quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Compreender o medo



O medo é algo de natural no ser humano e tentar evitar que ele ocorra apenas te irá desgastar e não terás sucesso. Mais do que evitar sentir o medo aquilo que mais importa é o que fazes quando sentes medo, aquilo que permites que o medo impacte em ti. E aqui reside a boa notícia, és tu quem define o quanto permites que o medo influencie a tua vida.

Podes deixar que o medo te limite, te impeça de fazer coisas diferentes, de arriscar ir mais além porque tens medo do que os outros possam pensar de ti, tens medo de cair no ridículo, tens medo de não ser capaz ou mesmo medo de vencer e lidar com o sucesso. Pois é, o medo manifesta-se de muitas formas e intensidades.

O medo quando usado de uma forma positiva permite-te ficar mais alerta, mais desperto para o que se passa em teu redor e isso pode permitir-te ficar mais focado no que desejas e levar-te a agir ao encontro dos teus objetivos.

Quando o medo surge aprende aquilo que ele te quer ensinar, "ouve" o que te quer dizer e para isso é necessário que o olhes de frente em vez de o rejeitar de imediato. Este ouvir o medo passa por reparar nos efeitos que ele produz em ti, nas sensações que se manifestam no teu corpo e no diálogo interno que se processa na tua mente.

Que tipo de pensamentos surgem quando estás com medo? O que te dizem eles?

De seguida questiona esses pensamentos, será verdade aquilo que eles dizem? E se sim, de que forma isso mexe contigo? De que forma isso acrescenta ou diminui aquilo que és? Será que isso será relevante no dia seguinte, no mês seguinte, no ano seguinte?

É importante questionar os pensamentos, pois a mente mente, por vezes, ela induz-te em erro. Mas tu és mais do que aquilo que pensas que és, és maior que a soma dos teus pensamentos, és o espaço onde eles ocorrem e através da observação dos mesmos ficas mais ciente disso. 

Repara nos espaços entre os pensamentos, eles estão lá apenas não tens reparado neles, mas com prática vais ficando mais ciente e desse modo mais apto a valorizar aqueles que te são mais úteis e a deixar partir aqueles que não o são.

O medo é uma construção tua, és tu quem classifica algo como bom ou mau, como agradável ou desagradável. E como tal tens o poder de o desmontar, de lhe retirar a utilidade que pode ter e fazer dele um impulsionador da ação, uma ação mais orientada  e mais consciente aproveitando os imensos recursos que tens.

Quando o medo vem, aceita-o com amor e verás como isso faz a diferença na tua vida e na daqueles que te rodeiam.

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