes de qualquer pensamento e para lá de qualquer pensamento. És o espaço ilimitado onde eles ocorrem. Estando atento aos espaços entre pensamentos começas a tornar isso ciente em ti. Verifica por ti que assim é.

Deixar de rejeitar o que quer que seja

Para relembrares que existe algo mais do que o imediato aos teus sentidos, fica atenta ao que não gostas em ti e na tua realidade, fica atenta ao que tens rejeitado na tua vida. Um exemplo que te pode dar uma grande ajuda são as pessoas que não gostas existentes na tua realidade. Estas são as tuas melhores "amigas", são as que mais te podem ajudar a despertar do piloto automático e a desfrutar mais desta tua experiência humana. 

Nada acontece por acaso e se acontece é perfeito que aconteça, isto é fácil de aceitar para as coisas boas da tua vida, mas relativamente ao que consideras como mau já é diferente, estas últimas tendes a rejeitar. E no entanto aquilo que rejeitas ganha poder sobre ti, deixando de as rejeitar aprendes com elas e evoluis.

Permite-te o desapego

O apego é a maior causa de sofrimento humano, quanto mais apegados estamos ao que quer que seja, maior é o medo de as perder e desde logo maior o potencial de sofrimento associado às mesmas existe. O sofrimento é uma estória que crias em torno de algo que estás apegado, seja uma pessoa, um bem material, um estatuto . E sofres porque acreditas que aquilo que estás apegado faz parte da tua personalidade, que define quem tu és e sem as quais como que perdes o chão.

Aquilo a que te apegas limita a tua perceção do que és, limita a tua atenção e o campo de possibilidades infinitas que existe em ti, na tua realidade para que possas usufruir. Desapegando amplias a consciência do que és, liberta espaço na tua atenção para a fluidez da vida e da sua perfeição.

Amar aquilo que é

Aquilo que é, é e não poderia ser diferente do que é. É a tua tentativa de modificar, de controlar a tua realidade que mais dificuldades cria na tua experiência humana. A vida é simples apenas tua pode complicar, naquilo que é a tua perceção da vida, pois aquilo que a vida é em essência, aquilo que tu és em essência, não pode ser modificado, não pode ser beliscado.

Perante situações que consideras complicadas tu podes simplificar e fazes isso através do amor, amando aquilo que é, aceitando aquilo que é. E isto não implica que gostes dessas situações, a aceitação não implica que gostes ou que te resignes, mas sim significa que escolhes reconhecer aquilo que está a ocorrer e permites-te aprender com isso e deixar que a vida te mostre o caminho.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

You are not your past



Past is just that past and simply it is a story that you tell yourself in the now, there is no real past, as there is no real future. Only now is real all else is just a story appearing in the now. 

Past, present and future as linear time is a human construction and in itself can be useful to deal with mundane things, like booking a dentist or vacations, but when it takes your full attention its usefulness fades and it becomes a limitation.

Whenever you are stuck in the past you are giving away your attention from the present moment where you can seize your life fully. Past is a story of learning that can help you in this way to evolve your awareness, but if you make it something to hold on to, it will consume your energy and restrain you from enjoying this present moment as it is.

Whatever happened in the past it is not happening now, so let go the past and act now to the best of you.

There are may be something in your past that it is difficult for you to let go, because you believe it to be part of who you are, that it defines you and the more you believe it, the more you feel stuck to it. You can choose now what deserves your attention and where your attention goes your perception of your live goes with it. 

Make peace with your past, no matter how hurtful it may have been, it is over, but if you hold on to it, you are reviving it on and on. Set yourself free to live your life as it is now. 

Life is simple the way you relate to it, most of the time is not. 

It is up to you to make your life easier or harder and you do that by the way you perceive it, by the way you interpret what happens in your reality. For your essence it is meaningless whatever you do, because it is perfect as it is and nothing can change that. But for the good sake of this human experience it is relevant the way you perceive yourself and your reality.

No good comes if you reject some parts of your reality, because it only gives it more power over you. That does not mean that you have to like all of it, to accept all of it, but it means that you have to recognize it as it is, to learn from it and let it be. 

Doing so nothing can harm you, all happens in you and not to you. You are life, all of it and not someone that is victim of life. Just seize the now as it is with detachment and all comes to place. Try it for yourself and see the results.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

As expectativas complicam a tua realidade



Aquilo que és é sempre suficiente o bastante para viveres em pleno esta experiência humana, as tuas maiores dificuldades emergem da tua não aceitação daquilo que estás a viver por comparação às expectativas que criaste sobre o que deverias de ser ou ter.

Como tenho reforçado nestes posts e é bom relembrar, a tua essência é perfeita tal como é e nada pode beliscar isso, seja de que forma seja. 

O que isto te dá é a liberdade para viveres em pleno o que estás a viver, procurando o melhor para ti e os que te rodeiam e isso também se pode encontrar no momentos e situações difíceis que possas estar a passar. Sim de verdade pode ser difícil de lidar com tais situações, momentos em que podes sentir desespero pela aparente falta de soluções e no entanto quanto mais resistes, mais força concedes a tais situações sobre ti.

Quanto maiores forem as expectativas que crias em torno da tua situação e do teu papel nela, mais complicas a tua realidade. Ligas e incrementas o complicómetro na tua experiência, apenas tu o podes fazer. A vida é simples, sendo como é, apenas nós a podemos complicar e as expectativas são isso mesmo complicativas.

Porque as expectativas limitam a tua realidade, criam um caminho estreito para ti, negligenciando todas as outras opções possíveis que existem para ti e que são igualmente indicadas para ti, ou ainda melhores. Existem possibilidades infinitas no universo passíveis de serem vividas e aquilo que for o melhor para ti será aquilo que irás viver.

Quando isso coincide com as expectativas que criaste, chamas a isso felicidade, quando não coincidem crês ser infeliz e rejeitas o que a vida te dá, o que a vida te presenteia só porque não é o que tinhas imaginado.

A forma de desligares o complicómetro é deixando cair as expectativas, porque estas são apenas estórias que pululam na tua mente e que desviam a tua atenção daquilo que é real para ti e que acontece, sempre e apenas no momento presente, agora.

Deixando de resistir à realidade, entrando em aceitação com essa realidade verás as soluções que antes pareciam impossíveis começarem a desabrochar perante os teus olhos e a luzinha ao fundo do túnel faz-se notar. 

Isto não significa resignar e cruzar os braços, esperando que as soluções surjam, mas sim, significa continuar a agir de acordo com o que te é possível e aberto às possibilidades que a vida te coloca. Não rejeitando nada à partida, mesmo que não te agrade de imediato, mas dando-te a oportunidade de perceber o que te pode ensinar, saber o que pede de ti.

Quanto maiores forem as tuas expectativas face ao que vês os outros fazerem ou terem, maiores serão as frustrações que terás de lidar. Porque cada um tem o seu caminho a trilhar e aquilo que te parece ser algo muito bom do teu ponto de vista, se o tivesses que viver desde o ponto de vista dessa pessoa não seria assim tão bom.

Todas as experiências humanas são feitas de contrastes, é na dualidade que se diferencia e se pode valorizar aquilo que vivemos. E todos sem exceções terão dificuldades gradativas para superar e isso ocorre em diferentes níveis. Se para uns pode passar pela escassez financeira, outros é mais problemas de saúde, outros passa por relacionamentos destrutivos, etc, etc, etc.

Só podes viver a tua vida e mais nenhuma e apenas tu podes viver a tua vida, os outros podem ter muitas opiniões sobre o que deverias de fazer, sobre o que é o melhor para ti, mas és tu quem tem que viver a tua vida. 

Por isso faz isso, vive a tua vida em pleno, enfrentando de frente cada desafio, cada situação dando o teu melhor com desapego, pois tudo é temporário e emprestado nesta experiência humana, nada te pertence e no entanto tudo é parte de ti, da tua essência.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

4 Dicas para elevar o teu nível de consciência

Aqui ficam algumas dicas para elevar o teu nível de consciência e desfrutar mais desta experiência humana.

Observar

Permite-te observar os pensamentos que surgem na tua mente, independentemente do que seja o seu conteúdo, apenas observa. Tendencialmente os pensamentos que classificamos como menos bons, rejeitamos, procuramos que desapareçam e no entanto isso só os reforça, só lhes dá mais poder em relação a nós. 

Se te permitires observar os pensamentos tal como eles são, julgue-os como bons ou maus, eles perdem poder sobre ti. Este observar significa um distanciamento teu face aos pensamentos, já que o mais frequente no ser humano é a identificação total com o que pensa e isso limita a nossa atenção da essência do que somos. Os pensamentos ocorrem em nós mas apenas tem a relevância que lhe atribuímos.

Aceitação

Aceitar aquilo que é reveste-se de suprema importância para o relembrar do que és de verdade. É relevante destacar que este aceitar não significa resignação e passividade face ao que acontece, mas sim significa o reconhecimento do que acontece pelo que acontece, pelo que é. Quanto mais consciente estivermos daquilo que acontece tal como acontece, mais livres e poderosos somos, mais capazes de sermos líderes somos, em vez de ser vítimas das circunstâncias. 

Aceitar permite reparar nos efeitos que se manifestam em nós face ao que aprovamos e desaprovamos na nossa realidade. Se isto é pacifico relativamente ao que aprovamos, já não o é em relação ao que desaprovamos. Normalmente face ao que desaprovamos o nosso nível de resistência é maior e com tendência a crescer, implicando isso uma maior vulnerabilidade perante essas situações ou pessoas, logo também do nosso bem-estar.

Sinais

A vida não existe fora de ti, não existe sem ti, porque tu és vida, esta não é algo que te acontece, mas sim aquilo que tu és. Quanto mais desligado da tua essência, mais crês que existes separado de tudo o resto e das outras pessoas. Mas a vida te vai dando sinais que servem de orientação para que aprendas o que tens de aprender nesta experiência humana. 

A natureza desta experiência humana é criada dentro de ti, dentro da essência do que és e depois projeta-se na tua realidade para que possas evoluir através da forma como lidares com tais situações. Normalmente as pessoas que mais contribuem para essa evolução e aprendizagem são aquelas que mais rejeitas à partida, aquelas que menos gostas, porque são as que te colocam em evidência esse lado sombra que é parte integrante do que és, nesta natureza dual enquanto humano.

É através dos contrastes que podes experienciar ao máximo esta vivência humana. Só sabes o que é bom porque conheces o mau também; só conheces a luz porque conheces a escuridão também e assim sucessivamente.

Mas a vida cuida de ti, ela quer o teu bem, mesmo quando te parece o contrário, quando aparenta que ela conspira contra ti, quando tudo parece não ter solução e tudo parece negativo, demasiado mau para suportar, mas se acontece é porque possuis os recursos para lidar com tal situação e tens algo que aprender e desse modo elevar o teu nível de consciência.

Agir no momento presente

Apenas este momento é real, apenas este existe de facto tudo o resto é uma mera ilusão criada na tua mente e que tem o poder que lhe concedes através da tua atenção, no entanto isso não o torna real, a não ser para ti que lhe deste vida. 

O momento presente, o agora, é o momento certo para relembrar quem és de verdade e desse modo desfrutar ao máximo desta experiência humana, pois sabes que aconteça o que acontecer, seja isso bom ou mau, tu continuas sendo perfeita em essência e nada pode alterar isso.

No agora existe tudo o que pode existir, se não existe agora, então não existe de todo. Isto não significa que tenhas consciência daquilo que existe, pois enquanto ser humano não temos a capacidade de entender o todo, de o percecionar e é suposto que assim seja, não é defeito, é feitio. 

É isso que nos permite vivenciar em pleno aquilo que temos de vivenciar enquanto humanos, é isso que permite a essência estar ciente de si mesma de múltiplas formas.


segunda-feira, 13 de junho de 2016

A prisão das opiniões




Permite-te a liberdade de viver a vida tal como ela é, assim de simples. Apenas tu podes complicar a tua vida e fazes isso através das estórias que te contas sobre o que aconteceu na tua realidade ou deixou de acontecer como desejarias que acontecesse. 

Uma forma de simplificar a tua realidade é começando a tomar atenção à diferença entre os factos e aquilo que é a tua opinião. Por vezes tomas como facto algo que não passa de uma opinião tua. E depois cobras dos outros não se comportarem como achas que deveriam a algo que resulta de uma opinião tua e não algo que seja factual.

Quando refiro facto, refiro-me àquilo que é, tal como é.

Isto tem uma boa e uma má noticia, a boa é que apenas o factual conta, apenas aquilo que é, é real, tudo o resto é uma ilusão. A má é que o ser humano não consegue percecionar o factual, pois a sua visão é sempre limitada, derivando isso que tudo resulta de uma perceção tua, de uma opinião tua e não daquilo que é, tal como é.

Mesmo aquilo que é consensual para os humanos não deixa de ser uma opinião, uma visão limitada da realidade e não a realidade tal como ela é. No entanto é perfeito que assim seja, é natural desta experiência humana. 

Então para que serve tudo isso? Se não podemos ver aquilo que é como é, o que podemos fazer então?

Podemos sempre escolher aquilo que desejamos em cada momento, podemos escolher se queremos ser felizes ou ter razão. Pois quando se tem consciência de que tudo resulta da perceção de cada um, de nada serve entrar em conflitos na defesa de algo que é ilusório e passageiro. Tudo é temporário nesta experiência humana, logo desfruta ao máximo cada momento, sem rejeitar nada, tendo consciência plena do que acontece em cada momento.

E isso inclui tudo o que acontece, pois aquilo que rejeitas ganha poder sobre ti. Aquilo que rejeitas condiciona a tua relação com a realidade, condiciona a tua atenção, aquilo a que dispensas a tua atenção. É a tua atenção que dita a tua perceção do que ocorre na tua vida, aquilo em que te focas torna-se real para ti.

As tuas opiniões, tal como as dos outros, são isso mesmo opiniões e tem a relevância que lhes atribuis. Quanto mais apegado às tuas ideias estás, mais prisioneiro das mesmas estás e isso aumenta exponencialmente a possibilidade de sofrimento. 

O sofrimento é uma estória que crias em torno de determinadas situações baseadas nas tuas opiniões e não no que é de facto. No entanto como estás totalmente apegado às opiniões crês que são factos e isso só te pode limitar ainda mais, numa espécie de bola de neve. 

Liberta-te observando os teus pensamentos, repara como surgem e como de igual modo partem. Tu és essa presença constante que os observa. E é possível praticar a tua atenção de modo a desapegar, a descolar dos pensamentos que surgem na tua mente. Aquilo que é factual é que os pensamentos surgem, já o seu conteúdo e a importância que tem, resulta de uma opinião tua.


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Muda a tua estória, muda a tua realidade



A realidade em que vives é uma construção tua e não a realidade como ela é de facto. E é assim para cada um dos sete biliões de seres humanos. Sendo esta a origem de muitos conflitos e dificuldades que enfrentas no dia-a-dia.

Cada um procurando defender o seu ponto de vista como sendo a verdade inabalável, fechando-se à possibilidade de enriquecer a sua vida, procurando ver de forma diferente aquilo que tinham como certo até então.

Esta abertura para ver a realidade de outra forma só pode trazer benefícios para ti, porque podes sempre continuar a ver a tua realidade, depois de procurar ver a realidade do outro, no limite aprendes sempre com a experiência e podes elevar os teus conhecimentos e o teu nível de consciência.

A realidade de cada um de nós é uma estória que resulta da nossa interpretação daquilo que ocorre ao nosso redor. Interpretação essa condicionada pelas nossas crenças, pela educação que fomos tendo, pela envolvência em que estamos, pelas circunstâncias criadas em torno dessa mesma realidade.

Coloca-te apenas esta questão para quê guerrear por essa realidade se ela está em constante mudança?

Aquilo que tens como verdadeiro agora muda no instante seguinte, porque tu mudas também. Já terás tido situações iguais que se passaram contigo em momentos diferentes e onde a tua reação foi diferente. Logo de nada vale apegares-te ao que crês ser a tua realidade, pois essa rigidez apenas te limita a ti.

Se estás insatisfeita com determinadas situações da tua realidade, a mudança que desejas só irá ocorrer quando tu mudares também. Mudando a estória que surge nesse teu diálogo interno permanente, mudas a realidade que irás vivenciar externamente.

E como mudas tu essa estória?

Essa mudança acontece não pela tua rejeição, pois isso apenas lhe dá mais força e poder sobre ti, mas sim através, primeiro, do seu reconhecimento pelo que é, a tomada de consciência de que está a acontecer desse modo. O reconhecimento que desejas que seja diferente do que é e de seguida permitir-te a abertura de espírito para que essa mudança possa ocorrer.

Essa abertura de espírito significa que não procuras forçar que essa mudança seja do modo que pensas que deve de ser, mas sim recetiva para que uma outra forma de agir, uma outra possibilidade de escolha surja, seja isso o que for.

Porque é essa tentativa que a vida seja aquilo que pensamos que ele deve de ser, que nos impede de aproveitar os muitos sinais que a vida nos dá e as respectivas oportunidades, porque estamos ocupados nessa luta insana contra aquilo que é. 

E aquilo que é e não pode ser diferente daquilo que é, sendo que não é aquilo que cada um de nós pensa que é. Pois o pensamento é uma estória parcial da vida, não consegue abranger a totalidade daquilo que é. A nossa essência conhece aquilo que é, pois é una com ela, já o ser humano que somos não o consegue alcançar, nem é suposto que o faça. 

Assim sendo é perfeito e a utilidade disto tudo é aproveitar o momento presente como ele é sem nos apegar-mos a nada porque tudo é passageiro, tudo é temporário na imensidão da eternidade da essência.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Nada te pertence



Uma das maiores dificuldades que, enquanto humanos, nos podemos deparar é o desapego. O desapego é abrir mão daquilo que cremos ser nosso, aquilo que cremos possuir alguns direito sobre. E isto aplica-se a múltiplas situações e vivências humanas. Desde as relacionais aos bens materiais. 

Dentro das relacionais começa desde logo pela relação que estabelecemos connosco próprios, com essa identidade que cremos ter. Essa ideia de personalidade que associamos um corpo, uma mente, e toda a história criada em torno dos mesmos. 

Na defesa de tal personalidade, o ser humano é capaz das maiores atrocidades, felizmente mais limitado as uns poucos, mas a maioria dos seres humanos numa escala mais pequena comete com regularidade atos que relegam para segundo plano os outros com vista a alavancar a sua personalidade, uma ideia de que nesta selva da vida apenas os mais fortes tem lugar.

O medo de perda dessa personalidade leva a uma defesa cerrada da mesma e quanto mais se procura defender essa ideia de personalidade o que ocorre é o reforço dessa prisão, uma limitação da experiência humana e um adiar de relembrar quem somos em essência.

Desapegando da idea de personalidade que cremos ser, aquilo que resultaria não seria o fim de nada, mas sim a libertação das amarras que impede o ser humano de "voar", de abrir as asas e vaguear na imensidão da existência nas suas possibilidades infinitas.

Dentro das relacionais temos também as relações amorosas, desde logo um conceito de amor baseado na necessidade do outro como sendo a outra metade, como sendo o elemento que completa a existência individual e sem a qual ficará sempre algo por completar. É este conceito que leva a muito sofrimento nas relações entre seres humanos.

O ser humano é pleno em essência e quanto mais ciente disso estiver mais livre fica para desfrutar de qualquer relacionamento sem se aprisionar na necessidade do outro, na dependência do outro para que este corresponda aos seus desejos, para que corresponda às expectativas que havia criado sobre o que essa pessoa deveria de ser e fazer.

O desapego é uma escolha de ser feliz, de estar mais conectado com a essência do que somos, e este estar mais conectado significa estar mais ciente do que se é, daquilo que é tal como é e não um qualquer processo de ligação, pois não nos podemos ligar a algo do qual nunca estivemos desligados, nem podemos estar.

As relações amorosas, de amizade e familiares melhoram muito através do desapego, pois ninguém é propriedade de ninguém, isto não implica que cada um faça o que lhe apeteça sem consideração pelos outros,porque deve-se sempre respeitar o outro, cuidar do outro, desse modo estaremos a cuidar de nós próprios também.

Seja qual for o grau de ligação entre dois seres humanos deve-se sempre respeitar a liberdade de cada um, respeitando os compromissos que se assumem, enquanto durarem esses relacionamentos, sejam eles eternos como a parentalidade, seja enquanto duram como as relações amorosas. As pessoas estarão juntas o tempo que for necessário para aprenderem o que tiverem de aprender e ensinar umas às outras e esse é o tempo perfeito.

Outro género de apego é aos bens materiais, estes são isso mesmo objetos, maiores ou menores, não são eles que validam a nossa existência humana, podem sim dar algum conforto, alguma segurança, mas para aquilo que somos em essência nada contam. 

Os bens materiais são usados como forma identitária também, como dando status a quem os tem ou diminuindo quem não os tem. Desapegando dos mesmos ficamos livres para valorizar o que é mais importante nesta experiência humana, que é o amor nas suas múltiplas manifestações. 

Na verdade sejam as relações, sejam os bens materiais, nesta experiência humana nada nos pertence, mesmo que exista um qualquer papel com o nosso nome que diga o contrário. 

Tudo nos é emprestado temporariamente, umas situações por mais tempo, outras por menos tempo, todas porém duram o tempo perfeito para completar o seu propósito. O desapego permite-nos ter essa consciência, relembrar que nada disso nos define ou condiciona a não ser que o permitamos. 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Three things you do that makes you feel powerless



Not making time for you

It is important for you to take time with yourself, with your real self. But for most humans it is hard to look within and face the real self, no the one you think you are, but the real you. You are used to think that you are what you think you are, this personality that you identify with your body and the thinking occurring in your mind. 

And when you are challenged to see beyond that idea you feel afraid of loosing your mind, loosing yourself. It is like that because you are deeply attached to this idea of you and imagining that you are not just it, scares you. But allowing time with yourself you start to realize that nothing bad comes when you face your real self. 

In fact doing so, you will gain a deeper sense of life, a deeper sense of understanding of who you are and what is the meaning of your life. Try it, because words cannot describe it accurately, only thru experience you can know it.

Worrying

This adds nothing to you rather than illusion. Worrying is a story you tell yourself about what may happen or not. Worrying keeps you way of the present moment, the only one that is real, and the only one where you can really act. Worrying has nothing to do with what is happening your life now, but a interpretation you make about it.

When you worry you divert your attention from the essential, that is life in the now and doing so you turn on your "complication device". Whatever the challenge life puts in your way it has in itself the solution, that you can only be aware if you are present. But by worrying you are putting yourself away from the present, ens further away from the solutions.


Feeling sorry for yourself

This puts you in victim mode, it weakens you, making you believe not being worthy enough as others to be at your best. You feel that you have to struggle a lot in order to achieve so little. But feeling sorry only reinforces this powerless sensation. It is real for you only if you give it your attention, if you believe in it. The good news is that you can choose to believe differently, you choose where to focus your attention and whatever you focus on, becomes real for you to experience.

Your true self is powerful, it is perfect as it is and it is whole. Whatever the challenges life gives you, you can handle them, otherwise they would not occur. So whenever you find yourself feeling sorry for yourself, just notice it, thank it and let it go. You can choose what suits you better each moment with the guidance of your true self, your essence.
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