Enquanto humanos vivendo presentes cada momento,cada experiência que a vida, que somos, nos presenteia podemos experienciar a dor. A dor é real e faz-se sentir. Já o sofrimento que possa resultar dessa dor é opcional. O sofrimento é a estória que te contas a ti mesmo sobre essa dor, é o enredo que te permites criar em torno da dor.
Esse sofrimento cria cenários e mais cenários, todos imaginários, que existem apenas para ti. E como contas vezes sem conta essa estória que criaste, acreditas nela e procuras e encontras as provas que te mostram o quão real é essa estória.
A dor é tua amiga, ela existe para sinalizar situações que te levam ao verdadeiro conhecimento de ti. A dor pode-te despertar do estado de dormência e limitação que enquanto humanos nos encontramos. No entanto evitamos a dor, torná-mo-nos intolerantes perante a dor.
Ao mínimo de dor procuramos tudo que nos impeça de a sentir, sejam comprimidos, sejam distrações mundanas que nos tornem indolor. Acreditamos que se não sentimos dor, então tudo está bem. Ou então escolhemos sofrer a dor, escolhemos ampliar através das estórias criadas os efeitos da dor e desse modo deixando de tornar consciência daquilo que a dor sinaliza por si só.
Quando a dor vem em vez de agir de imediato podemos escolher lhe dar espaço para que se manifeste, para que ela dialogue connosco, que nos diga o que tem de dizer. O sofrimento pode ser poupado, neste desperdiças tremenda energia que te seria útil para despertar e aprender aquilo que a dor te quer mostrar.
O sofrimento por si só amplia a dor, amplia uma ideia de intensidade de dor que não é a original, mas sim aquela que é criada e imaginada por ti, por essa ideia de limitação, pelo ego. O que leva a um reforço da separação, a um reforço da ideia de limitação e de vítima das circunstâncias.
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