No decorrer da nossa vida lidamos com
muitas pessoas, algumas delas por pouco tempo e outras acompanham-nos ao longo
da nossa vida. Mas será que temos de gostar de todas elas para sermos boas
pessoas.
Existem
pessoas que nos agradam, algumas conseguimos dizer porquê e outras não,
simplesmente gostamos delas e não o sabemos explicar. Assim como existem outras
pessoas que antipatizamos de imediato e sem nenhuma razão aparente para tal.
E
esse antipatizar pode-se aplicar a familiares próximos. Será correto ter esse
tipo de sentimentos perante aqueles que nos são próximos? Fará isso de nós más pessoas?
Como
lidar com essa situação? Devemos reprimir tais sentimentos e nos martirizar por
sermos “maus”?
Na
realidade tudo isso são julgamentos, são pensamentos que pululam na sua mente,
mas que não o definem, não dizem nada acerca daquilo que é a sua verdadeira
natureza.
Todas
as pessoas que surgem na nossa vida não o fazem por acaso, não são um mero
acidente. Elas refletem aspetos internos nossos que precisamos de lidar como
forma de elevarmos o nosso nível de consciência, de nos conhecermos melhor.
E
as pessoas que melhor servem esse propósito, são precisamente aquelas que menos
gostamos, aquelas com as quais antipatizamos. Estas mexem connosco, espoletam
sensações internas que nos tiram da zona de conforto.
Temos
assim duas escolhas que passam por resistir e evitar lidar com essas pessoas ou
reconhecer a sua existência e ter abertura de mente para aceitar aquilo que
elas tem para lhe ensinar sobre si.
Reconhecer que aquilo que pensa sobre os outros diz mais sobre si do que
sobre essas pessoas. A opinião que forma sobre essas pessoas nada tem a ver com
o que elas são, mas sim com aquilo que você é. E não se trata de ter culpa, mas
sim de assumir a responsabilidade e mergulhar dentro de si para se conhecer
melhor.
A
forma como escolher lidar com essas pessoas “difíceis”, terá para si efeitos
práticos na sua realidade. Assim se a sua realidade não lhe agrada neste
momento, faça uma pausa e verifique como tem tratado a sua vida, como tem
tratado quem dela faz parte.
Tendo sempre a certeza que pode escolher ver de
forma diferente, pode escolher de novo e continuar a aprender. E isso não
implica que tenha de gostar de quem não gosta neste momento, mas sim que
aprende com elas, conhece-se melhor e desse modo mudará aquilo que tiver de
mudar.
Sendo
perfeito que assim seja, sendo simples assim como é.
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