quarta-feira, 28 de maio de 2014

O ser humano não é perfeito



O ser humano não é perfeito, nem é suposto que seja, é precisamente o contrário, é suposto que seja imperfeito como premissa para melhor se experienciar e se descobrir. É na busca de uma melhoria continua que o ser humano se vai desafiando a ir mais além. Ainda que por vezes não tenha consciência desses desafios como tal. 

Por vezes os desafios que a vida nos coloca, são tidos como provações, como dificuldades que aparentam ser intransponíveis, como sendo algo que não conseguimos suportar e no entanto se essas situações ocorrem, já estão a ser suportadas de alguma forma.

Se o ser humano fosse perfeito não poderia experienciar aquilo que é através dos contrastes, através das diferenças entre os dois lados de uma mesma moeda. Em essência o ser humano é a moeda por inteiro, enquanto humano, no entanto, tem apenas a consciência de ser apenas um desses lados da moeda.

Por vezes ele vê-se como vítima das circunstâncias, como sendo impotente para fazer face aos desafios que a vida lhe coloca. Julga-se condenado a soçobrar ao peso das circunstâncias, sem capacidade de responder ao que lhe ocorre. E no entanto o que quer que ocorra já teve a aceitação prévia do próprio,na sua essência, de outro modo não aconteceria. Ainda que essa aceitação não seja consciente do ser humano.

Mais importante do que aquilo que acontece na vida de cada ser humano releva a forma como escolhe lidar com aquilo que lhe acontece. Como lidar com a realidade é sempre uma escolha individual do ser humano, momento a momento, ele tem a capacidade de escolher que importância atribui ao que acontece, que interpretação retira dessas situações e como agir a partir disso.

Sejam quais forem as escolhas nada disso afecta aquilo que somos em essência, esta continua sendo como é perfeita e imutável, tudo incluindo no espaço infinito da sua existência. Onde todas as possibilidades se podem manifestar.

Enquanto humanos só nos é pedido que estejamos presentes para desfrutar desta experiência em pleno. Por vezes ela é percecionada como menos desejável, como dolorosa e noutro momentos como sendo prazerosa, como sendo feliz. Entre esses pólos bailamos ao sabor da vida.

Vida essa que é o que somos em toda a sua plenitude, a vida somos nós, esta não nos acontece de vez em quando, de fora para dentro, mas sim é toda ela aquilo que somos de verdade. Assim não se preocupe em ser perfeita, mas sim em ser honesta consigo mesma, em cada momento, estando presente para abraçar a vida tal como ela é, tal como você é. E tudo flui como deve.    



sábado, 24 de maio de 2014

Eu não sou especial





Há aqueles que se julgam especiais, que se julgam como sendo melhores que todos os outros, sobretudo pelo que fazem, pelos seus feitos, por tudo aquilo que vão acumulando e através desses bens materiais demonstram a sua suposta superioridade perante os outros que lhe são inferiores. Os que estão nesta situação ainda vivem imersos nessa ideia de limitação, são puro ego.

Por outro lado também há aqueles que se julgam especiais enveredando por um caminho de suposta descoberta pessoal, num caminho de evolução espiritual. E à medida que vão acumulando formações e obtendo experiências pontuais de transcendência, vão se sentindo ainda mais especiais, como que fazendo parte de um grupo restrito de seres humanos que atingem a iluminação, algo que veem como sendo admissível apenas aos escolhidos, aos especiais. Ampliando desse modo a ideia de separação de todos os outros, alimentando o seu ego.

Entre estes extremos existem muitas pessoas que se direccionam quer para um, quer para o outro. Eu próprio estava mais próximo do segundo extremo apresentado, aquele dos que em algum momento se sentiram especiais por saber algo que os outros, ainda adormecidos, não sabiam e que era conhecer a verdade, saber que somos mais que apenas essa ideia de limitação, que somos mais que o ego.

Tinha como objetivo atingir a iluminação, esse estado que havia lido em livros e visto em videos do you tube sobre outras pessoas tidas como especiais que o haviam atingido e queria isso para mim também. Ser mais, ser livre. Criando desse modo imensas expectativas sobre o que seria ser iluminado e como isso mudaria a minha vida.

E no entanto após tudo isso, todo o tempo dedicado nessa busca, após ter chegado a esse ponto de ter atingindo a tão almejada iluminação a conclusão final é que não sou especial, que ser iluminado ou não ser iluminado de facto nada tem a ver com a nossa essência.

Tudo isso são conceitos dessa ideia de limitação que cremos ser, do ego e o que resulta disto é que é perfeito que assim seja. Se quisesse ir mais além diria que é igualmente imperfeito, pois não é nem um, nem outro, porque estes são mais do mesmo, conceitos. 

É normal que assim seja, faz parte do jogo que assim seja, deste jogo do ego, deste jogo de ser humano. Aqui chegados a esta consciência ficamos livres para desfrutar da realidade tal como ela é, com tudo de bom e mau que acreditamos ver nessa realidade. Continuamos a ter momentos de tristeza, de julgamento, de critica, assim como momentos de alegria, de felicidade pura, de imensidão de Ser.  E no entanto nada disso afecta aquilo que é a essência, aquilo que é a vida que somos plenamente. Nada do que acontece diminui ou aumenta aquilo que já somos em cada momento, em todos os momentos, sem exceção.

Eu não sou especial e como é bom saber disso, não sou mais nem menos do que qualquer outra pessoa. Aceito tudo aquilo que acontece porque  de facto não tenho que o aceitar, já está aceite por natureza porque é o que acontece, de outro modo não aconteceria. Mas por vezes não aceito, ou julgo que não aceito e é perfeito que assim seja, até que a aceitação me aceite a mim.

Presente aqui e agora eu sou o que sou, e isso é muito mais do que posso pensar que sou, tal como tu és.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

5 Dicas para conseguires tudo o que queres





Este título chamou a tua atenção? Sim é natural, pois enquanto humanos estamos sempre num processo de procura por algo mais, queremos sempre mais e mais e por vezes nem sabemos bem o quê. E nesse processo de busca por algo mais procuramos as soluções que nos levem a conseguir alcançar esse algo mais. Deixo-te de seguida algumas dicas para conseguires tudo aquilo que desejas:

1 Deixar cair as expectativas
As expectativas que crias sobre o que é suposto seres e ter para que possas estar satisfeito, para que possas sentir-te realizado, são em si mesmas a principal barreira que encontras a encontrar tudo aquilo que desejas. Essas expectativas direccionam a tua atenção para longe do momento presente, colocam-te sempre no nível do pensamento.

2 Estar presente no aqui e agora
Coloca a tua atenção no aqui e agora, que é onde ela existe de facto, tudo o resto é mera ilusão, não é aquilo que julgas que é. A tua atenção limita-te sempre que te identificas totalmente com ela. Quando aceitas que és apenas os pensamentos que surgem em ti. Mas tu és o espaço onde esses pensamentos se manifestam, permite-te observar e verás por ti próprio.

3 Relembrar que és tudo o que desejas
Tudo aquilo que desejas de verdade já o és, já existem em ti tudo isso que crês te faltar. Logo respeitando as dicas anteriores verás tornar-se ciente em ti a ilusão de falta, essa ilusão  de incompletude, pois o que quer que julgues que te falta, já existe em ti. Não nessa identidade corpo/mente, mas sim na essência que és. Quanto mais ciente da essência estás mais livre do desejo ficas e desse modo mais espaço se liberta na tua atenção para a conexão ao todo, para a não separação entre aquilo que és e tudo aquilo que julgas ser externo a ti.

4 Tudo está bem assim como está
Quanto mais ciente da tua essência ficas, mais entendes que nada precisas de fazer, que nada te é exigido. Tu és perfeito assim como és e não poderia ser de outra forma, pois é o que acontece, é aquilo que és. Se não acreditas que assim seja isso deve-se à crença de seres apenas esse corpo/mente. Essa ilusão de limitação distrai a tua atenção e no entanto é perfeito que assim seja, esse é o mecanismo que permite que este jogo do ego, este jogo de ser humano se realize, permitindo que a consciência se torne consciente de si mesma. Só através da limitação isso se torna possível.

5 Deixando de querer obtens
Quando te permites fazer uma pausa na vontade de querer algo mais realizas que já tens tudo, é nisto que assenta a piada cósmica. Todo o movimento que implementas para descobrir que nunca saíste do mesmo sítio, pois tu és o sítio, tu és vida, esta não é algo que te acontece, é aquilo que és na sua plenitude. O que acontece depois é que podes continuar a desejar ou deixar de o fazer pois, é igual, nada altera aquilo que és, a tua essência. Permite-te desfrutar em pleno o momento presente com desapego. 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cosmic joke





















The Cosmic joke comes to your awareness when you realize that all is perfect as it is and it couldn't be anyway else. You realize that there's nothing and no thing to attach to. That no matter what happens it is okay, you already accepted it. Not the you you think you are, but the essential you, the core of your being.

The limited idea of self, the ego, that you you believe to be abiding in that body that you carry around have, if mented to be, to experience a lot in order to be ready to grasp this cosmic joke. Because it ain't the purpose of this human game, of this human experience. It's not supposed to realize what we are in essence, only a few of us realize that, as reminder to everybody else of the truth.

But anyone can realize the truth instantaneously, because they can't not be what they truly are. 

The purpose of this ego's game, of this human game is to be limited in order to allow consciousness to be conscious of itself, in order to awareness be aware of itself. All its okay, nothing is left outside of the absolute, no matter the shape it appears within the absolute, all is okay, because it's what happens, nothing is ever lost.

You may have realized that I've been calling it different names, names are just words, symbols of symbols they have power assigned by us with our attention, our energy puted into it. But this names, this concepts can't  diminish whatsoever the truth of our essence, of the absolute. This concepts are just useful as a mean of communication in this human realm.

Within this ego's game the quest for more and more, keeps you running in autopilot, always searching and rarely being satisfied with what you get. Whenever you reach a goal, new ones arise keeping you busy, keeping you stuck within this limitation of separation from all else.

When you accept reality as it is, whatever it may be for you in any given moment, without attachment you realize that you are enlightened. 

True enlightenment is achieved within the difficulties of daily occurrences, if you choose to isolate yourself in a top of a mountain you can create the illusion of inner peace, of enlightenment but when you come in the middle of human rush all goes away.

It's mostly the people near to us that can help us realize our true essence, our enlightened being. Our best friend in the world are the ones that we dislike, that can push the buttons and take us away of our "normality"  and the loved ones, that we haven't chosen, they will show us who we really are by the way we behave around them.

The cosmic joke is that all is okay, there's no one separate who can be hurted, who can be diminished. We are life, all of it.  


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Reciclar a rejeição



Reciclar a rejeição leva a que recuperes o poder pessoal, leva a que tornes ciente em ti a plenitude do ser que és, nada fica de fora, nada é rejeitado. 

Tudo aquilo que tens rejeitado em ti, tudo aquilo que tens preferido ignorar, empurrar para longe de ti. Tudo isso tem uma força tremenda sobre ti, condiciona a tua realidade de maneiras que não tens consciência e no entanto os seus efeitos são visíveis.

Aquilo a que resistes persiste, significa que tem poder sobre ti, que te condiciona, pois nem consegues lidar com isso de frente. Quanto mais resistires, quanto mais preferires ignorar, empurrando para as profundezas do teu existir, mais alimento lhe dás, mais poder sobre ti lhe concedes. 

E no entanto nada em ti é passível de ser rejeitado, tudo acontece como tem de acontecer e é perfeito que assim seja. Tudo em ti é perfeito tal como é, ainda que não seja da forma que julgas que deveria de ser. Tens a opção de aceitar aquilo que é na sua plenitude, isso não significa que tenhas de concordar com tudo, que tenhas de achar como bom para ti.

A aceitação significa que tomas consciência da sua existência e que em vez de resistires, de a rejeitar, observas a sua existência e aquilo que ela representa para ti, de que modo podes aprender com isso e evoluir a partir disso.

Após a aceitação de tudo aquilo que és, então sim aquilo que tiver de ser mudado poderá mudar, pois já o aceitaste como sendo parte de ti. E essa mudança ocorrerá naturalmente sem que tenhas de forçar nada, sem necessidade de empreenderes uma luta contra ti, pois seja o que for que aconteça na tua vida, isso é parte de ti.

Tu és a tua vida, tu és vida, esta não é algo que te aconteça, mas sim aquilo que és. Não existe separação entre a vida e o que és. O que quer que negues na tua realidade é a ti que estás a negar, o que quer que aceites é a ti que estás a aceitar.

Escolhe fazer as pazes contigo, escolhe ver o amor e todas as ilusões se desvanecem perante o puro amor que és, perante essa luz cristalina que emanas. 

Reciclando aquilo que rejeitaste significa um recuperar de liberdade, um regresso à inteireza do teu ser, tal como ele é.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

6 Dicas para encontrar o amor que tanto procuras



Dicas para encontrar o amor, para sentires que não necessitas de mais amor, que tudo o que procuravas para ti já existe e está disponível para ti e como chegarás lá.

Aqui ficam essas dicas:

1 Deixar de procurar
Só quando te permitires parar essa busca por amor crias espaço para que esse encontro se dê. Enquanto estás imerso nesse processo de busca por amor, todos os teu sentidos, toda a tua atenção se foca nessa ideia de falta, nessa sensação de incompletude. E quanto mais procuras, mais tens de procurar, pois não encontras.

2 Deixar partir as expectativas
São as expectativas que criaste sobre o que é ter amor, sobre o que é ser amado e sobre o ideal de uma pessoa que te ame. São essas expectativas que condicionam a tua busca, que a limitam e canalizam para essas expectativas, desviando assim da tua atenção todas as outras possibilidades infinitas que existem para ti e em ti.

3 Abre o teu coração
Deixando cair as barreiras que criaste em torno do teu coração verás que tens tocado à porta do teu coração desde a parte de dentro do mesmo, ou seja, tens tentado que ele se abra para ti, quando já estás dentro dele. Já vives envolvida em amor , em puro amor, pois essa é a tua essência, é quem és.

4 Conhece-te de verdade
Quando te permites conhecer de verdade, quando te entregas à descoberta da verdade que reside em ti, livre de expectativas, livre de condicionalismos, aquilo que és revela-se plenamente em ti, pois não podes deixar de ser quem és de verdade. Por muitas ilusões que cries sobre quem és, nada pode mudar aquilo que és de verdade.

5 Oferece o teu amor
Oferece o teu amor incondicionalmente, não só às pessoas que te são agradáveis, mas também àquelas que julgas como desmerecedoras do teu amor e atenção; pois estas são de facto tuas amigas, são elas que te colocam em contato com aqueles aspetos que gravitam em ti e que tens evitado e só desse modo tomas consciência da sua existência em ti. E este oferecer é desinteressado, não o fazes com intuito de receber, de ganhar algo em troca, mas sim pelo prazer de dar e assim reconheces a abundância do amor que és, pois só dá quem tem para dar.

6 Confiança
Confia na vida que és, a vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és de verdade. Tu és vida plena, nada é excluído, se acontece isso já foi aceite por ti, pela essência que te constitui, de outro modo não ocorreria. Confiando e entregando-te ao momento presente, estando de facto presente, aceitando aquilo que é, tal como é; tudo se simplifica para ti e entras em fluxo com essa dança de amor que baila dentro de ti. 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Stop trying and you'll get it



Stop trying and you will get it, it is the trying that prevents you to realize that what you are really looking for, you already are it, you already have it. The question is that what you really want it's not what you think you want.

The idea of need, the idea of lack keeps you in the loop of searching but not finding satisfaction. When you think you have accomplished and obtained what you wanted, a new need arises and all starts over. It's a never ending quest. The search for more and more.

And it is so, because you can't get what you already have and are. If you have a cup filled to the top you can't add nothing more in it. You are perfect as you are, there's nothing to add to what you really are.

But what you are it's not what you think you are. Whatever you think you are, you're not it. Human mind is limited to grasp the fullness, the vastness, the wholeness of what we are truly. I won't tell you what you are because I can't tell you. No human being can. Only an illusion of answer can be achieved.

As I see it, the point ain't to grasp our true essence, because we are it, there's nothing to grasp really. As humans we play this game of limitation in order to allow essence to be aware of itself in its different manifestations.

From a human being it is asked to play along, to enjoy the ride moment by moment. To accept reality as it is.
And it includes the idea of getting something more, the idea of evolution. Whatever happens in our experience as humans it's okay, because we already accepted it. Otherwise it wouldn't happen.

Stop trying so hard, stop fighting reality trying to make it something different than what it is. But if you think that you have to try it once again, and again. It's okay too, til you're ready to realize how perfect and simple all is.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Como tens tratado a tua vida?



Como tens tratado a tua vida? Tens cuidado dela, tens feito tudo o que podes por ela? Ou tens culpado ela por tudo o que de menos bom tem acontecido?

Reflete nestas perguntas e responde com sinceridade, as respostas que obtiveres são importantes apenas para ti e mais ninguém diretamente. O que essas respostas te darão é o quanto tens cuidado de ti, o quanto tens amado quem és de verdade.

Isto porque a vida não é algo que te seja estranho e que te ocorre de fora para dentro. A vida é aquilo que és, sem exceções. Não existe uma separação entre aquilo que julgas ser a tua vida interior, aquilo que se passa dentro da tua mente e aquilo que observas como sendo externo a ti.

Aquilo que tens como sendo externo a ti é um reflexo daquilo que se passa dentro de ti, daquilo que se origina na tua mente. Se quando olhas para a tua realidade e não te agrada, se rejeitas e batalhas contra a tua realidade atual, estás na verdade a lutar contra ti. Estás a rejeitar quem és.

Tudo aquilo que tens como positivo na tua vida é-te fácil acreditar e aceitar que possa ser uma projeção da tua realidade interna. Já aquilo que consideras como mau, que mexe contigo e que preferias que não existisse; isso é mais difícil aceitar que possa ter tido origem em ti, que seja um reflexo da tua realidade interna.

Perguntas tu, então estou condenado a viver esta vida como a perceciono e nada posso fazer para a mudar?

E a resposta é não, não estás condenado a nada, pois tudo aquilo que percecionas é mutável a única coisa imutável é a essência que te constitui. Mas o que quer que ocorra na tua realidade ocorre por algum motivo, nada é por acaso. 

As coisas acontecem por forma a que despertes para a verdade da tua essência, para que te conheças de verdade, para que possas agir ao encontro de ti. E agir começa por aceitar a tua realidade atual, seja ela qual for. Quanto mais resistência criares mais difícil te parecerá e mais aprisionada a ela estarás, pois aquilo a que resistes persiste.

Aceitação não significa resignação, não significa desistir e ficar em casa esperando que as coisas melhorem, que as oportunidades venham até ti. Aceitar significa que tomas consciência da realidade como ela é, sem exceções e ficas disponível para abraçar os seus ensinamentos.

Porque a realidade é como é e assim sendo é perfeita, apenas a nossa resistência àquilo que é nos poderá iludir sobre aquilo que ela é. Só acontece aquilo que tem de acontecer e que estamos preparados para lidar, por muito difícil que possa ser a situação.

Aceitando aquilo que é e tendo mente aberta estaremos preparados para permitir que as mudanças ocorram em nós e novos caminho na nossa perceção se abram e sejamos guiados pela vida ao melhor de cada momento. Cada momento é pleno e nós somos essa plenitude, pois não somos apenas essa ideia de limitação que cremos ser. 

Assim cuida de ti, ama-te. Ama a vida que és, deixa que ela te guie e oriente. Ela sabe o que é o melhor para ti. Acredita e entrega-te a ela, entrega-te à essência. Experimenta por ti e verás.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Jogar ou não o jogo do ego


A ideia que temos sobre quem somos enquanto humanos é o ego, uma ideia de limitação a um corpo e a mente que o controla. Essa mente é de forma simplificada os pensamentos que pululam em nós e que achamos que somos aquilo que pensamos que somos.

Ao longo daquilo que temos como sendo a nossa vida podemos vivê-la em piloto automático, fazendo aquilo que é suposto ser feito, aquilo que sempre foi feito. Ou por vezes acontece a alguns de nós uma necessidade, um apelo por saber mais, por descobrir quem somos de verdade.

E muitos daqueles que sentem esse apelo por saber mais, que descobrem a dormência em que tem vivido tal como os que os rodeiam, procuram fazer o que for para despertar, para se conhecerem melhor, para elevar o seu nível de consciência.

Na verdade, seja numa situação de piloto automático, seja nessa posição de descoberta da verdade sobre quem somos. Ambas resultam num jogo de "busca mas não encontres", o jogo do ego. O que as diferencia é que os primeiros jogam o jogo sem terem ciente que o estão a jogar, já estes últimos julgam que descobriram algo que os torna melhor que os restantes ainda adormecidos, mas continuam jogando o jogo igualmente sem saberem que o estão a jogar.

A questão está em jogar ou não o jogo e não a forma como jogamos o jogo. Ou seja, podemos optar por melhorar o ego, por elevar o seu nível de consciência e isso apenas altera a nossa experiência do jogo. A outra opção é deixar de jogar o jogo e observar apenas que somos o espaço onde esses jogos ocorrem. Que nenhum jogo limita o que quer que seja aquilo que somos em essência.

Esta segunda opção não implica que deixes de jogar o jogo enquanto existes também nestas roupagens humanas, pois esses jogos ocorrem naquilo que és, a grande diferença é que não estás apegado a essa ideia de personalidade, o pessoal não existe. Tu és todas as gotas do oceano, és o oceano.

A ideia de uma gota separada do oceano lutando para assegurar o seu lugar nesse oceano é visto tal como é uma mera ilusão, pois a gota sempre foi e será aquilo que é no agora, ela é oceano.

Tu és vida, plena, total em todas as suas manifestações. És vida tornando-se ciente de si mesma. E jogaremos os jogos que forem precisos até que deixem de o ser, na medida em que estivermos preparados, pois só acontece aquilo que estamos preparados para lidar e  é perfeito que aconteça, pois só acontece o que tem de acontecer.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Torna-te no que és





Permite tornar-te no que és de verdade e o foco aqui é neste "que". O que és de verdade nada tem a ver com aquilo que pensas que és. Os teus pensamentos dizem muitas coisas, são arreigados de conceitos que se entrelaçam uns nos outros e que permitem uma certa ideia de coerência. 

E em busca dessa coerência crias barreiras, crias defesas que te imobilizam, que te fazem criar raízes em torno dessa noção de personalidade e toda a sua história de vida. Por muito difícil ou agradável que tenha sido essa história, ela não diz quem és de verdade.

Aquilo que és é tal como sempre foi e sempre será, sendo perfeita, é intemporal, é imutável.

O permitir tornares-te não significa que tenhas essa capacidade, que exista essa possibilidade real de poderes alterar, de poderes optar por ser quem és de verdade. Aquilo que és, é, nada se torna naquilo que és, pois nunca deixaste de ser aquilo que és.

O tornar aqui significa um deixar cair das ilusões e ilusões não implica que não sejam reais, implica sim que não são aquilo que pensas que são. Observando essas noções sobre quem és, tudo aquilo que te habituaste relacionar com uma identidade de ti. Observando tornas-te ciente desse emaranhado de pensamentos e no entanto tu és esse espaço aberto onde eles ocorrem.

Os pensamentos vão e vem. Tu permaneces constante.

Isto significa que os pensamentos são maus? 

Os pensamentos são aquilo que permites que eles sejam, eles podem-te limitar quando te identificas plenamente com eles, quando te defines através desses pensamentos e defines através deles a realidade externa em que estás inserido.

A boa notícia é que é suposto que seja assim. Os pensamentos são um instrumento principal neste jogo de ser humano, eles são a cola que sustenta a ilusão de individualidade, ou seja um individuo vivendo em dualidade. 

Neste jogo alguns participantes vão despertando para servirem de exemplo, de lembrete para os restantes sobre a ilusão em que se encontram e que nada do que possa ocorrer belisca o que quer que seja a essência, a sua perfeição.

Tudo é perfeito assim como é, tal como é, tal como se vai desenrolando a ação deste jogo de ser humano. Nada acontece a ninguém de verdade, pois não existe um alguém individual a quem possa ocorrer o que quer que seja. 

Se for esse o teu caso neste momento do jogo, desperta e relembra quem és de verdade.
Tudo está bem tal como é. Abraça este momento presente plenamente.
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