quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O que te falta de verdade



A sensação de que te falta algo mais, condiciona a forma como vives o momento presente, pois se sentes que te falta alguma coisa nunca estás verdadeiramente satisfeita com o que existe no momento presente e na realidade apenas existe o momento presente. Logo estarás desperdiçando a sua vivência projetando num futuro idealizado que nunca se realizará porque o futuro não existe senão sob a forma de pensamento no presente.

Tudo aquilo que desejas de verdade, em essência, já existe no momento presente e a única forma de teres isso ciente é estando focada no aqui e agora. Sempre que não estejas presente estarás a divagar numa ilusão que leva a tua atenção para longe do que de facto já existe aqui e agora. Sendo que aquilo que é verdadeiramente essencial não se limita nos bens materiais, ainda que estes não se excluam.

O desejo de algo mais só te dará como resultado mais do mesmo, pois quando vislumbras alcançar o que antes tanto desejavas, novos desejos surgem para continuar a sugar a tua energia e atenção do presente. O que fazer então para solucionar isso? Começando apenas prestando atenção à vida que és, à vida que insufla o teu corpo e as milhentas funções que ocorrem agora mesmo dentro de ti à medida que lês estas palavras.

Faz uma pausa na leitura e observa as sensações que se manifestam em ti e ao teu redor. Seja a respiração a ocorrer. De que modo o ar entra em ti? Está quente ou frio? Que outras sensações surgem no teu corpo? E ao teu redor que sons ouves? Pouco a pouco vai notando nessas coisas que acontecem em simultâneo sem te prender em nenhuma, apenas permite-te observar onde a tua atenção te levar.

A atenção és tu quem controla, tu decides onde colocas a tua atenção e quanto mais ciente disso estás mais em contacto com o momento presente estás e mais ciente daquilo que ocorre estás, ganhando assim consciência de aspectos teus que desconhecias possuir. E quando conseguires estar presente descobres que o que acreditavas que te faltava na realidade não te falta.

Porque normalmente aquilo que associamos ao que cremos que nos falta não tem a ver com os objetos ou as pessoas em si e sim naquilo que nos fazem sentir, naquilo que despertam em sensações dentro de nós e são essas sensações que buscamos e não os objetos ou as pessoas em si. Ao estarmos presente no agora isso liberta-nos para desfrutar mais dos objetos que já temos e também da companhia das pessoas que fazem parte da nossa realidade, começando evidentemente por nós próprios.

Deixando de ser tão carentes podemos apreciar verdadeiramente as coisas como elas são e não como gostariamos que fossem para satisfazer os nossos desejos. Aquilo que temos como problemas na nossa realidade resulta desse desfasamento entre aquilo que julgamos deveria ser a realidade e aquilo que é essa realidade. 

Como não temos o controlo sobre a realidade e todos os que dela fazem parte resulta em frustração, em tristeza e quanto mais nos enredamos nessa teia, mais difícil se torna sair dela e sendo nós energia atrairemos mais situações que vibram nessas mesmas frequências. Deixando de combater a realidade descobrimos que tudo é mais simples do que pensamos que é e entrando em fluxo com a vida que somos, esta mostra-nos o caminho a seguir, sendo que passe o que passe tudo está bem, mesmo nos momentos em que não nos parece que assim seja.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Quando menos é mais




 A vida contemporânea é feita muito do alimento do ego, onde o que se procura é obter mais e mais, e onde ter esse mais pode influenciar o modo como os outros nos vêem e consideram. O ego é insuflado pela obtenção do último modelo de smartphone, o carro "xpto", uma casa maior, etc. E quanto mais se procura obter esse mais que dê mais brilho ao ego, menos reparamos na essência do que somos e que está sempre presente onde quer que estejamos e qualquer que seja a nossa condição.

Por isso menos é mais. Quando dedicamos menos atenção ao acessório aquilo que é essencial torna-se mais presente. O que é essencial vai muito além dos bens que possuímos, do cargo ou profissão que ocupamos, da zona que vivemos ou da tipologia da casa que habitamos.

O essencial é aquilo que nos constitui, que nos dá forma, que nos dá ser, que nos dá vida, melhor dito que nos dá consciência de que somos vida, esta não é algo que nos acontece de fora para dentro e sim aquilo que somos nas suas múltiplas manifestações.

Sendo vida significa que existimos em fluxo com tudo o resto, não somos seres separados da vida e que vamos agindo de acordo com os nossos interesses como se não existissem consequências dos nossos atos perante essa vida e tudo o que dela faz parte. Aquilo que são os nossos julgamentos sobre a realidade tem influência sobre essa realidade, desde logo pelo modo como a percecionamos.

A realidade que temos como real não é mais do que uma interpretação parcial da mesma e isso significa que há tantas versões da realidade quanto o número de pessoas que dela fazem parte e por isso se tentarmos impor menos a nossa versão da realidade teremos mais abertura para ver como os outros percecionam a realidade. E isso apenas amplia a riqueza da nossa realidade sem limitar aquela que era a nossa interpretação da realidade.

Veremos que a realidade é plena de abundância em todas as acepções do significado de abundância, que todos sem exceção somos abundantes, independentemente da riqueza material que se possua momentaneamente. Porque aquilo que muito anseia o ser humano e que se funda no amor, na felicidade, isso já existe em nós, naquilo que somos em essência.

Para tornar ciente essa abundância que é parte da essência do que somos basta-nos estar presentes para aquilo que somos neste momento, sendo como somos, sem mais. Enquanto humanos possuímos virtudes e defeitos. Abraçando os dois poderemos elevar o nosso nível de consciência. Normalmente tendemos a rejeitar o que consideramos como defeitos e no entanto quanto mais se rejeitam esses defeitos mais poder ganham sobre nós e a nossa realidade.

Só aceitando esses defeitos poderemos aprender com eles, poderemos amá-los e libertar-nos para evoluir e melhor desfrutar da vida que somos em todos os momentos e dimensões desta nossa experiência humana.

Quanto mais cientes somos da nossa essência mais percebemos que tudo é muito mais simples do que tendemos a pensar que é. Porque os pensamentos são complexos e complicativos, tendem a criar cenários que muita das vezes não encontram fundamento na realidade. E no entanto enquanto humanos tendemos a identificar-mo-nos totalmente com os pensamentos que pululam na nossa mente.

Menos identificação com os pensamentos significa mais liberdade para desfrutar da realidade como ela é, como nós somos em toda a sua complexa simplicidade. Aceitar o simples é muito difícil para o ser humano que tendencialmente acha que tem de haver algo mais. E nessa busca pelo algo mais vai complicando o que é naturalmente simples e isso passa por libertar-se da necessidade de controlo e confiar mais na intuição e em estar em fluxo com a vida que somos.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Tu és único



Tu és único, mais ninguém é igual a ti e nada pode retirar o que quer que seja ao teu valor, pois o teu valor é inegociável, nem mesmo tu podes diminuir o valor que tens. E esse valor é-te dado pelo simples facto de existires, é a vida que és que te atribui esse valor. Ao nascer já és um vencedor, pois a vida que tens não tem preço, e nada nem ninguém pode retirar uma virgula que seja a esse valor.

Sejam quais forem as circunstâncias que se desenrolem ao longo da tua vida nada belisca a essência do que és. Dito isto por vezes a vida coloca-te situações limite, em que és colocado à prova, em que te vês confrontado com situações que julgas não ser capaz de enfrentar e superar. E no entanto se acontece, isso  implica que tenhas a capacidade e os recursos para superar o que quer que ocorra na tua realidade e é assim não porque eu o diga e sim porque é o que ocorre.

A vida só te dá situações que possas suportar, que possas lidar ainda que isso seja diferente do que julgas ser a melhor forma de resolver determinada situação, por vezes aquilo que crês ser o melhor para ti, aquilo que desejavas que ocorresse não é aquilo que melhor serve esta tua experiência humana e quanto mais resistires ao que a vida te dá mais alimentas aquilo que é o sofrimento.

Porque o sofrimento é opcional, é uma escolha tua, O sofrimento resulta das estórias que constróis em torno do que acontece na tua realidade. O sofrimento resulta da tua rejeição do que acontece, resulta da tua tentativa de forçar que a realidade ocorra de determinada forma e quando assim não é resulta em sofrimento, resulta em frustração.

Logo a melhor opção para ti é fazer as pazes com a tua realidade e isso não implica que aceitas tudo sem mais, que não possas julgar o que ocorre como bom ou mau, porque isso é anti-natura para o ser humano, é parte desta experiência humana essa capacidade de julgar em cada momento aquilo que somos, aquilo que acontece e por isso mesmo existem os contrastes, para que possamos escolher o que nos faz sentir melhor ou pior. 

No entanto tanto o que gostamos como o que não gostamos tem exactamente o mesmo valor para aquilo que é a nossa essência, nenhuma delas belisca o que quer que seja a nossa essência, tanto o que gostamos como o que nos desagrada são meras vivências para a nossa essência. Sabendo isto continuarás a ter as tuas preferências e no entanto aceitas o que ocorre pelo que é, sem ter de sofrer quando seja diferente do que gostas mais ou julgas ser o melhor para ti. 

A isso se chama liberdade, a isso se chama ser iluminado. Aceitar a realidade tal como ela é com desapego, continuando a agir enquanto humano, com todas as limitações que essa condição humana acarreta e com a certeza de que passe o que passe tudo está bem, tudo acontece como tem de acontecer e no momento certo para acontecer.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

4 Dicas para cuidar da tua felicidade




A vida é simples já aquilo que pensamos sobre a vida é complexo e complicativo. Assim sendo o que isso significa é que cabe a cada um de nós a escolha de complicar ou não a nossa realidade, pois isso apenas nós o podemos fazer e fazemos isso diretamente e através das pessoas que fazem parte da nossa realidade que espelham de algum modo as nossas crenças sobre a realidade. Este texto é sobretudo para aqueles que desejam mudar a sua situação atual, na realidade as mudanças que desejas são simples sendo também difíceis porque o piloto automático entra em ação e tudo rapidamente volta à forma inicial. Para mudar é necessário que as mudanças ocorram dentro de nós, que se alterem as crenças enraizadas que moldam o modo como percecionamos aquilo que cremos ser a vida. Deixo-te de seguida algumas dicas que te podem ajudar a conseguir essas mudanças e desse modo ser mais feliz.

1 Deixar de ser vítima das circunstâncias
Quando a realidade não está de modo agradável para nós tendemos a criticar tudo e todos e a achar que a vida está contra nós, que nos persegue e quando algo corre mal, várias situações se sucedem que mostram como tudo está mal, sucedendo-se ocorrências atrás de ocorrências que nos levam a cimentar essa ideia que somos um alvo a abater pelo universo. O que isso faz é que atrais mais situações que reforçam essa ideia, porque estás a vibra nesse nível de frequência energética.Tudo é energia e atrais situações dentro da mesma frequência de vibração. Se te sentes como vítima atrairás situações que o comprovam e assim pensas que tens razão e numa espécie de "pescadinha de rabo na boca" vais-te afundando nessa vitimização.  Muda isso cimentando a ideia de que o universo quer o teu bem, quer o melhor para ti. Alimenta esta ideia e verás como isso muda a tua situação, sendo persistente e acreditando.

2 Aprender a deixar partir
Quanto mais arreigados às situações estamos mais tendemos a complicar a nossa realidade porque esta é dinâmica, está em constante movimento e quanto mais apegados ao que cremos que somos e o que cremos que deve de ser a nossa realidade estamos mais complicado fica a mudança que tanto desejamos. Porque se por um lado desejamos mudar por vezes não aceitamos o que é necessário deixar partir para que as mudanças aconteçam. Quando mais apegado às ideias do que és e do que é suposto que faças na tua realidade estás mais limitas as tuas opções e te impedes de ver as soluções e caminhos que a vida te aponta para que possas evoluir e crescer. E isso verifica-se de muitos modos, desde os objetos que vais acumulando em casa e que não tem utilidade alguma para a tua vida ocupando apenas espaço que impede que o novo entre. De igual  modo se verifica com as ideias que alimentas sobre o que és quanto mais te agarras a essas ideias menos espaço tens na tua atenção para que a evolução e o despertar se dê.

3 Tudo tem o seu momento certo
O momento certo para ocorrer o que quer que seja é quando acontece e isso muita das vezes é diverso daquilo que achamos que deve de ser. E quanto mais resistimos ao que acontece mais complicamos o desfrutar do que acontece e a respectiva aprendizagem com o que acontece porque achamos que deveria ser de outro modo ou noutro momento em vez de aproveitar ao máximo o que ocorre no momento presente em fluxo com a essência do que somos. Apenas o agora existe, o passado é apenas uma história na nossa mente que se usada como elemento de aprendizagem é bom, mas se usada como elemento condicionador da vivência do presente nos limita. Tal como o futuro que não é mais do que uma história do que desejaríamos que ocorresse mas que quando prende a nossa atenção no presente serve apenas como um elemento criador de ansiedade. Mudas isso centrando-te na tua respiração quando te apanhares a vaguear nessas histórias que a mente te conta. Tu tens o poder de decidir onde colocas a tua atenção.

4  Aceitação
Saber aceitar a realidade como ela é sem apego, nisso reside a tua consciência da felicidade e serenidade que existe em ti, que te constitui. Pois a felicidade que procuras de verdade já existe em ti, mas como estás tão distraída procurando fora de ti vais relegando esse conhecimento que carregas dentro de ti e que vai onde tu fores. E como tal está sempre disponível esperando que lhe tributes a tua atenção sabendo que quando o fizeres será porque estás preparada e será o momento ideal para ti. Essa serenidade e felicidade não tem pressa, ela conhece a tua essência intemporal e eterna por isso sabe esperar que a tua consciência humana evolua até estar pronta para a reconhecer e desfrutar dela. Esta aceitação não significa resignação e baixar os braços ao que acontece e sim, significa que reconheces o que acontece pelo que acontece e ages de acordo sabendo, confiando que se acontece, é perfeito que aconteça e será sempre para o teu bem, é isso o que significa a aceitação.
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