segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O que faz toda a diferença no novo ano



O final do ano é um momento de reflexão e balanço sobre o que ocorreu ao longo do ano que termina, mas aquilo que é verdadeiramente importante é aprender com tudo o que aconteceu, retirar dessa experiência o ensinamento que te permita elevar a tua consciência e que te prepare para um novo ano, com mais vigor e vontade de te conheceres melhor e seres melhor pessoa.

De nada serve olhar para o ano que termina e ficares a lamentar por situações que são, no teu julgamento, negativas, pois quanto mais te agarras a essas situações, quanto mais te prendes a lamuriar porque aconteceram, aquilo que estás a fazer é desperdiçar a tua atenção no acessório deixando o essencial de parte.

Pois deixas de aprender aquilo que tens de aprender, de outro modo essas situações não ocorreriam e focas-te na lamentação que nada te acrescenta a não ser o desperdício das tuas energias com algo que não podes mudar, visto que já é passado.

Mesmo que no balanço final consideres  que o ano tenha sido mau para ti, poderás se assim o quiseres retirar aspetos positivos de cada uma dessas situações e usar aquilo que te pode tornar mais forte para lidar com a tua realidade atual, a tua realidade presente, que é aquela na qual podes agir.

Tu vives sempre e apenas no momento presente, o passado e o futuro existem apenas na tua mente, são pensamentos que agregados constituem estórias que aceitas como tuas e permites ou não que te definam.

Para estares ciente dessas estórias só o fazes no momento presente, é neste momento que tu podes encontrar aquilo que anseias para ti e que é a solução para o que consideras como sendo os teus problemas.

Cada situação que acontece na tua realidade carrega em si a solução para a mesma. Cabe a ti através da tua atenção permitir que se revele para ti ou não.

Os ensinamentos que retirares do ano que agora finda podem tornar-te mais forte ou então limitar-te, se assim for essa a tua escolha. Escolha essa que pode ser inconsciente e será assim sempre que escolhas o caminho da lamentação, da lamúria. 

O bom é que podes sempre escolher de novo, agora, podes escolher acreditar que a vida que és te apoia e te orienta na direção daquilo que é o melhor para ti em cada momento, ainda que não pareça, mas de facto assim é em todas as situações, sem exceção.

Tu és muito mais poderosa do que crês ser e para relembrares isso basta-te querer com o coração, uma vontade imbuída  de amor, puro amor e que te permite superar qualquer desafio que a vida te coloque. Nada é mais poderoso que o poder do amor, o amor é a resposta a todas as tuas duvidas.

Escolhe agora deixar que o amor te mostre o caminho, segue o teu coração e sabe o que é o melhor para ti e desse modo poderás desfrutar em pleno cada momento, tal como ele é, tal como tu és. E verás como este novo ano será melhor para ti, porque na verdade quem muda és tu, o que muda é a tua relação com a realidade e isso faz toda a diferença.





segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O embuste de evitar sentir o que está a sentir




A vida é simples e perfeita tal como é e assim sendo apenas tu podes criar a ilusão de complicação. O complicómetro é algo que tu crias e quanto mais crês na ideia que tens de ti, mais poder concedes às complicações na tua realidade. A boa notícia é que nada disso é real para a tua essência, no entanto para a qualidade da tua experiência humana, as ideias que crias são relevantes.

Tu tens o poder de simplificar a tua realidade, pois és tu quem a complica, logo da mesma forma podes deixar de a complicar.

E fazes isso estando presente para aquilo que é a tua realidade. Quanto mais aceitares a tua realidade, mais em fluxo com a vida estás. Este aceitar não significa resignação, mas sim deixar de resistir àquilo que é, deixar de remar contra a maré.

Quando aceitas a tua realidade como ela é crias espaço na tua atenção para mergulhar dentro de ti, pois é aí que tudo se decide, é dentro de ti que tudo se passa primeiro e depois reflete-se na tua realidade externa.

Aquilo que sentes dentro de ti é crucial para aquilo que viverás na tua realidade, logo quanto mais ciente das tuas sensações, dos teus sentimentos estiveres mais poder ganhas sobre a tua realidade, mais ciente da tua essência estás e desse modo, mais em fluxo com a vida que és estás também.

Um grande embuste que ocorre com frequência com os seres humanos é rejeitar sentir aquilo que estão a sentir. A questão é que já estás a sentir, já está a ocorrer, logo tentar rejeitar o que está a acontecer em nada te serve, apenas cria ruído na tua realidade.

Se estás a sentir não tens como não sentir, percebes a subtileza da situação?

Aquilo que fazes ao tentar rejeitar o que estás a sentir é procurar substituir essas sensações por outras sensações, continuando a ser sensações. Só que acreditas que umas podem ser melhores que as outras e no entanto elas são todas igualmente sensações. Apenas uma ideia surge associada a essas sensações e julgas umas como boas e outras como más.

Mas nessa tentativa de forçar evitar sentir as que julgas como más, e que na realidade já estás a sentir, o que irás fazer é alimentar essas sensações de desconforto. Quanto mais resistência crias ao que estás a sentir mais força sobre ti lhe concedes e será assim até que te permitas vivenciar em pleno aquilo que tens de vivenciar e aprender o que te tem para ensinar.

Deixando de desperdiçar a tua energia na tentativa de seleccionar aquilo que estás a sentir e permitindo-te apenas observar essas sensações, esses sentimentos, tal como eles se manifestam, crias espaço na tua atenção para absorver o que te tem a comunicar e relembras desse modo quem és de verdade.

Relembras que a essência do que és é perfeita tal como é e nada pode beliscar o que quer que seja aquilo que és, por muito má julgues serem essas sensações, elas são parte de ti. Nada ocorre fora de ti, nada em ti é exagerado, nada de ti pode ser excluído, tu és tudo isso, pois tu és ilimitado.

Tentar evitar sentir o que estás a sentir é uma mera ilusão. E a melhor forma de superar as ilusões, de as fazer desvanecer é através do amor. Amando aquilo que é, seja percecionado como bom ou mau, descobres como tudo é perfeito, como tudo é simples, como tudo encaixa na perfeição, pois nada acontece por acaso.

Enquanto humano nem sempre teremos esta consciência, mas na realidade não é necessário ter essa consciência para desfrutar em pleno esta experiência de vida que nos foi concedida, seja por Deus, seja o universo, seja outro nome qualquer que te seja confortável crer. Basta-te estares presente em cada momento recetivo ao que a vida te dá e ela dá-te tudo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

The power of forgiveness is there for you to use it


Forgiveness is powerful, it has nothing to do with other people, it is all about yourself, about the way you see yourself in relation with others and the power you allow them to have on you. You forgive the way you let others affect you and the way you put yourself in a shell in order to protect this idea of you.

By forgiving it does not mean that you accept what someone did to you, but you decide not to relive it on and on. You decide to stop the war against yourself and free yourself to live fully in the present moment, aligned with your heart, with your soul.

Whatever they did to you did not happen by chance, in itself it had something to teach you about yourself, it was a wake-up call in order for you to evolve your awareness about the real you. Because your body and mind, this idea of you, the ego, can be damaged but your true self, your essence cannot be damaged in anyway.

And you ask, did I need to have such an experience to evolve my awareness?

Yes and it is so, because it happened. If it happens it is okay, life knows best. But you could perhaps avoid it if you were focused in the now and aware of the signs that life gives you all the time. Life is always talking to us, it guides us if we allow it.

When we resist what is, we may have to experience rough situations in order to realize that we are getting away from our course, from our path. But the good news is that it is okay, whatever happens is okay and it was already accepted by our essence.

You decide in each moment whether to flow with life or try to go against it. It is a decision of simplification or complication of it all. In itself life is simple, it is our perception of it that can be complicated or not. 

But perceptions are just ideas floating within our mind and being detached from them allows us to get a higher perspective of it and realize that we are not what we think we are, we are not those stories. Observing it and letting it be as it is will lead us to the answers we have been looking for.

There is no big secret to unveil. The purpose of life, of this human experience, is life itself. Is consciousness being conscious of itself. It as simple as that. To figure it out as that simple and accept it, is the big challenge we face as humans. We like to complicate things by trying to fix it, by trying to make it our way, when it is already perfect as it is.

Just love it as it is, as you are and forgive yourself for having not seen that already. Now is always a good time to realize that. Do it.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Aprender a estar confortável no desconforto




A realidade humana é feita de altos e baixos, nada é permanente, tudo vai mudando, apenas a nossa essência permanece igual. No entanto sendo a nossa realidade feita desses altos e baixos, tendemos a rejeitar estes últimos. 

Quando a realidade percecionada por nós não nos agrada, tendemos a evitar vivenciar as sensações que ela nos traz e fazendo isso estamos a rejeitar uma parte de nós. Pois tudo isso é parte daquilo que é a vida, nada acontece por acaso e nós somos essa vida, tudo isso é parte integrante de nós.

Ao aceitar aquilo que a vida nos dá em cada momento permitimos que se eleve a nossa consciência, permitimos que o ser humano evolua e se descubra tal como é em essência. É no esbater da diferença entre aquilo que desejamos que a vida seja e aquilo que ela é de facto, que veremos diminuírem as situações que julgámos como problemáticas e mais em fluxo com a vida estaremos.

A vida é simples e perfeita, assim somos nós também, porque somos essa vida, ela não é algo que nos acontece, mas sim aquilo que somos. A vida não é externa a nós, não há diferença entre o que somos e o que é a vida, seja isso percecionado por vezes como bom e outras como menos bom.

Pelo contrário são as situações que nos são desconfortáveis que nos levam a despertar do piloto automático, desse torpor de fazer o que é suposto fazer e não levantar muitas ondas, esperando que a sorte queira algo connosco e nos favoreça.

Só saindo da zona de conforto poderemos testar os nossos limites e ver até onde podemos ir, só testando os limites saberemos o quão amplos ou estreitos serão. Se nos limitarmos a fazer o que sempre foi feito nada mais poderemos esperar que os resultados do costume.

O ir além do conhecido gera receio, gera desconforto e quanto mais confortáveis estivermos com esse desconforto, mais iremos conhecer sobre nós e mais podemos relembrar quem somos de verdade em essência. Pois a nossa essência é perfeita e nada lhe falta, já a ideia limitada que acreditamos ser, ou seja o ego, é limitado e limitante.

Aprendendo a lidar com o desconforto iremos quebrar as barreiras por nós criadas em nosso redor e que filtram a nossa realidade fazendo com que pareça ser mais limitada do que ela é de facto. O que quer que ocorra na tua vida já foi aceite pela tua essência e significa que tens arcaboiço para lidar com isso e superá-lo.

Estar confortável no desconforto é ter fé no que não é visível para ti, é crer que tudo o que ocorre na tua vida é para o teu bem, mesmo quando as evidências apontam para o contrário. Não implicando isso que não tenhas sensações menos boas, que tenhas momentos de desânimo, de tristeza, o que significa é que sabes que nada disso te define ou limita e que tens a capacidade para lidar com isso.

Quanto mais confortável estiveres com o desconforto mais poderás apreciar o conforto quando ele vem. Mais valor dás às coisas boas da tua vida e que dás por garantidas, por mais simples que sejam merecem a tua atenção e cuidado, tal como exemplo o ar que respiras, ou o simples sorriso de outra pessoa.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O momento de usar o poder pessoal



Este é o momento de usares o teu poder pessoal e assumires as rédeas da tua vida. Fazes isso não pela tentativa de forçares que a vida seja como achas que deve de ser, mas sim pela aceitação da vida tal como ela é. 

O poder pessoal mais do que algo que possas usar é resultado da forma como te percecionas e te relacionas com a realidade em que estás inserida. Quanto mais ciente estás da tua conexão ao todo, quanto mais ciente que nada existe fora de ti, porque tu não és apenas esse corpo e mente que associas à tua personalidade.

Quanto mais ciente de ti estás, mais simples se torna a tua realidade.

Torna-se simples porque ela já é simples e és tu quem tem o poder de a tornar fácil ou difícil para ti quando ligas o complicómetro e multiplicas os teus problemas. Quando olhas para a tua realidade e vês muitos problemas, em vez de procurares por todos os meios resolve-los, procura primeiro dentro de ti encontrar as soluções para os mesmos, pois é aí que elas residem.

São as ideias que pululam na tua mente que filtram a realidade que vives enquanto humano. A realidade é um espelho do teu interior, por isso se não te agrada a tua situação atual, é indo dentro de ti que poderás alterar essa realidade, não pela ação direta sobre a mesma, mas sim pela atenção e relação que constróis sobre ela.

Quanto mais em fluxo com a tua realidade estás, mais uso dás ao teu poder pessoal.

O poder pessoal resulta da tua consciência de que estás ligada ao todo, que as outras pessoas que fazem parte da tua realidade, também fazem parte de ti. Tudo é energia e aquilo que pensas sobre as outras pessoas tem efeito sobre ti, aquilo que pensas sobre os outros diz mais de ti, do que diz deles. 

E isso é assim para todas as pessoas. Desse modo podemos usar aquilo que nos desagrada nos outros para nos conhecermos melhor e ver em nós de que forma existem essas características e que influência tem sobre a forma como se manifesta a nossa realidade.

Fazendo isso o que deriva dai é que essas pessoas podem sair da nossa vida, se nada mais tivermos a aprender uma com a outra, ou então a relação irá evoluir para algo diferente, normalmente melhor.
Seja por muito ou pouco tempo, ninguém surge por acaso nas nossas vidas, isso é assim para todos.

Aprendemos sempre com todas as pessoas se tivermos abertura para isso e atentos ao sinais que a vida nos dá. A vida está em diálogo permanente connosco e de múltiplas formas, se não estivermos atentos ao momento presente perderemos esses  sinais até que a vida nos envie sinais mais fortes que nos obriguem a ficar atentos.

Dai que surjam as doenças, os acidentes, as separações, desemprego, etc. São uma chamada de atenção para que tomes nota desse diálogo interno e recuperes o teu poder pessoal

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Life is harder until you accept it

Life is harder for you when you decide do confront it instead of accepting it as it is. Because when you fight against life you are fighting against you. You are life, all of it, be it perceived as good or bad for you, it still you. Good occurrences ain't better than the bad ones, only your judgment make it so.

When you truly know who you are in essence the need of rejection ends, no matter what happens in your human experience.

Knowing yourself lets you find the peace within to seize whatever form your reality may take. And you know that, comes what may, you still perfect as you are in essence. From your human point of view, that is limited, it doesn't mean that you will never feel sad or angry again. No, what it means is that you allow yourself to experience it fully, you learn from it and carry on your life, being present to whatever it brings you.

Embracing your life moment to moment, you enrich yourself, leaving nothing out of it. Giving your best, knowing that you need not to compare yourself with anyone else and what you think that they may think of you doesn't matter. It matters only what you think of yourself, it matters only the attention you assign to your thoughts and how attached to them you are.

Thoughts are deceiving because they are limited and when you question them you will see their real nature and yours also. You are this unlimited space where they occur, you are prior to any thought and you remain present when they go away.

Just be aware, notice whatever may came into your attention with detachment and all is okay.

When in doubt just let your intuition guide you, trust your essence to show you the way. Love is always the answer that lightens your path in this human experience. And the good news is that you don't need to believe this in order for it to be real and take care of you.

Life is flowing constantly, let it be and go with it.

Focus in what you can control, like your attention, like dealing with your emotions, like how you choose to respond to whatever happens. And let go what you cannot control like what others think or do. Like how life unfolds to you and the next one. Let be what you cannot control and you will see how simple all is and perfect also.

From you it is asked only to be present, aware of yourself and loving it all, because you are love, nothing is lacking in you, nothing is happening outside of you and to you. You are all and whole.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O que fazer quando crês que a vida te trata mal


A vida trata-te mal, do teu ponto de vista, sempre que a rejeitas tal como ela é. E isso é assim apenas na tua perceção, pois em essência a vida é neutra, ela não julga nada, não classifica nada, não separa nada. Esse é um trabalho teu, um trabalho do ego, que nada mais é que essa ideia limitada sobre quem és de verdade.

O ego é essa personalidade associada ao corpo e mente que foi sendo construída ao longo do tempo linear pelo qual os humanos medem a sua existência. O ego vê-se por comparação aos outros egos e suas circunstâncias. O ego subsiste na base de um jogo de "busca, mas não encontres", por forma a manter-te iludido daquilo que és de verdade, daquilo que é a tua essência.

Quanto mais empenhado estás em jogar mais mergulhas na ilusão de separação e no quanto tens de batalhar para sobreviver num mundo selvagem, onde apenas os mais fortes sobrevivem.

Sendo assim, o que podemos fazer para que se dissipe a ilusão?

Através do amor, este é sempre a resposta para todas as tuas duvidas, sejam elas quais forem, é através do amor que encontras a verdade e a liberdade do Ser. Através do amor encontras a paz e harmonia que tanto desejas.

E este amor nada tem a ver com o amor mundano, limitado do ego que te faz acreditar num amor apoiado no exterior, apoiado na dádiva dos outros , por forma a completar o que te faz crer que te falta. Esse amor é dependente, ele faz de ti prisioneiro da vontade do outro de te amar e isso é indutor de sofrimento.

Já o amor real é abundante, ele é a matéria do qual és feita, tu és amor, logo este não te pode ser retirado, nem acrescentado. Assim é a tua essência, no entanto enquanto vivendo esta experiência humana descobres essa verdade sobre o amor que és, amando aquilo que é a vida no momento presente.

Quando te permites amar aquilo que é, aquilo que é a vida como ela é, tudo fica mais simples, porque a vida é simples e perfeita tal como é. Já aquilo que pensas sobre a vida é complexo, o pensamento é complicador, pois ele é apenas uma estória sobre uma porção da realidade, mas não contempla a realidade plena.

O pensamento é a fonte desse diálogo interno permanente que absorve a tua atenção e que depois se projeta na tua realidade humana. Tornando-te ciente desse diálogo interno com desapego, permites-te descolar do mesmo e relembrar que não és limitada por ele ou qualquer outra coisa. 

E percebes que os limites que acreditavas serem os teus em nada beliscam a tua essência. Fazendo isso ficas livre para viver em pleno todos os desafios desta experiência humana, aceitando e amando todos os aspetos da mesma, ou seja, os bons e os maus também, com todos os outros de permeio.

Escolhe agora entregar-te ao amor, à tua essência e deixa que ela te mostre como é bom viver esta experiência humana. Faz isso, só por agora.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Confia em ti, tu podes mais

Este é o momento certo para começares a tratar de ti, para começares a confiar mais em ti e naquilo que és capaz de fazer. Todas as tuas dúvidas resultam de uma ideia de incompletude, de acreditares que não és suficiente sendo como és e que necessitas de algo externo a ti que te complete, sejam bens materiais, sejam outras pessoas.

Quanto mais duvidas das tuas capacidades e colocas nos outros a esperança de te darem o que crês que te falta, na verdade o que estás a fazer é abdicar do teu poder pessoal e da tua responsabilidade de escolha face aos desafios que a vida te dá.

Nada do que acontece na tua realidade está para lá daquilo que consegues lidar, daquilo que consegues suportar. O que quer que ocorra já foi aceite pela tua essência, de outro modo não ocorreria. As experiências que terás de passar servem para eleves o teu nível de consciência e relembres quem és de verdade em essência.

Só te é pedido que estejas presente em cada momento para aceitar a realidade, a vida como ela é, como tu és de facto, porque tu és vida, não existe hiato algum entre o que és e aquilo que consideras a tua vida, tome isso a forma que tomar.

Uma ilusão de separação existe e quanto mais acreditas na veracidade dessa ilusão, maiores são os desafios que a vida te coloca para que quebres essas ilusões e te permitas desfrutar em pleno aquilo que és, aquilo que é a tua vida.

Cada ser humano é um ponto de vista diverso do todo que somos parte, da essência do que somos, mas esse ponto de vista não é limitativo daquilo que é a nossa essência. E quanto mais confiares na plenitude do teu ser e na orientação da vida, ela dar-te-à provas do quão perfeito és, sendo tal como és.

Na realidade não importa aquilo em que crês enquanto humano para aquilo que és em essência, no entanto importa sim para a qualidade da tua experiência humana. As tuas crenças condicionam aquilo que percecionas como sendo a tua realidade e o teu papel nessa mesma realidade.

Aquilo em que acreditas torna-se real para ti e viverás de acordo com essas crenças, procurando sempre as provas que justifiquem essas crenças. Tenderás a forçar a tua realidade para que seja de acordo com aquilo que julgas ser o melhor para ti e no entanto o que isso cria é mais resistência da tua parte àquilo que é.

Por outro lado quanto mais em fluxo com aquilo que é te permites estar, mais simples é a tua experiência humana, mais ciente da plenitude do teu ser estás e menos terás de sofrer, pois deixas de remar contra a maré.

Tu podes muito mais do que acreditas poder, e para descobrir isso, permite-te confiar mais em ti, segue a tua intuição, ouve o coração e deixa que a vida te surpreenda, mesmo quando não entendes os "porquês" daquilo que acontece, permite-te a abertura de espírito para confiar que ocorra o que ocorrer será para o teu bem, será o melhor para ti, mesmo quando não parece que seja.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Como saborear cada momento


Cada ocorrência na realidade humana comporta em si mesma aspetos positivos e negativos, e será aqueles que tiverem a nossa atenção que ganharão preponderância sobre nós. Aquilo em que nos focamos torna-se real para nós, pois é a nossa atenção que lhes concede essa faculdade. Tudo se passa primeiro dentro de nós e depois torna-se projetada na realidade externa.

Aquelas que são as nossas crenças determinam o guião do que acontece e como isso tem origem em nós, encontraremos as provas que o sustentem e justifiquem. Sendo assim um espécie de profecia auto-realizada.

No entanto as crenças são histórias originadas na nossa mente e apenas a nossa atenção lhes concede realidade, quando nos tornamos cientes que são histórias ocorrendo na nossa mente e que não são mais reais que qualquer outra história, descobrimos que o poder que elas tem sobre nós depende apenas de nós.

Com essa consciência tornamos-nos mais livres para desfrutar da realidade como ela é, com desapego e entramos em fluxo com a vida que somos, que não está condicionada ou limitada a não ser pelos limites por nós criados. 

É o desapego que nos liberta do sofrimento, pois quanto mais apegados estamos ao que quer que seja, mais limitados por isso estamos, criando uma ilusão de limitação artificial que não encontra lugar na essência do que somos de verdade.

O que somos em essência em nada é beliscado por qualquer criação nossa do ponto de vista humano, pelo contrário a essência usa cada uma dessas perspectivas humanas para se tornar ciente de si mesma. 

A boa notícia para o ser humano que somos nesta dimensão, é que não necessitamos de crer em nada do atrás referido para desfrutar da realidade humana em que estamos inseridos. E fazemos isso aceitando a realidade como ela é, com todas as limitações por nós percecionadas e amando quem somos, tal como somos.

É através dos contrastes que ganhamos uma perspetiva da qualidade da nossa experiência humana. Esta dualidade apimenta os momentos que julgámos como bons, porque existem os momentos menos bons como contraste. 

Se todos os momentos fossem iguais a oportunidade de experienciar o leque alargado de emoções humanas, seria perdido.

E nenhuma emoção é mais importante ou melhor que a outra, apenas o nosso julgamento as considera uma coisa ou outra, mas todas elas são parte daquilo que somos em essência, é parte da vida que somos.

A vida é perfeita e simples tal como é. Independentemente do que penses sobre a vida, ela continua sendo plena e perfeita. E tu és essa vida, tu és vida. Permite-te saborear cada momento, não desperdices nenhum, todos são preciosos.




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Escolher o caminho da menor resistência



Há momentos na nossa vida, nesta história continua da nossa experiência humana, em que somos confrontados com desafios que colocam tudo em causa, do nosso ponto de vista. As dúvidas tomam conta de nós e como que nos sentimos indefesos, incapazes de lidar com a situação e a achar que nada podemos fazer.

E no entanto aquilo que fazemos, enquanto estamos a pensar desse modo, é precisamente a lidar com a situação. O que quer que ocorra na nossa realidade acontece porque temos a capacidade de a enfrentar, capacidade de aprender com ela e evoluir. E este evoluir nada mais é do que relembrar quem somos em essência.

A nossa essência é perfeita tal como é, nada lhe falta, aconteça o que acontecer nada belisca a essência do que somos, até porque o que quer que aconteça já foi aceite pela nossa essência, de outro modo não ocorreria.

Todos os acontecimentos na nossa realidade, sejam os considerados bons ou maus e todos os de permeio, são na realidade uma diálogo connosco mesmos. São um diálogo interno com a vida que somos em toda a sua plenitude.

A vida é simples, nada a pode complicar. Já aquilo que contamos a nós próprios sobre a vida que estamos a viver pode ser complicado, pois resulta dos pensamentos que surgem em nós e estes sim são complexos. E são tão mais complexos, os pensamentos, quanto mais apegados e identificados como eles estamos.

Mas nós não somos apenas aquilo que pensamos que somos. Os pensamentos ocorrem em nós, neste imenso e ilimitado espaço de consciência que somos, mas não nos definem, nem limitam, apenas o fazem se lhe concedermos esse poder. Apenas a nossa atenção e apego aos pensamentos podem limitar a nossa perceção da realidade em que vivemos, da vida que somos.

Enquanto humanos a nossa visão da essência é limitada e isso é assim não como defeito, mas como feitio, para podermos experienciar a essência, ou seja, é a essência a tornar-se ciente de si mesmo sob diferente pontos de vista limitados que em conjunto criam a visão do todo.

E de que modo o ter consciência disso nos pode ajudar a viver o dia-a-dia deste nossa experiência humana?

Ajuda na medida em que ficamos livres para aceitar cada momento como ele é e para nos aceitarmos como somos, sem cobrar mais de nós, sem nos diminuirmos por comparação com os restantes seres humanos, pois cada um de nós é único e ninguém é dispensável, mesmo aqueles que na nossa perceção são maus e causadores de sofrimento.

A realidade humana é dualista, estamos sempre a caminhar entre dois limites, que validam o que acontece, seja o masculino e feminino, o bom e o mau, o alto e o baixo, o sol e a lua, etc. O bom disto tudo é que na medida em que ficamos mais cientes da nossa essência percebemos que não temos de escolher nenhum dos lados, pois somos todos eles. 

Por vezes pensamos que estamos de um lado e por vezes pensamos que estamos do outro e fazemos isso acreditando que a nossa escolha é a acertada, cada um de nós faz o melhor possível, faz aquilo que acredita ser o melhor para si e para os outros.

Quanto mais presentes, quanto mais focamos a nossa atenção naquilo que ocorre no agora, sem nos apegarmos ao que quer que ocorra, mais livres e em paz estamos e percebemos que tudo é perfeito tal como é. E o bom é que não temos de acreditar nisso, enquanto humanos, para que assim seja. 

Escolhendo o caminho da menor resistência à vida que somos, ela mostra-nos o quão plenos somos, mostra-nos a felicidade genuína, sem barreiras, sem condicionalismos. Mostra-nos o que somos em essência, onde nada nos falta.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Accept the gift of life Now


Life is a gift been given you each and every moment. And it happens always now. You can perceive it or not, from your human point of view, but may you perceive it or not as it is, it still as it is. The least you resist to the present moment as it it, more peaceful is your interaction with life. 

When you stop the war against what is, against what you really are, you realize that all is perfect as it is, as it always been. You will realize that life happens for you, not to you. Life is there to support you, to guide you, because you are it, you are life.

The path of least resistance allows you to be filled with peace and love, because it is what you are in essence. And least resistance means not, to give up and do nothing, but to let things be as they are, as you are. Your problems, what problems means to you anyway, arise when you try to force reality to be as you think it should be, instead of what it is actually. 

Choose to focus your energy on moving toward what your heart desires, not on moving away from what you do not want. When you choose to move away from what you do not want, you are reinforcing your attention on what you don't want, and what you focus on becomes real to you, it gains life to you. 

Giving what you don't want your focus you are giving it power over you and creating a veil over what you already are. 

And what you already are is perfect as it is, it is whole, it lacks nothing. So by choosing to move toward what your heart desire you are stepping forward to what you already are in essence. You are aligning with your core, with life and flowing with it, that is the path of least resistance.

It doesn't mean that you'll never be sad again or face difficulties, what it means is that you know that no matter what, you are fine, nothing can hurt or diminish what you are in essence. You know that whatever happens your essence already accepted it and you can handle it, you can cope with it. 

When you face harsh times and feel overwhelmed, just tell yourself "I am not alone, I am more than this" and rely on your higher self, on your essence to lead you to do the right thing, the one that serves best your path in this human experience, it may not be what you wish it to be, but it will always be what is best for you. 

Accept the gift of life now, it is a gift, a opportunity to be aware of life happening in you, as you. Feel the love within, spread it and watch it grow, watch it doing its magic. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O presente é perfeito assim como é, nota isso



O momento presente tem tudo aquilo que precisas e ele é perfeito assim como é. A verdadeira diferença resulta do modo como te relacionas com o momento presente, ou seja, usas o momento presente como um meio para chegar a um outro lugar ou situação, ou permites-te viver o momento presente como ele é em pleno.

A forma como escolheres, e este escolher é muita das vezes inconsciente, dita o modo como te sentes e fluis com a vida.

Quando escolhes normalmente usar o momento presente como um meio para chegar a um outro lugar ou situação, estás a desconectar-te da tua essência, isto no que diz respeito à tua atenção, porque na realidade não podes desconectar da tua essência pois és parte dela. Mas podes acreditar que estás desconectado, crendo que existe uma separação entre ti e a tua realidade e vives em comparação com todos os que te rodeiam. 

Quanto mais te comparas com os outros mais esse sentimento de separação aumenta e a possibilidade de frustração também. Pois haverá sempre quem tenha mais do que tu e esteja numa boa situação, do teu ponto de vista, ou que tenha menos e esteja em pior situação que tu. 

Dedicares a tua atenção a essas comparações afastam-te daquilo que é o teu poder pessoal para desfrutar da vida que és. Esse teu poder pessoal resulta da escolha que é apenas tua sobre onde colocas a tua atenção. 

Porque tu não controlas o que acontece na tua vida, mas controlas sempre a forma como reages ao que acontece, controlas sempre a que dedicas a tua atenção. Qual o foco que te permites ter e isso faz toda a diferença.

Se o teu foco for estar com atenção plena ao momento presente verás que todos os momentos são plenos assim como são, não há momentos que sejam mais plenos que outros, aquilo que os diferencia é o modo como te relacionas como eles, o modo como os percecionas.

Mesmo quando estás numa fila de trânsito ou do supermercado, aquilo que és existe em pleno e é completo, o teu ser não se diminui nesses momentos, ele não reduz a sua importância. Continuas sendo essa energia de amor, essa forma completa de vida, que respira esse ar que insufla vida no teu corpo.

Cada momento é uma celebração da vida que és, esta não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és. A vida não conhece o bom e o mau, pois ela não conhece a separação, ela é um todo indivisível. Apenas o teu julgamento pode considerar partes como sendo boas e outras como sendo más, apenas o teu julgamento pode preferir umas situações ou pessoas a outras.

Já a tua essência não julga, não tem preferências, nem faz escolhes. Tu és assim, mas nesta experiência humana é necessário relembrar quem és e fazes isso estando presente, fluindo com aquilo que a vida te dá em cada momento. Escolhe fazer isso, tu tens esse poder. Escolhe estar focado no momento presente. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Deixar de procrastinar o encontro com o mundo interior



O adiar constante do enfrentar a realidade do que és, da vida interior que clama por ti e que procuras evitar lidar de frente, na esperança que não tenhas de olhar para ela, de a reconhecer. Procuras forçar a realidade para que ela seja aquilo que julgas que ela deve de ser e desse modo evitar aquilo que ela é, no entanto quanto mais negas as evidências, mais força dás à realidade que procuras negar.

A vida não é aquilo que desejas que ela seja, ela é aquilo que é e isso é independente das tuas vontades e desejos. Isso não impede que por vezes os teus desejos sejam coincidentes com aquilo que é a realidade, quando isso ocorre tudo flui em plenitude, tudo é como deve de ser e deixas de sofrer.

Pois o sofrimento é a estória que te contas quando a realidade diverge daquilo que achas que ela deveria de ser. E quando a dor surge como sinal de que não estás em fluxo com a realidade, com a vida, aquilo que preferes fazer é criar um estória de sofrimento sobre como és uma vítima da vida, como ela te trata mal.

Sentes que a vida conspira contra ti, que ninguém te apoia e interrogas-te porque tens de sofrer tanto, porque tudo tem de ser tão difícil para ti. Fazendo isso apenas crias uma ilusão que te afasta de ver que és a autora dessa insatisfação, desse sofrimento que tem origem na tua não aceitação daquilo que é a tua realidade, daquilo que tu és.

Quanto mais rejeitas a tua realidade, mais ela procura te mostrar que está presente para ti e que é a tua resistência que cria barreiras e obstáculos que terás de superar. Sendo que a vida continua sendo como é, tu continuas sendo como és em essência. Não importa o grau de sofrimento que cries para ti mesma, as estórias que te contas sobre ti e a tua realidade, porque a tua essência continua sendo perfeita assim como é.

Ao procrastinar estás a deixar de fazer aquilo que podes fazer por ti e esperar que surjam as condições ideais para ti, para que possas ser feliz, para que possas viver a vida que mereces. Este é o momento para deixar de procrastinar e agir com amor para realizares que a vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és em toda a sua plenitude.

Este é o momento de desfrutar da realidade como ela é com desapego, pois o que quer que ocorra é temporário, tudo passa. Já a tua essência é intemporal, ela é perfeita e conceito algum, estória alguma pode beliscar a tua essência.

É agindo mais com aquilo que tens neste momento, pois o que tens agora já e o ideal, pois é o que tens e se fizeres o que melhor que sabes com aquilo que tens, estarás mais próxima de ter plena consciência da perfeição da vida tal como ela é.

Amando aquilo que é descobres que és esse amor. 

Tudo o que acreditavas que te faltava na realidade existe em ti, é aquilo que és em essência. E isso nada tem a ver com bens materiais, estes são meras imagens desse teu mundo interior e quanto mais em harmonia, em sintonia com o teu mundo interior estiveres mais o teu mundo exterior será um reflexo disso mesmo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ouvir de verdade a vida



Para um momento e permite-te ouvir a vida, esta fala contigo constantemente e quando encetas um diálogo honesto e permanente com ela, aquilo que estás a fazer é dialogar com a tua essência, a dialogar contigo mesmo sem barreiras, sem limites.

A vida cuida de ti, ela não permite que nada de errado ocorra contigo e chamo aqui a atenção que nada de errado não significa que não tenhas que sofrer, do teu ponto de vista, em alguns momentos da tua vida. O sofrimento resulta da tua interpretação, é uma estória que contas a ti mesmo sobre a tua realidade quando esta é diferente daquilo que julgas que deveria de ser.

Este sofrimento pode resultar de dores físicas que amplias através das estórias que crias sobre elas, criando cenários que vão muito para além da própria dor, esta é uma sinal do corpo de que algo necessita da tua atenção e tu em vez de lhe dedicares a tua atenção resolves criar um sem número de cenários que te afastam desses sinais criando um sofrimento desnecessário. Em vez disso permite-te ouvir o que essa dor te quer dizer e age em conformidade.

O sofrimento pode resultar ainda de dores mentais, ou seja, quando estás desconectado na tua essência e a vida te chama para que voltes a tua atenção para o que é essencial e que acontece sempre no agora e está sempre disponível para ti. 

E no entanto tu estás distraído criando estórias sobre como achas que a vida deveria de ser, como as pessoas ao teu redor deveriam se comportar e como és vítima das circunstâncias e quanto mais fazes isso, mais crês que sofres, mais dores mentais sofres. 

A boa notícia é que nada do que ocorra de verdade belisca a tua essência, nada do que ocorra na tua vida está para além daquilo que és capaz de suportar, daquilo que és capaz de lidar, pois possuis em ti todos os recursos para lidar com o quer que a vida te traga e é assim porque é o que acontece, de outro modo não aconteceria. 

O que acontece na tua vida já foi aceite pela tua essência, é o modo de esta cuidar de ti e se tornar consciente de si mesma através de um ponto de vista limitado que é o ponto de vista do ser humano, este não possui a visão do todo, não possui o conhecimento pleno para compreender como tudo é perfeito assim como é e acontece no momento certo para acontecer porque tudo é Um.

Enquanto humanos tudo se simplifica quando começamos a ouvir a vida, quando começamos a ouvir a nossa essência que está sempre disponível para nós. 

Ouvindo a vida em vez de nos limitarmos ao diálogo interno, que é uma voz limitada que constantemente julga tudo e todos e que nos mostra como sendo separados de todos, como tendo de batalhar para ser alguém e que nos leva a comportar de forma que seja de acordo com o que é suposto ser. Onde a desconfiança reina porque nada é grátis, tem de haver sempre algo a dar em troca, pois é assim que funciona este jogo do ego, numa busca constante sem nunca encontrar aquilo que se busca.

E não se encontra aquilo que se busca, porque na realidade não nos falta nada, em essência somos perfeitos assim como somos. Para descobrir isso basta começar a ouvir ativamente a vida, ouvir quem somos em essência, pois a vida não é algo que nos ocorre, mas sim aquilo que somos aqui e agora.

Permite-te escutar ativamente a vida, recebe o seu amor e desfruta de cada momento pelo que ele é.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Cuida do teu jardim, liberta-te e voa



Tudo aquilo que semeares irás colher nesta experiência humana, a vida que vives é resultado das tuas escolhas, das tuas crenças. E como tal se não te agrada aquilo que vês, se não te agrada a tua situação atual, em vez de te revoltares contra tudo e todos, contra o mundo. Usa essa energia e vai dentro de ti e permite-te conhecer quem és de verdade.

Usa esse desejo de mudança e muda a perceção que tens de ti e da forma como te relacionas com o mundo em que vives, pois tu és responsável pela tua vida e isso significa que tens a capacidade e os recursos para lidar com qualquer situação que a vida te dê. Porque a vida é uma dádiva, ela é um presente que está disponível para ti em cada momento.

E é assim, não porque eu o diga, mas sim porque tu és vida, em toda a sua plenitude. A vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és e aquilo que és é muito mais do que pensas que é. Tu não és os teus pensamentos, estes ocorrem em ti, mas não te definem, se assim o quiseres.

És tu que escolhes que pensamentos te definem ou não, que pensamentos creditas veracidade e fazes isso através da atenção que lhes dedicas, através da identificação que tens com esses pensamentos ou não. Quanto mais apegada aos teus pensamentos estás, mais limitada estás, não porque assim seja de verdade, mas sim porque crês que assim é.

A tua essência é puro amor, ela não conhece limites de espécie alguma.

Cuida do teu jardim, a tua vida, pois tu és a mais bela flor que brotou dessa terra fértil. Semeia amor e partilha-o incondicionalmente. Deixa que esse amor te leve fluindo na vida. Segue o teu coração, no fundo tu sabes o que fazer.

Cultiva emoções positivas, procura ver o bem e é isso que verás, procura o amor presente em todas as situações, pois ele está sempre presente, podes é estar atenta a ele ou não, mas ele está sempre lá, disponível para ti, ele não conhece tempo ou espaço, não conhece barreiras, quando estiveres pronta para ele, ele está lá para ti.

Dá o teu melhor em tudo o que fazes e faz isso por ti, não pelos outros, pela sua atenção. E isso não significa que sejas egoísta, pelo contrário, porque quanto melhor contigo estiveres, quanto mais ciente da tua essência estás, melhor estarão aqueles que te rodeiam, aqueles que fazem parte da tua vida. 

Semeando boas ações incondicionalmente e regando-as com o teu amor momento a momento, elas gerarão frutos ternos e amorosos. O amor gera amor e quanto mais o partilhas, mais amor terás para dar. 

Quando tiveres que passar momentos que julgarás como menos bons, como maus, pois terás desses momentos, é parte da realidade humana, não há como fugir disso e é perfeito que assim seja, pois é desses contrastes entre os momentos bons e menos bons que te conheces melhor e dás valor a tudo o que és. 

Passando por esses momentos maus saberás que são naturais e são um passo que te permite elevar a tua consciência ao encontro de ti, ao encontro da tua essência. São esses desafios que te fazem mexer, que te fazem ir mais além. 

Tal como a borboleta para o ser teve de largar a sua pele de lagarta e rasgar o seu casulo, tu também terás de rasgar esse casulo que é a ideia de uma personalidade limitada por esse corpo e mente que o controla. Alguém que crê ser impotente perante a vida e rasgando esse casulo relembras o quão poderosa és, o quão perfeita já és e que casulo algum pode aprisionar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O relacionamento com a doença




A doença é algo que temido pelos humanos, pois perante ela relembramos a nossa fragilidade e a nossa condição temporária. A doença é um lembrete para que nos foquemos no que é essencial e funciona como uma chamada de despertar quando estamos de tal modo desconectados da essência e valorizamos aquilo que é acessório, que serve apenas como endereço de uma vaidade individual que nos aliena da verdade do que somos para lá do aparente, do visível.

As doenças não são todas iguais, umas são mais ligeiras que outras e ninguém está isento de as sofrer, elas não resultam de qualquer castigo divino dos que se portam menos bem. Tomando como exemplo as crianças de tenra idade que sofrem de doenças terminais, estas não tiveram ação suficiente na realidade humana para terem "merecido" tal destino.

As doenças acontecem não apenas a um individuo apenas, mas também afecta a vida daqueles que com ele vivem ou lidam com frequência. E nessa perspetiva ampla se poderá entender as doenças que vitimam as crianças, no impacto que tem diretamente na criança e na sua família imediata e nos seus próximos.

O que aqui foi escrito serve para realçar a ideia que mais do que a doença aquilo que é verdadeiramente relevante para o seu impacto é a relação que o doente, e os que o rodeiam, estabelece com a doença.

A doença é algo que acontece ao doente, mas não o define, não se apropria dele, a não ser que o doente assim o permita. 

Nem sempre o doente tem a capacidade de por si só estabelecer uma relação de poder sobre a doença, no sentido de não permitir que esta o defina, que esta se torne algo que faça parte da sua personalidade, de algo que a defina enquanto pessoa.

Dando como exemplo a depressão, uma pessoa pode estar deprimida, mas isso é diferente de ser uma pessoa deprimida, de ser depressiva. A doença é temporária, dure o tempo que durar, mas não reflete a condição do ser humano, em essência ele continua sendo pleno e perfeito como é.

O mais relevante é a relação que se estabelece com a doença, quando se permite que ela se torne parte da identidade da pessoa, ela ganha força e poder sobre a pessoa e condiciona bastante, quando não totalmente, a vida da pessoa. Por outro lado quando se usa a doença como um alerta, como um sinal de que deve parar e procurar conhecer-se melhor, investir no autoconhecimento e indo dentro de si procurar as respostas que o libertem de tal prisão.

Isto não impede que se usem todos os meios humanos conhecidos no tratamento das doenças, pois muitas delas são bastante agressivas e exigem respostas imediatas, que devem ser usadas, sem contudo descurar esta parte relacional com a doença, que cabe ao próprio, ainda que com ajuda se for necessário.

Quanto melhor se conhecer e mais conectado com a sua essência estiver, melhor preparado estará para lidar com qualquer doença, isto não significa que perante doenças extremas não venha a perecer com as mesmas, mas significa que não permite que a doença o controle e determine o seu valor, pois este é muito maior que qualquer doença.

Assim como você é, é perfeito e doença alguma pode beliscar isso. 

Quanto mais presente para aquilo que é estiver menos necessidade de controlo tem, pois sabe que a vida o apoia e guia e a vida sabe sempre o que é o melhor para si e para o seu papel nesta vida. Por vezes o seu papel pode ser o de ser um exemplo de como lidar como uma doença terminal e ser uma inspiração para aqueles que lidam consigo para que se conheçam melhor e desfrutem da vida momento a momento.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Cuida do teu umbigo



O seres humanos necessitam de viver em conjunto, salvo raras exceções, precisam de conviver uns com os outros e isso pode ser feito de múltiplas formas, no entanto essas interações tendem a ser potenciadoras de conflitos. E é assim porque cada pessoa tem a sua perceção da realidade, não há uma mesma realidade para duas pessoas diferentes, porque elas são diferentes.

O facto de cada pessoa ter a sua visão do que é a realidade não as impede de encontrarem pontos comuns e conviverem pacificamente, sabendo lidar com as diferenças de cada um. Porque o facto de cada pessoa ter a sua versão da realidade, de acordo com as suas crenças e valores, não constitui um problema por si só.

O que pode degenerar num problema é a assumção de que a sua versão da realidade é que é a verdadeira e que os outros se não a veem de igual modo estão errados e faz questão de lhes mostrar quão errados estão.

E se não veem a realidade da mesma forma é porque não querem ou são más pessoas. Para defender a sua razão está disposto a lutar com todos os seus meios e argumentos para fazer valer a sua posição quando o pode fazer, ou então quando não o pode fazer fica a remoer por dentro, aumentando o seu ressentimento perante tal pessoa ou situação.

O local onde este conflito se dá com maior intensidade é dentro de cada pessoa, é de verdade uma guerra contra si próprio, contra a sua natureza, que se vê projetada nessa outra pessoa ou situação. Logo a solução para esse conflito encontra-se precisamente no mesmo sitio, dentro da pessoa. 

Quanto mais em paz consigo mesmo estiver mais isso se refletirá na sua realidade.

Use esse desconforto perante as diferenças, sejam de opinião ou outras, para se conhecer melhor, para perceber porque é que tais diferenças mexem consigo e o que isso lhe quer dizer, o que lhe quer comunicar sobre si e sobre a forma como se relaciona com a vida.

O que quer que critique nos outros existe em si de alguma forma, pode não ser tão evidente como o vê noutras pessoas, mas existe em si, já teve aquele tipo de atitude que critica nos outros em algum momento, faz parte da sua personalidade e a forma como escolher lidar com essa situação pode ajudar ou piorar a sua realidade.

Tem sempre duas escolhas que pode fazer e que é ter razão ou se feliz.

A felicidade é parte da sua essência e esta é imutável, é intemporal, mas quando escolhe, enquanto humano, defender a sua razão até aos limites do impossível, o que está a fazer é toldar a consciência dessa sua essência feliz e perfeita. 

O ser feliz não implica que esteja sempre em êxtase, mas sim que tem a noção, quando os momentos menos bons surgem, quando a dor surge, que aconteça o que acontecer a sua essência permanece perfeita como é e que tudo é temporário, tudo passa. 

Assim como abdicar de ter razão não significa que não tenha opinião própria e que a possa defender, mas sim que não vale a pena estar em guerra constante, sempre pronto a entrar em conflito com os outros, com o mundo, para defender essa razão. 

Isto porque existem aqueles que são os seus assuntos, aquilo que pode escolher como quer lidar com eles e o que permite que sejam para si.  Mas existem também os assuntos que são dos outros e que por muito que tenha opinião sobre eles, não cabe a si decidir, mas sim às outras pessoas.  

Cada pessoa tem o seu caminho a percorrer e por vezes esse caminho coincide com o seu, mas noutros momentos diverge do seu e é perfeito que assim seja. Escolhendo ser feliz e abdicar da razão passa por reconhecer isso mesmo e estar em paz com isso, porque sabe que só acontece o que tem de acontecer e quando e como tem de acontecer, de outro modo não aconteceria.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Stop taking yourself too seriously




Life happens now and only now, but as humans we are so self-centered in ourselves, in this personality we believe to be, that we are missing our life as it is. Life is not something that happens to you, and sometimes it is good and others it is bad, but it is all of it, you. 

Be it perceived as good or bad, or some other way, be present to seize it all. Because living life rejecting life is what causes, what you judge as troubles. Whenever you reject something you are really rejecting yourself. 

The purpose of this human experience is what is happening moment by moment, from our human perspective. As humans we do not grasp it all, we can not see the big picture, where we would see how perfect it is and how everything happens as it have to happen and we may see it or not.

As humans we see ourselves as separate from each other, we think that we have to compete to be the best in a scarce world, where there is not enough for everybody and only the strongest survive. And we do that in much levels, even the smallest  things in order to defend ourselves, this idea of ourselves. 

When someone says something that we do not like, we take it as an attack to us, as a threat and we respond fiercely, but we could see it differently. We could use it to know ourselves better. When someone says something about us or manifests a opinion that we disagree, it means that in some level it exists in us, because reality is a mirror of what abides within.

Doing so we will realize that we are this space of awareness where all this experiences happen. We will realize how peaceful we are when nothing happening outwards affects us in what we are in essence.

Because our essence is perfect and immutable, remembering that we free ourselves to seize each moment of this human life as it is. Be it good or bad, all of it is us. Stop taking yourself too seriously, you are not what you think you are, so there is no point in suffering so much to defend this idea of personality.

Stop the war against what is, against what you are. You are the sole responsible for what happens in your life. Meaning that you have the ability to deal with whatever happens, otherwise it would not occur. Responsibility is not the same as blame, be aware. 

Deepen your understanding of what you are, question what you take for granted like the idea that you are what you think you are. You are not your thoughts. They occur in you but they are not you. Detaching from thoughts, not avoiding them, but being aware that they are not limitations for you, unless you allow it.

Thoughts creates this internal dialog that you are so used to, that it is incessant, you are so attached to it that you accept as truth what they say to you. They delude your attention from what is. You are not living your life, but the perception of it. And this creates discomfort, this generates what you dean as problems, when reality is something different from what you think it should be, as you desired it to be.  

Allow yourself to live life as it is, as you are. Just for now. try it.
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