quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Aprender com o presente e encontrar a paz




A vida cuida de nós em cada momento, ela não nos dá nada que não tenhamos força e capacidade para lidar. E teremos o número de experiências suficientes até que possamos aprender aquilo que é suposto aprendermos, aquilo que nos fará ficar mais cientes daquilo que somos de verdade, daquilo que é a nossa essência.

E no entanto há situações que se vão repetindo na nossa vida ao longo do decurso da mesma e isso é assim para que possamos lidar com essas ocorrências em diferentes situações, em diferentes momentos no tempo por forma a que possamos incorporar de verdade as mudanças que essas situações acarretam em nós.

Porque em determinadas circunstâncias extremas somos levados a mudar à força e no entanto quando cessam essas circunstâncias tudo volta à forma inicial sem se dar uma verdadeira mudança. Mas a vida não desiste de nós ela trará novas oportunidades de real mudança e serão tantas quantas as que necessárias forem até que essas mudanças se concretizem.

O que acontece por vezes é que queremos controlar a nossa realidade, pois achamos que sabemos o que é o melhor para nós e vamos insistindo em determinados comportamentos e decisões na esperança de forçar que a realidade se molde aos nossos desejos. 

Só que a realidade é o que é, se aquilo que achamos que é o melhor para nós ou para aqueles que nos são mais queridos, não ocorre é porque de facto não é o mais adequado para nós ou os nossos, ou então ainda não é o momento adequado para que aconteça, seja porque ainda não temos um nível de consciência para lidar com essa realidade desejada, seja porque ainda há experiências que temos que viver primeiro antes dessa realidade desejada.

E então como sabemos que determinada realidade é a desejada para nós ou não?

Isso é respondido pela realidade, se acontecer é porque é o momento certo para acontecer e se não acontecer é porque não o é. É assim de simples, nós é que não acreditamos que assim seja, acreditamos que há algo de errado connosco se não acontece, ou que alguém nos quer mal e por isso não atingimos aquilo que tanto desejamos.

É mais fácil encontrar bodes expiatórios que nos ilibem de responsabilidade e atribuir a eles os nossos "fracassos", que são vistos assim porque achamos que deveríamos ser algo mais do que somos no presente ou que devíamos estar melhor do que estamos no momento presente e essa insatisfação é produtora de frustração, de desânimo.

Nós somos e estamos onde devíamos de estar no momento presente, nem mais longe, nem mais perto, nem mais alto ou mais baixo. E quanto mais ciente disso estivermos, mais em fluxo com a realidade estamos, mais sintonizados com a vida estamos e tudo fica mais simples, encontras a paz que tanto desejas e que está mais perto de ti do que poderias desejar. 

A paz que desejas existe dentro de ti, ela vai onde tu fores, mesmo que no meio do caos mundano, a paz habita em ti, é o teu centro que te diz e mostra que passe o que passe nada belisca a tua essência perfeita tal como ela é.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Compreender o medo



O medo é algo de natural no ser humano e tentar evitar que ele ocorra apenas te irá desgastar e não terás sucesso. Mais do que evitar sentir o medo aquilo que mais importa é o que fazes quando sentes medo, aquilo que permites que o medo impacte em ti. E aqui reside a boa notícia, és tu quem define o quanto permites que o medo influencie a tua vida.

Podes deixar que o medo te limite, te impeça de fazer coisas diferentes, de arriscar ir mais além porque tens medo do que os outros possam pensar de ti, tens medo de cair no ridículo, tens medo de não ser capaz ou mesmo medo de vencer e lidar com o sucesso. Pois é, o medo manifesta-se de muitas formas e intensidades.

O medo quando usado de uma forma positiva permite-te ficar mais alerta, mais desperto para o que se passa em teu redor e isso pode permitir-te ficar mais focado no que desejas e levar-te a agir ao encontro dos teus objetivos.

Quando o medo surge aprende aquilo que ele te quer ensinar, "ouve" o que te quer dizer e para isso é necessário que o olhes de frente em vez de o rejeitar de imediato. Este ouvir o medo passa por reparar nos efeitos que ele produz em ti, nas sensações que se manifestam no teu corpo e no diálogo interno que se processa na tua mente.

Que tipo de pensamentos surgem quando estás com medo? O que te dizem eles?

De seguida questiona esses pensamentos, será verdade aquilo que eles dizem? E se sim, de que forma isso mexe contigo? De que forma isso acrescenta ou diminui aquilo que és? Será que isso será relevante no dia seguinte, no mês seguinte, no ano seguinte?

É importante questionar os pensamentos, pois a mente mente, por vezes, ela induz-te em erro. Mas tu és mais do que aquilo que pensas que és, és maior que a soma dos teus pensamentos, és o espaço onde eles ocorrem e através da observação dos mesmos ficas mais ciente disso. 

Repara nos espaços entre os pensamentos, eles estão lá apenas não tens reparado neles, mas com prática vais ficando mais ciente e desse modo mais apto a valorizar aqueles que te são mais úteis e a deixar partir aqueles que não o são.

O medo é uma construção tua, és tu quem classifica algo como bom ou mau, como agradável ou desagradável. E como tal tens o poder de o desmontar, de lhe retirar a utilidade que pode ter e fazer dele um impulsionador da ação, uma ação mais orientada  e mais consciente aproveitando os imensos recursos que tens.

Quando o medo vem, aceita-o com amor e verás como isso faz a diferença na tua vida e na daqueles que te rodeiam.
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