segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Direito e obrigação perante a vida



Cada ser humano é pleno de vida, é vida em si mesmo e nada lhe falta de verdade. No entanto aquilo que cada ser humano perceciona como sendo a sua vida fica muito aquém daquilo que é a vida de verdade. A perceção da realidade é uma ínfima parte da mesma e não a totalidade daquilo que é a sua essência.

O ser humano está em relação permanente com a vida e tem perante esta direitos e obrigações que são inerentes ao simples facto de existir, ninguém se pode excluir desta realidade. Normalmente o ser humano tende a olhar apenas para os seus direitos e alguns mais afoitos exigem bastante e cobram bem os seus direitos.

Contudo também existem as obrigações, que são de igual importância que os direitos, pretender exercer os direitos sem compensar com as devidas obrigações, é gerador de mais conflito e serve de alimento para essa ideia de separação. Uma ideia de que existe um eles e nós, onde cada um deve lutar pelos seus direitos, mesmo que à custa dos direitos dos outros.

Desde logo o direito principal é mesmo o direito à vida, o simples facto de existir é o maior tesouro que cada um pode possuir e no entanto é muitas vezes desvalorizado, pois é tido como um direito adquirido, mas quanto mais ciente dele estivermos mais abertos estamos a desfrutar em pleno e com gratidão desta experiência humana.

De igual forma a principal obrigação é viver a vida tal como ela é. A vida não é algo que nos aconteça e que por vezes nos agrada e noutras nos trata mal, mas sim é aquilo que nós somos. Não é possível separar aquilo que és da vida que és. Por isso é tua obrigação viver a vida plenamente, estando presente para aquilo que ela te dá, para aquilo que te dás.

O bom é que mesmo quando tentas rejeitar a vida, ela nunca te rejeita, porque não podes rejeitar aquilo que és, apenas podes rejeitar a ideia que crês sobre aquilo que és. Pois a tua essência, sendo perfeita como é,  não pode ser menorizada, ou desvalorizada, faças o que faças.

A vida vai-te dando sinais que te ajudam a orientar ao longo desta experiência humana, e por isso mesmo, nada acontece por acaso, nada acontece por sorte ou azar. Podes não ter consciência das motivações por trás de cada ocorrência, mas quando olhas em perspectiva para a tua vida reparas como tudo faz sentido, como tudo encaixa na perfeição e acontece como tem de acontecer e no momento certo para acontecer.

Se passas por um momento difícil neste momento, é natural que isto possa fazer pouco sentido para ti e mesmo que te faça discordar veementemente do aqui escrito, no entanto nada muda a verdade daquilo que é. E é a verdade não porque eu o diga, mas sim porque é o que acontece e só acontece aquilo que já foi aprovado pela essência, de outro modo não ocorreria.

Temos ainda um conjunto imenso de direitos que cabem dentro do direito principal e que tem a ver com as circunstâncias de cada um e da sua condição de cidadão. Direitos esses que variam de acordo com a região onde nasças, aquilo que é dado por garantido por uns, não o é por outros, só pelo simples facto de nascerem num país diferente.

E aqui entra também as obrigações de cada um, nomeadamente de solidariedade para com o seu"irmão", para com o seu semelhante, se cada um de nós tratar o outro como gostaria de ser tratado, então as diferenças e a visão de separação uns dos outros, terminaria. Sendo possível desfrutar mais plenamente esta experiência humana.

Aquilo que te é pedido é que dês o teu melhor em cada momento, aproveita ao máximo aquilo que a vida te dá, procura ser grato e contribuir para o bem geral. 

Mudando a tua atitude primeiro contigo próprio, amando aquilo que és, e depois com o "resto" do mundo através da partilha do teu amor, verás como as mudanças que desejas acontecem, ainda que de um modo diferente do que esperavas, mas de certeza serão as melhores e mais adequadas para ti quando ocorrerem.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Deixando de resistir tudo se soluciona



Desperdiçamos a nossa energia tentando forçar a realidade para que seja de acordo com aquilo que cremos ser o melhor para nós. E por si só não tem mal nenhum que exista essa tentativa de controlo, visto que é o que acontece, de outro modo não aconteceria. 

No entanto nessa tentativa de controlar aquilo que não podemos controlar deixamos de captar os sinais que a vida nos dá e que servem para nos orientar ao melhor de nós em cada momento e em cada situação. 

Quanto mais focados naquilo que desejamos que aconteça menos disponíveis estamos para desfrutar da vida tal como ela é, tal como nós somos.

Isso é natural da experiência humana, é na superação dessas tentativas e erros que vamos cometendo, que vamos relembrando quem somos de verdade em essência. São os contrastes que mais apelam aos nossos sentidos, às nossas sensações, que mais nos fazem relevar o que é verdadeiramente importante na nossa vida humana.

Os desafios são uma constante do dia-a-dia e é a nossa atitude perante esses desafios que nos aprisionam ou libertam face a eles. Quando cremos que são demasiado difíceis para nós, de facto é isso que iremos experienciar, se por outro lado cremos que temos capacidade para superar qualquer desafio que a vida nos coloca e que esta nos dará os meios para o fazer, é isso que de facto acontece.

Tu escolhes a cada momento que relação te permites ter com a vida, que relação te permites ter contigo mesmo. Porque tudo acontece primeiro dentro de ti e depois projeta-se na tua realidade. O que quer que aconteça já foi aceite pela tua essência. Logo de ti, ser humano, só se pede que o aceites também e ajas em conformidade.

Isso não significa que concordes com tudo o que acontece, significa apenas que não rejeitas nada à partida, que te permites um espaço de observação, de comunicação com o que acontece e procuras em ti que aspectos teus o refletem e o que podes aprender com isso. 

Desse modo elevas o teu nível de consciência e descobres que nada do que acontece é contra ti, mesmo quando aparenta ser contra ti e que em essência nada te belisca, nada te transforma.

Deixas de tentar impor sobre os outros os teus pontos de vista, deixas de tentar que mudem para se comportarem como achas que se devem de comportar. E focas-te em ser um exemplo de respeito pela tua essência e através dos teus atos poderás ser um exemplo que os outros que te rodeiam possam seguir, se assim acharem que é o melhor para eles.

A única pessoa que podes enganar és tu mesmo, quando deixas de ser honesto com o que sentes, quando procuras demonstrar ser algo que não és. E será assim até que fiques ciente que de nada serve essa desonestidade, que ganho algum dai advirá. Quando decides ser honesto contigo, reparas que as mudanças acontecem, o que parecia irresolúvel encontra solução e tudo naturalmente encontra o seu lugar.

Deixando de resistir àquilo que é, entras em fluxo com a vida, com a tua essência. Isso é uma escolha de amor, é um ato de amor-próprio e de amor ao próximo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Porque sacrificas a tua felicidade



Sacrificas a tua felicidade quando acreditas ser limitado por uma ideia de personalidade, quando acreditas ser um corpo e a mente que o controla. O ego é essa ideia de limitação e ele tudo faz para manter o controlo sobre a tua realidade, sobre uma ideia de realidade que fica muito aquém da realidade, tal como ela é.

No entanto o ego não é o teu inimigo, tal como algumas filosofias e correntes espirituais querem fazer crer. O ego é útil na medida em que te permite funcionar plenamente nesta dimensão densa energética, que é o plano material, aquele onde é possível acontecer esta experiência humana que estás a viver.

O ego só se torna pernicioso quando acreditas ser apenas isso, quando te identificas totalmente com ele, ai tornas-te prisioneiro dessa ideia. A boa notícia é que sendo uma ideia que ocorre em ti, na tua essência, tu podes escolher a qualquer momento tornar ciente isso mesmo, que se trata apenas de uma ideia e que em nada belisca aquilo que és em essência.

Assim sendo o que, ficar ciente da ideia do ego, faz por ti é o permitir que se quebrem as ilusões e desse modo ficas livre para desfrutar em pleno os desafios inerentes a ser humano, com desapego, porque sabes que nada te pertence de verdade, a posse é apenas mais uma ideia de limitação, pois tudo é passageiro, tudo muda constantemente, apenas a tua essência é imutável e intemporal.

As maiores batalhas, os maiores sacrifícios, que enquanto humano enfrentamos, resulta precisamente da defesa dessa ideia de posse perante os restantes seres humanos que cremos serem apartados de nós, que cremos existirem separados daquilo que somos em essência.

É na perseguição de uma ideia de perfeição que vamos rejeitando a realidade como ela é e batalhamos forçando uma ideia de controlo sobre aquilo que essa realidade pode e deve de ser. Daí resultando apenas frustração e um inúmero de lutas contra moinhos de vento imaginários.

Tudo isso acontece e no entanto é perfeito que aconteça, porque é o que acontece. Nisto reside a piada cósmica. A exemplo de um canino perseguindo a própria cauda, o ser humano procura por algo que nunca lhe faltou, por algo que já existe naquilo que ele é.

Só quando desiste dessa busca incessante por algo mais, por respostas às suas dúvidas. Seja essa desistência resultante do esgotamento das forças, seja por um despertar para a realidade. É que ele se encontra e por fim permite descansar no silêncio da perfeição do ser. Permitindo-se entrar em fluxo com a vida, em fluxo com aquilo que é.

Repara nisso agora, nessa ideia de ego lutando em ti por forma a fazer desacreditar tais conceitos, tais ideias refutando-as de loucas, de imaginárias. Observa apenas como se manifesta em ti, sem julgar, apenas observando. Pois também isso é vida, parte integrante de ti.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pelo menos...



Esta expressão "pelo menos" e o que a segue surge como justificativa para situações menos agradáveis na suposição de que algo ou alguém esteja em pior situação. À primeira vista poderá parecer como algo positivo, como algo motivador onde pelo menos há algo que se salva, ou há alguém que esteja pior.

Mas quando se olha com atenção ao que está implícito nesta expressão o que resulta é mais acomodação do que motivação.

Um exemplo típico será quando alguém fica desempregado dizer há quem esteja pior pelo menos ainda tens onde morar, ou pelo menos recebeste os teus direitos, etc. Estes comentários tidos como podendo ser consoladores para quem os ouve, como sendo solidários com a dor do outro, são na verdade, mais um sentir pena do que estabelecer empatia com a outra pessoa.

Quando somos empáticos com o outro procuramos ver aquilo que ele está a viver e a sentir, do modo que ele o está a viver. Procurando percecionar a situação do ponto de vista da outra pessoa. Já o sentir pena significa um reforçar de uma ideia de coitadismo, que aprisiona mais do que liberta.

A tentativa de justificação do que acontece focando num pelo menos que possa servir de consolo, resulta mais em comodismo do que em incentivo de superação. Pois mais importante do que, o que acontece, está a nossa atitude perante o que acontece. 

Escolhemos resignar-nos à situação acreditando que nada podemos fazer e culpando o mundo pelos nossos infortúnios. Ou pelo contrário escolhemos uma atitude pró-ativa começando pelo reconhecimento da situação tal como ela é, aprendendo com ela e agindo com vista a superar a situação.

É a nossa atitude que fará a diferença e esta só depende de nós. O olharmos os que estão ao nosso redor pode ajudar ou prejudicar, se fizermos depender deles a nossa tomada de posição ou inação. O pelo menos é uma escolha desempoderadora, é uma escolha de abdicação da tua responsabilidade sobre a tua vida.

A tua vida é tua para viver, ninguém a pode viver por ti, as tuas escolhas não devem de estar dependentes das opiniões dos outros, isso não significa que não ouças as opiniões de outras pessoas que sejam significativas para ti, desde que não delegues nelas as decisões que apenas ti te cabem.

Em vez de pelo menos podes optar por procurar ver o que a situação em causa te quer comunicar, o que ela representa para ti e o que podes fazer a partir dela. Sabendo que a vida está aí para te apoiar e que possuis em ti todos os recursos para superar todos os desafios que possam surgir, mesmo aqueles que ao primeiro impacto pareçam insuperáveis.

Acredita em ti, confia na tua intuição e deixa que a tua essência te mostre o caminho.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dealing with What If



What If is whether a question of possibility or of fear to you. It is your focus that makes it one or the other. If you make yours what ifs a question of possibility they allow you to expand your horizons, to elevate your level of awareness. Making them open your limits and consider multiple points of view of reality, without forcing, or better said, trying to force reality to be as you think it should be.

When your what ifs are a question of possibility you realize that you are connected with everything, that there is no separation between you and life. Life ain't something external to you, it is all you, appearing in multiple expressions.

Possibility is what miracles are made of. 

Impossible cannot enter into the concept of what if, powered by possibility. To your essence there is no limits, no boundaries. It knows no time, or space. Infinite possibilities are within reach. No thought, or idea can diminish whatsoever your true nature. 

Even when you believe to be this body and mind running it, in reality it is all illusion. And it is okay to be like that, it is an experience only available to a human being to experience. It is a process of awareness being aware of itself from a limited point of view. With that in mind you can relax and enjoy the ride with detachment.

When you take yours what ifs as a question of fear, you are choosing to limit more yourself. To limit the idea of yourself and believing so, you allow yourself to suffer, because suffering is a story created by your mind, based on fear and pain.

And as you created it you believe in it. This belief makes you search and find proofs to confirm the story created by you. It is a loop. A  self-fulfilled prophecy than limit even more the way you perceive yourself and the relationship you establish with your reality.

Being a question of fear, your what ifs diminish your sense of possibility, your sense of worth.

You feel to be at war with what is, never satisfied, ever searching for the next thing, ever searching to fill the void within but focusing in the material things, in the dependence of others to give you what you deny to yourself, making you very exigent on them, making them responsible to your happiness and fulfillment.

It up to you to choose peace or war. When you resist what is you are surrendering to fear, you are choosing to create limits where there is none. But you can just choose to accept what is, to love it all as it is. And doing that you realize that peace were always within you. You realize that there is nothing lacking in you, that you are perfect as you are.

There is nothing you have to do, rather than let things be as they are, rather than let go the need to control and let be. Try it for yourself and see the difference in your life.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Encontra a tua magia




Ser humano é ser imperfeito e a questão reside no quão em paz com isso consegues estar, o quão ciente disso estás. Quanto menos ciente disso estás maior será a tua resistência à tua realidade e maior o teu grau de frustração, porque a realidade não é como desejas que ela seja, não é tão perfeita como desejas que seja.

A questão não se coloca de verdade na perfeição ou falta dela por parte da tua realidade, mas sim dessa ideia de perfeição que alimentas em ti, que surge na tua mente. Porque a perfeição é apenas uma ideia, uma estória que crias sobre aquilo que é suposto ser a tua realidade e as pessoas que dela fazem parte.

Em essência a tua realidade é como é, ela é plena, nada lhe falta e nada lhe pode ser acrescentado. Assim sendo ela é perfeita do ponto de vista humano, pois só acontece o que tem de acontecer e apenas o que cada ser humano está preparado para lidar, de outro modo não aconteceria o que acontece.

Em vez de te focares na perfeição ou falta dela na tua realidade, tentando forçar para que ela seja do jeito que julgas que deveria de ser, tentando mudar as pessoas ao teu redor para que se comportem como julgas que se deveriam comportar ou quando não o consegues ou não tens o poder para o fazer, desgastas a tua energia criticando-as e culpando-as pelos teus infortúnios. 

Podes escolher focar a tua energia indo dentro de ti e permitindo-te conhecer de verdade. Dá inicio a uma investigação interna sobre a tua verdadeira natureza. E faz isso com mente aberta, livre de preconceitos. Quanto mais o fizeres mais leve viajarás nessa aventura pelo desconhecido, porque de facto pouco conheces sobre as tua reais capacidades.

Permitindo-te encetar essa aventura de auto-descoberta irás encontrar a tua magia, aquilo que faz sentido para ti, enquanto humano, aquilo que dará sentido à tua realidade. Todas as respostas às tuas dúvidas repousam em ti, em mais lugar algum encontrarás as respostas que procuras, as soluções para as tuas dificuldades.

Encontrar a tua magia é encontrar o teu jeito, a tua razão de viver e encontrarás isso na tua singularidade e não na imitação do que outros tenham feito, poderás usar o exemplo dos outros para aprender mais sobre ti, para te conheceres melhor, pois aquilo que te desagrada nos outros diz mais sobre ti do que sobre eles.

Isso não implica que aceites a maneira de ser dos outros, pois isso é um problema deles, o que diz respeito a ti é o modo que essa maneira de ser dos outros mexe contigo. Percebendo isso conhecerás melhor quem és, aceitando o teu lado sombra tal e qual aceitas o teu lado luz, estarás mais equilibrado, mais sereno e consciente da tua magia.

A tua magia é apenas tua, mais ninguém no mundo é como tu. Tu és singular e descobres isso amando quem és, aceitando a realidade como ela é e fluindo com a vida. Mas não acredites porque eu te digo, vai e experimenta por ti e verás. Faz isso com vontade, permite-te essa oportunidade.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O que é ser livre de verdade



Ser livre de verdade não significa que nada mais te prende à realidade, o que ser livre de verdade significa é que independentemente do que ocorra na tua realidade, tu deixas de as evitar, por muito más que julgues serem essas situações. És livre e por isso nada te condiciona, o que quer que ocorra, aceitas que ocorra e lidas de frente como essa situação.

O aceitar nada tem a ver com o concordar, aceitar não implica que concordes com a situação, que gostes da situação. O aceitar significa reconhecimento, tornares-te ciente do que acontece pelo que acontece. Em vez de tentar forçar que aconteça o que desejas que aconteça, ou que rejeitas o que julgas como errado ou mau.

A tua insatisfação, a tua frustração resulta da diferença entre aquilo que crês que deve de acontecer e aquilo que acontece de facto.

Quanto mais te focas nessas diferenças, mais afastas da tua atenção aquilo que é a tua essência, aquilo que és de verdade e deixas de usar o teu poder pessoal para desfrutar da realidade tal como ela é, tal como tu és. Pois tu és vida, não és uma entidade que vive à parte da realidade. 

Estando ciente disto compreendes que de nada serve rejeitar seja o que for na tua vida, pois não podes rejeitar de facto aquilo que és, não podes partir partes de ti. Podes no entanto alimentar a ilusão de separação, a ilusão que existes externamente à vida e que esta seja algo que te acontece e que por vezes te é favorável e noutras vezes te é madrasta.

Quando te libertas da tenção de tentar forçar a vida a acontecer como julgas ser a mais acertada, descobres que tudo é muito mais simples do que pensavas ser, descobres que és tu quem pode complicar ou não a tua realidade, porque esta segue sendo como sempre foi e é, a realidade é perfeita tal como é, nada lhe falta e nada lhe acrescenta.

A vida que vives enquanto humano não inclui a totalidade do teu ser, tu és muito maior do que apenas o teu corpo e a mente que o controla. Relembrando que não te limitas ao teu corpo permites-te desfrutar da realidade como ela é, com desapego e esse desfrutar significa que vives aquilo que ocorre, quando a tristeza vem, estás presente, quando a alegria vem, estás igualmente presente.

Sabes que nada é necessário rejeitar, porque se acontece é perfeito que aconteça e que tens todos os recursos para lidar com o que acontece, sabendo que nada belisca o que quer que seja da tua essência. O bom disto tudo é que não precisas de acreditar em nada disto para que funcione. Quanto mais procuras entender mais desvias a tua atenção daquilo que é e no entanto a vida continua.

Escolhe simplificar, vive a vida tal como é, confia na tua intuição e verás que tudo está bem.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Liberdade para seres como és



O ser humano não deseja conhecer-se de verdade, ele apenas deseja sentir-se bem, apenas deseja obter, aquilo que ele pensa ser, o sucesso. Ele deseja ter mais, obter mais, ainda que escondendo a realidade, escondendo-se da verdade da sua essência.

Muitos procuram muitas formas de elevarem a sua consciência, numa busca por serem mais espirituais, mais evoluídos, mas na verdade apenas procuram uma idealização daquilo que consideram ser iluminado. Apenas buscam as experiências que leram ou ouviram em relatos de outros seres humanos, que supostamente atingiram tais estados de elevação através dessas experiências.

Numa busca por saber mais, por se conhecer melhor, desde que não o faça sentir-se mal, desde que não seja demasiado desconfortável. O desconforto é evitado, porque resulta do medo do desconhecido e por isso evita-se entrar no que seja desconhecido, com medo de não haver retorno possível.

E no entanto a verdade é como é e nada a pode alterar. Nada te pode alterar. Por muito que faças para evitar o desconforto, para evitar as emoções que te desagradam, elas continuarão a ocorrer, porque é natural que assim seja. É parte de ti, é parte da vida e nada pode ser excluído da vida, ela nada despreza, nada nega.

Tu és vida em plenitude. E aquilo que te causa desconforto é uma aproximação à verdade sobre ti, pois enquanto negares partes de ti, não conhecerás a verdade por inteiro. Aquilo que te desagrada em ti e na tua realidade, são sinais sobre aspectos teus que tens ignorado e que te podem guiar ao encontro de ti.

Ouve esses sinais que a vida te dá, deixe que eles te orientem, para dessa forma relembrar quem és de verdade. E quanto maior for a tua aceitação daquilo que és, daquilo que é a tua realidade, mais ciente da tua essência ficas e mais ciente da perfeição do teu Ser ficas.

Quando te abres para a realidade do que és de facto, quando te aceitas como és, com amor, verás que obstáculo algum será intransponível para ti. Dor alguma consegue diminuir o que és, experiência alguma consegue beliscar a essência do que és.

Aceita o desconforto e vai em frente. Porque na verdade aquilo que mais faz temer o ser humano não é a ausência de luz, mas sim aceitar o imenso brilho da luz que brota da sua essência e que nunca esteve ausente. É a luz que mais teme, pois esta é real, mas o medo de que seja apenas ilusória, faz com que tenha medo de a confirmar, de a desfrutar tal como ela é.

Tu és amor, tu és luz intensa. Abraça aquilo que és, tome isso a forma que tomar em cada momento, seja isso percebido como mais prazenteiro ou mais incomodativo, tudo isso és tu. E se estiveres desapegado do que quer que ocorra, sem no entanto o negar, ficas livre para ser quem és.

Livre de máscaras, livre de condicionalismos, livre de medos. Livre para viver simplesmente no agora. Experimenta isso, permite-te isso e vê por ti no que resulta dai.  


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