terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Concede-te a oportunidade



A pessoa que mais pode complicar a tua vida és tu própria, mais ninguém tem verdadeiramente esse poder a não ser que o concedas. E como é que complicas?

Cada vez que duvidas de ti, sempre que coloques em causa se és capaz, se consegues fazer tal como os outros conseguem, cada vez que o fazes estás a complicar a tua realidade. Tu tens muito mais valor do que aquele que pensas ter. E para comprovar isso começa a fazer, seja o que for que queiras fazer e ainda não fizeste julgando que não eras capaz, vai e faz e daí resultará que ou fazes e tudo está resolvido ou então não consegues e aprendes na tentativa e da próxima vez será melhor.

A duvida é normal acontecer, não te condenes por duvidar, todos os seres humanos tem momentos de dúvida. Aquilo que importa relevar é o que fazes perante situações de dúvida e aí deixas de fazer porque duvidas das tuas capacidades ou então permites-te fazer, arriscar e isso fará de ti uma pessoa mais preparada para vencer.

Complicas também, quando te comparas com os outros. Cada pessoa é única e aquilo que resulta bem para uma pessoa não é necessariamente indicado para outra pessoa nas mesmas circunstâncias. Pode dar-se o caso de que o seja, só o saberás quando fizeres por ti, escutando primeiro a tua intuição e se achares por bem, fazendo por ti. Quando te comparas com os outros normalmente só reparas nas coisas boas deixando de notar nos sacrifícios e dificuldades que essas pessoas tiveram para conseguirem o que conseguiram.

A comparação é mais potenciadora de frustração que de algo construtivo, quando te sentes menorizada tendo menos ou conseguido menos do que aqueles com que te comparas. Por si só não tem mal nenhum olhar para o que os outros tem e desejar ter igual para ti, desde que isso não se torne obsessivo e castrador daquilo que são as tuas aptidões naturais. Desde que isso não te impeça de ver aquilo que é o mais adequado para ti, mais de acordo com a tua essência.

Complicas também quando não respeitas o teu ritmo, a tua natureza e procuras forçar para que as coisas sejam como queres e que as outras pessoas se comportem como julgas que se devem comportar. Apenas podemos controlar os nossos comportamentos, as nossas atitudes e a gestão das nossas emoções. Aquilo que os outros fazem, o modo como se comportam, aquilo que sentem ou pensam, está fora do nosso controlo.

De nada serve desgastar a tua energia procurando mudar os outros, aquilo que está ao teu alcance, que depende apenas de ti é a forma como lidas com eles, o exemplo que lhes dás e esse sim poderá ser algo que eles possam seguir e ao fazê-lo acabem por mudar no processo. É através do teu exemplo que poderás ser um agente de mudança, através das tuas ações e atitudes que sirvam de inspiração para os demais.

Complicas quando exiges demais de ti, pois enquanto ser humano não és perfeita, nenhum ser humano o é. É assim para todos sem exceção, é na busca dessa perfeição que cada um se vai conhecendo melhor, se vai relembrando da, essa sim perfeita, essência que somos feitos. Deixa de achar que deves de estar sempre disponível para os outros, que deves colocar as vontades dos demais à frente da tua vontade. 

Na tua capacidade para aceitar e lidar com aquilo que não gostas em ti, naquilo que consideras como defeitos, reside a consciência do quão feliz és. Na realidade o que consideras como defeito é mais feitio do que defeito. É o que te faz ser única, mais ninguém é como tu, mais ninguém te conhece tão bem como tu. Aprendendo a aceitar e a amar o que gostas menos serve para que valorizes mais tudo aquilo que gostas, tudo aquilo que amas de verdade.

Concede-te a oportunidade de viver em pleno como mereces, feliz de acordo com a tua essência. Isso não significa que tudo seja um mar de rosas, que nada de menos bom te aconteça porque isso seria procurar iludir-te sobre o que é a realidade humana, esta é feita de contrastes, é porque conhecemos o mau que podemos conhecer o bom, é porque conhecemos a tristeza que podemos valorizar a alegria. É porque conhecemos a escuridão que amamos a luz. Tu és todos esses contrastes, eles ocorrem em ti, nada deve de ser excluído, tudo deve ser aceite e amado, nisso reside a tua paz.



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Permita-se sentir aquilo que está a sentir



Aprender a lidar com as emoções e sensações que se manifestam em ti é o caminho para viveres uma vida plena e de satisfação, tal como mereces e tal como te está destinada, se assim o permitires. De seguida deixo-te algumas dicas de como fazer para lidar com as emoções.

Tu não és limitado ao que sentes

As emoções e sensações manifestam-se em ti, elas não são a totalidade daquilo que és. Tu és muito mais do que as sensações e as emoções que vais sentindo, que vais vivendo. No entanto enquanto humanos a tendência encontra-se na identificação plena com aquilo que são as emoções e sensações e pensamentos associados que surgem em cada momento. O que resulta dai é uma limitação ilusória do teu poder e uma submissão ao que surge como uma inevitabilidade. Mas tu és muito mais do que isso, tu és o espaço de consciência onde tudo isso ocorre e tornando-te testemunha dessas sensações e emoções ganhas liberdade sobre os efeitos que elas produzem em ti.

Fazer amizade com aquilo que sentes

Aquilo que sentes não podes deixar de sentir porque é o que estás a sentir e no entanto muitos de nós por vezes não quer sentir aquilo que está a sentir e tudo tenta para deixar de sentir o que está a sentir. Só na realidade quanto mais se resiste a sentir o que se está a sentir, quanto mais se procura evitar sentir o que se está a sentir, o que daí resulta é que essas sensações, essas emoções que queremos a todo o custo evitar, ganha mais força sobre nós, ganha mais influência, resultando desse modo um resultado contrário ao que desejávamos. A forma de resolver passa por em vez de resistir aceitar aquilo que está a sentir, fazer amizade com o que está a sentir e isso significa reconhecer o que está a sentir pelo que é, na forma como se manifesta no seu corpo, no conjunto de pensamentos que lhe estão associados. Procurar apreender o que lhe está a comunicar, isso mesmo, fazer amizade passa por falar com essa emoções, dar-lhes espaço para que se manifestem e desse modo é você quem controla o poder que essas emoções tem sobre si e os efeitos por elas produzidos e tal como surgem elas partem após expressarem o que tem de expressar.

Estar alinhado com a essência

Alinhar com a essência é resultado de estar presente no agora vivendo aquilo que é pelo que é, sem rejeitar nada, mesmo o que não gosta, mesmo o que desejaria que fosse diferente, porque não pode deixar de lado partes daquilo que você é, o todo é indivisível, mesmo que procure ignorar, ele continua sendo como é. Quanto mais alinhado mais em fluxo com a realidade está, menos barreiras terá que superar para viver o que tem de viver e desfrutar mais daquilo que tem para viver, com menos resistência e mais em sintonia com a sua essência perfeita. Sendo visível na realidade o quão alinhado está com a sua essência, quanto mais desconfortável, quanto mais resistência sente na sua realidade isso significa que mais desalinhado está com a sua essência. Ao estar alinhado com a essência reconhece que nada acontece por acaso, tudo contribui para o seu crescimento, contribui para elevar o seu nível de consciência e desse modo a guerra com a realidade cessa e a paz que o habita torna-se manifesta na sua realidade.

Ser mais empático

A empatia significa perceber a realidade do ponto de vista do outro, procurar sentir como o outro está a sentir e não julgar desde o seu ponto de vista que é necessariamente diferente do ponto de vista do outro. Isso não implica que tenha de concordar, que tenha de aceitar como certo para si aquilo que o outro faz, aquilo que o outro está a sentir. O que implica é que se permite colocar no lugar do outro e desse modo verá que o outro procura fazer o seu melhor de acordo com o seu nível de consciência, mesmo aqueles que tem comportamentos que considera como desadequados, do ponto de vista deles existem razões plausíveis para tais comportamentos, mais uma vez reforço que isso não implica aceitação incondicional da sua parte porque se esses comportamentos forem desadequados ao que é tido como legal, como razoável, como agressivo perante os demais, esses comportamentos devem de ser lidados para colocar um termo aos mesmos, não deixando no entanto essas pessoas de serem seres humanos que devem de ser lidados como tal e como nada acontece por acaso, aquilo que eles vem ensinar à sociedade em que estão inseridos deve de ser lidada de frente em vez de ser ignorada ou chutada para canto. Lidando de frente a ocorrência desses comportamentos vai diminuindo e com empatia chegará o momento em que deixa de ser necessário a sua ocorrência.

Tempo livre para ser

É relevante que se conceda uma pausa nesta sociedade contemporânea tão acelerada, onde tudo acontece rapidamente e por vezes se esquece de valorizar aquilo que sendo básico é fundamental, é essencial para aquilo que somos, coisas como a respiração, o ar que respiramos são dados como adquiridos e desvalorizados a não ser quando nos falta. Dando valor ao que somos tal como somos, relembrando a quantidade de funções que acontecem em simultâneo para garantir a vida que somos. Cada ser humano é um universo por si só, dentro de si acontecem muitas funções que estão interligadas e que lhe permitem ser quem é. Por isso dar-se um tempo só para si, por mais pequeno que seja, é relevante para sentir a sua essência e relembrar o quão perfeito já é sendo como é. Para relembrar que tem muitos mais recursos em si do que julga possuir e tem muito mais poder do que julga ter. Ao tomar um tempo livre para si permite-se deixar respirar o ser pleno que é e que ele se manifeste no aqui e agora e lhe mostre o caminho a seguir.



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