Tu não existes, esta afirmação pode parecer algo irreal para ti e dirás, "claro que existo, eu estou aqui!!!"
O que quero dizer com isto é que não existes da forma que acreditas existir, não és só quem pensas que és. Aquilo que és de verdade é muito maior do que aquilo que crês ser, a tua essência não conhece limites, não conhece barreiras.
Estando consciente disso começas a conhecer um pouco mais sobre quem és de verdade. E tornas-te mais consciente colocando a tua atenção no momento presente, aceitando aquilo que é pelo que é e não forçando para que seja outra coisa qualquer.
A verdadeira felicidade, a verdadeira iluminação resulta da aceitação da tua realidade tal como ela é com desapego. Pois o que quer que ocorra é perfeito que ocorra e terás consciência disso quanto mais presente e desapegado estiveres.
Aquilo que acreditas ser é uma mera ilusão, ou seja, não é o pensas que é. Tu não és apenas um corpo e essa personalidade que identificas com esse corpo. Essa personalidade é apenas uma história, uma coleção de hábitos que colados resultam nessa pessoa que crês como sendo quem és.
Se é assim, dirás tu, então o que podemos fazer? Em quê que isso me é útil?
A ideia aqui não é rejeitares esse que acreditas ser, rejeitar a imagem que tens de ti próprio, pelo contrário, é amando quem és que te tornas mais livre para desfrutar em pleno da vida. Aquilo que é dito aqui serve para que não te limites a crer ser apenas essa personalidade e esse corpo.
Desapegando dessa história que te habituaste como sendo a tua, conseguindo observar com distância essa história, integrada num todo muito maior verás como tudo é muito mais simples. Aquilo que tens como problemas resulta da diferença entre aquilo que é a tua realidade e aquilo que julgas que ela deveria de ser. E isto desfoca a tua atenção do momento presente e aprisiona-te nos teus pensamentos, confina-te à tua mente. Sendo tu no entanto o espaço infinito onde essa história acontece, onde esses pensamento se manifestam.
Deixa que a vida que és te guie, que guie essa personalidade limitada e imperfeita, que cada um de nós é enquanto humano. E não te martirizes por não seres perfeito, pois é mesmo assim, não é defeito é feitio.
É parte da natureza humana, é assim que melhor desfrutamos desta experiência de consciência sendo consciente de si mesma.
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