segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Confia em ti, tu podes mais

Este é o momento certo para começares a tratar de ti, para começares a confiar mais em ti e naquilo que és capaz de fazer. Todas as tuas dúvidas resultam de uma ideia de incompletude, de acreditares que não és suficiente sendo como és e que necessitas de algo externo a ti que te complete, sejam bens materiais, sejam outras pessoas.

Quanto mais duvidas das tuas capacidades e colocas nos outros a esperança de te darem o que crês que te falta, na verdade o que estás a fazer é abdicar do teu poder pessoal e da tua responsabilidade de escolha face aos desafios que a vida te dá.

Nada do que acontece na tua realidade está para lá daquilo que consegues lidar, daquilo que consegues suportar. O que quer que ocorra já foi aceite pela tua essência, de outro modo não ocorreria. As experiências que terás de passar servem para eleves o teu nível de consciência e relembres quem és de verdade em essência.

Só te é pedido que estejas presente em cada momento para aceitar a realidade, a vida como ela é, como tu és de facto, porque tu és vida, não existe hiato algum entre o que és e aquilo que consideras a tua vida, tome isso a forma que tomar.

Uma ilusão de separação existe e quanto mais acreditas na veracidade dessa ilusão, maiores são os desafios que a vida te coloca para que quebres essas ilusões e te permitas desfrutar em pleno aquilo que és, aquilo que é a tua vida.

Cada ser humano é um ponto de vista diverso do todo que somos parte, da essência do que somos, mas esse ponto de vista não é limitativo daquilo que é a nossa essência. E quanto mais confiares na plenitude do teu ser e na orientação da vida, ela dar-te-à provas do quão perfeito és, sendo tal como és.

Na realidade não importa aquilo em que crês enquanto humano para aquilo que és em essência, no entanto importa sim para a qualidade da tua experiência humana. As tuas crenças condicionam aquilo que percecionas como sendo a tua realidade e o teu papel nessa mesma realidade.

Aquilo em que acreditas torna-se real para ti e viverás de acordo com essas crenças, procurando sempre as provas que justifiquem essas crenças. Tenderás a forçar a tua realidade para que seja de acordo com aquilo que julgas ser o melhor para ti e no entanto o que isso cria é mais resistência da tua parte àquilo que é.

Por outro lado quanto mais em fluxo com aquilo que é te permites estar, mais simples é a tua experiência humana, mais ciente da plenitude do teu ser estás e menos terás de sofrer, pois deixas de remar contra a maré.

Tu podes muito mais do que acreditas poder, e para descobrir isso, permite-te confiar mais em ti, segue a tua intuição, ouve o coração e deixa que a vida te surpreenda, mesmo quando não entendes os "porquês" daquilo que acontece, permite-te a abertura de espírito para confiar que ocorra o que ocorrer será para o teu bem, será o melhor para ti, mesmo quando não parece que seja.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Como saborear cada momento


Cada ocorrência na realidade humana comporta em si mesma aspetos positivos e negativos, e será aqueles que tiverem a nossa atenção que ganharão preponderância sobre nós. Aquilo em que nos focamos torna-se real para nós, pois é a nossa atenção que lhes concede essa faculdade. Tudo se passa primeiro dentro de nós e depois torna-se projetada na realidade externa.

Aquelas que são as nossas crenças determinam o guião do que acontece e como isso tem origem em nós, encontraremos as provas que o sustentem e justifiquem. Sendo assim um espécie de profecia auto-realizada.

No entanto as crenças são histórias originadas na nossa mente e apenas a nossa atenção lhes concede realidade, quando nos tornamos cientes que são histórias ocorrendo na nossa mente e que não são mais reais que qualquer outra história, descobrimos que o poder que elas tem sobre nós depende apenas de nós.

Com essa consciência tornamos-nos mais livres para desfrutar da realidade como ela é, com desapego e entramos em fluxo com a vida que somos, que não está condicionada ou limitada a não ser pelos limites por nós criados. 

É o desapego que nos liberta do sofrimento, pois quanto mais apegados estamos ao que quer que seja, mais limitados por isso estamos, criando uma ilusão de limitação artificial que não encontra lugar na essência do que somos de verdade.

O que somos em essência em nada é beliscado por qualquer criação nossa do ponto de vista humano, pelo contrário a essência usa cada uma dessas perspectivas humanas para se tornar ciente de si mesma. 

A boa notícia para o ser humano que somos nesta dimensão, é que não necessitamos de crer em nada do atrás referido para desfrutar da realidade humana em que estamos inseridos. E fazemos isso aceitando a realidade como ela é, com todas as limitações por nós percecionadas e amando quem somos, tal como somos.

É através dos contrastes que ganhamos uma perspetiva da qualidade da nossa experiência humana. Esta dualidade apimenta os momentos que julgámos como bons, porque existem os momentos menos bons como contraste. 

Se todos os momentos fossem iguais a oportunidade de experienciar o leque alargado de emoções humanas, seria perdido.

E nenhuma emoção é mais importante ou melhor que a outra, apenas o nosso julgamento as considera uma coisa ou outra, mas todas elas são parte daquilo que somos em essência, é parte da vida que somos.

A vida é perfeita e simples tal como é. Independentemente do que penses sobre a vida, ela continua sendo plena e perfeita. E tu és essa vida, tu és vida. Permite-te saborear cada momento, não desperdices nenhum, todos são preciosos.




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Escolher o caminho da menor resistência



Há momentos na nossa vida, nesta história continua da nossa experiência humana, em que somos confrontados com desafios que colocam tudo em causa, do nosso ponto de vista. As dúvidas tomam conta de nós e como que nos sentimos indefesos, incapazes de lidar com a situação e a achar que nada podemos fazer.

E no entanto aquilo que fazemos, enquanto estamos a pensar desse modo, é precisamente a lidar com a situação. O que quer que ocorra na nossa realidade acontece porque temos a capacidade de a enfrentar, capacidade de aprender com ela e evoluir. E este evoluir nada mais é do que relembrar quem somos em essência.

A nossa essência é perfeita tal como é, nada lhe falta, aconteça o que acontecer nada belisca a essência do que somos, até porque o que quer que aconteça já foi aceite pela nossa essência, de outro modo não ocorreria.

Todos os acontecimentos na nossa realidade, sejam os considerados bons ou maus e todos os de permeio, são na realidade uma diálogo connosco mesmos. São um diálogo interno com a vida que somos em toda a sua plenitude.

A vida é simples, nada a pode complicar. Já aquilo que contamos a nós próprios sobre a vida que estamos a viver pode ser complicado, pois resulta dos pensamentos que surgem em nós e estes sim são complexos. E são tão mais complexos, os pensamentos, quanto mais apegados e identificados como eles estamos.

Mas nós não somos apenas aquilo que pensamos que somos. Os pensamentos ocorrem em nós, neste imenso e ilimitado espaço de consciência que somos, mas não nos definem, nem limitam, apenas o fazem se lhe concedermos esse poder. Apenas a nossa atenção e apego aos pensamentos podem limitar a nossa perceção da realidade em que vivemos, da vida que somos.

Enquanto humanos a nossa visão da essência é limitada e isso é assim não como defeito, mas como feitio, para podermos experienciar a essência, ou seja, é a essência a tornar-se ciente de si mesmo sob diferente pontos de vista limitados que em conjunto criam a visão do todo.

E de que modo o ter consciência disso nos pode ajudar a viver o dia-a-dia deste nossa experiência humana?

Ajuda na medida em que ficamos livres para aceitar cada momento como ele é e para nos aceitarmos como somos, sem cobrar mais de nós, sem nos diminuirmos por comparação com os restantes seres humanos, pois cada um de nós é único e ninguém é dispensável, mesmo aqueles que na nossa perceção são maus e causadores de sofrimento.

A realidade humana é dualista, estamos sempre a caminhar entre dois limites, que validam o que acontece, seja o masculino e feminino, o bom e o mau, o alto e o baixo, o sol e a lua, etc. O bom disto tudo é que na medida em que ficamos mais cientes da nossa essência percebemos que não temos de escolher nenhum dos lados, pois somos todos eles. 

Por vezes pensamos que estamos de um lado e por vezes pensamos que estamos do outro e fazemos isso acreditando que a nossa escolha é a acertada, cada um de nós faz o melhor possível, faz aquilo que acredita ser o melhor para si e para os outros.

Quanto mais presentes, quanto mais focamos a nossa atenção naquilo que ocorre no agora, sem nos apegarmos ao que quer que ocorra, mais livres e em paz estamos e percebemos que tudo é perfeito tal como é. E o bom é que não temos de acreditar nisso, enquanto humanos, para que assim seja. 

Escolhendo o caminho da menor resistência à vida que somos, ela mostra-nos o quão plenos somos, mostra-nos a felicidade genuína, sem barreiras, sem condicionalismos. Mostra-nos o que somos em essência, onde nada nos falta.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Accept the gift of life Now


Life is a gift been given you each and every moment. And it happens always now. You can perceive it or not, from your human point of view, but may you perceive it or not as it is, it still as it is. The least you resist to the present moment as it it, more peaceful is your interaction with life. 

When you stop the war against what is, against what you really are, you realize that all is perfect as it is, as it always been. You will realize that life happens for you, not to you. Life is there to support you, to guide you, because you are it, you are life.

The path of least resistance allows you to be filled with peace and love, because it is what you are in essence. And least resistance means not, to give up and do nothing, but to let things be as they are, as you are. Your problems, what problems means to you anyway, arise when you try to force reality to be as you think it should be, instead of what it is actually. 

Choose to focus your energy on moving toward what your heart desires, not on moving away from what you do not want. When you choose to move away from what you do not want, you are reinforcing your attention on what you don't want, and what you focus on becomes real to you, it gains life to you. 

Giving what you don't want your focus you are giving it power over you and creating a veil over what you already are. 

And what you already are is perfect as it is, it is whole, it lacks nothing. So by choosing to move toward what your heart desire you are stepping forward to what you already are in essence. You are aligning with your core, with life and flowing with it, that is the path of least resistance.

It doesn't mean that you'll never be sad again or face difficulties, what it means is that you know that no matter what, you are fine, nothing can hurt or diminish what you are in essence. You know that whatever happens your essence already accepted it and you can handle it, you can cope with it. 

When you face harsh times and feel overwhelmed, just tell yourself "I am not alone, I am more than this" and rely on your higher self, on your essence to lead you to do the right thing, the one that serves best your path in this human experience, it may not be what you wish it to be, but it will always be what is best for you. 

Accept the gift of life now, it is a gift, a opportunity to be aware of life happening in you, as you. Feel the love within, spread it and watch it grow, watch it doing its magic. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O presente é perfeito assim como é, nota isso



O momento presente tem tudo aquilo que precisas e ele é perfeito assim como é. A verdadeira diferença resulta do modo como te relacionas com o momento presente, ou seja, usas o momento presente como um meio para chegar a um outro lugar ou situação, ou permites-te viver o momento presente como ele é em pleno.

A forma como escolheres, e este escolher é muita das vezes inconsciente, dita o modo como te sentes e fluis com a vida.

Quando escolhes normalmente usar o momento presente como um meio para chegar a um outro lugar ou situação, estás a desconectar-te da tua essência, isto no que diz respeito à tua atenção, porque na realidade não podes desconectar da tua essência pois és parte dela. Mas podes acreditar que estás desconectado, crendo que existe uma separação entre ti e a tua realidade e vives em comparação com todos os que te rodeiam. 

Quanto mais te comparas com os outros mais esse sentimento de separação aumenta e a possibilidade de frustração também. Pois haverá sempre quem tenha mais do que tu e esteja numa boa situação, do teu ponto de vista, ou que tenha menos e esteja em pior situação que tu. 

Dedicares a tua atenção a essas comparações afastam-te daquilo que é o teu poder pessoal para desfrutar da vida que és. Esse teu poder pessoal resulta da escolha que é apenas tua sobre onde colocas a tua atenção. 

Porque tu não controlas o que acontece na tua vida, mas controlas sempre a forma como reages ao que acontece, controlas sempre a que dedicas a tua atenção. Qual o foco que te permites ter e isso faz toda a diferença.

Se o teu foco for estar com atenção plena ao momento presente verás que todos os momentos são plenos assim como são, não há momentos que sejam mais plenos que outros, aquilo que os diferencia é o modo como te relacionas como eles, o modo como os percecionas.

Mesmo quando estás numa fila de trânsito ou do supermercado, aquilo que és existe em pleno e é completo, o teu ser não se diminui nesses momentos, ele não reduz a sua importância. Continuas sendo essa energia de amor, essa forma completa de vida, que respira esse ar que insufla vida no teu corpo.

Cada momento é uma celebração da vida que és, esta não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és. A vida não conhece o bom e o mau, pois ela não conhece a separação, ela é um todo indivisível. Apenas o teu julgamento pode considerar partes como sendo boas e outras como sendo más, apenas o teu julgamento pode preferir umas situações ou pessoas a outras.

Já a tua essência não julga, não tem preferências, nem faz escolhes. Tu és assim, mas nesta experiência humana é necessário relembrar quem és e fazes isso estando presente, fluindo com aquilo que a vida te dá em cada momento. Escolhe fazer isso, tu tens esse poder. Escolhe estar focado no momento presente. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Deixar de procrastinar o encontro com o mundo interior



O adiar constante do enfrentar a realidade do que és, da vida interior que clama por ti e que procuras evitar lidar de frente, na esperança que não tenhas de olhar para ela, de a reconhecer. Procuras forçar a realidade para que ela seja aquilo que julgas que ela deve de ser e desse modo evitar aquilo que ela é, no entanto quanto mais negas as evidências, mais força dás à realidade que procuras negar.

A vida não é aquilo que desejas que ela seja, ela é aquilo que é e isso é independente das tuas vontades e desejos. Isso não impede que por vezes os teus desejos sejam coincidentes com aquilo que é a realidade, quando isso ocorre tudo flui em plenitude, tudo é como deve de ser e deixas de sofrer.

Pois o sofrimento é a estória que te contas quando a realidade diverge daquilo que achas que ela deveria de ser. E quando a dor surge como sinal de que não estás em fluxo com a realidade, com a vida, aquilo que preferes fazer é criar um estória de sofrimento sobre como és uma vítima da vida, como ela te trata mal.

Sentes que a vida conspira contra ti, que ninguém te apoia e interrogas-te porque tens de sofrer tanto, porque tudo tem de ser tão difícil para ti. Fazendo isso apenas crias uma ilusão que te afasta de ver que és a autora dessa insatisfação, desse sofrimento que tem origem na tua não aceitação daquilo que é a tua realidade, daquilo que tu és.

Quanto mais rejeitas a tua realidade, mais ela procura te mostrar que está presente para ti e que é a tua resistência que cria barreiras e obstáculos que terás de superar. Sendo que a vida continua sendo como é, tu continuas sendo como és em essência. Não importa o grau de sofrimento que cries para ti mesma, as estórias que te contas sobre ti e a tua realidade, porque a tua essência continua sendo perfeita assim como é.

Ao procrastinar estás a deixar de fazer aquilo que podes fazer por ti e esperar que surjam as condições ideais para ti, para que possas ser feliz, para que possas viver a vida que mereces. Este é o momento para deixar de procrastinar e agir com amor para realizares que a vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és em toda a sua plenitude.

Este é o momento de desfrutar da realidade como ela é com desapego, pois o que quer que ocorra é temporário, tudo passa. Já a tua essência é intemporal, ela é perfeita e conceito algum, estória alguma pode beliscar a tua essência.

É agindo mais com aquilo que tens neste momento, pois o que tens agora já e o ideal, pois é o que tens e se fizeres o que melhor que sabes com aquilo que tens, estarás mais próxima de ter plena consciência da perfeição da vida tal como ela é.

Amando aquilo que é descobres que és esse amor. 

Tudo o que acreditavas que te faltava na realidade existe em ti, é aquilo que és em essência. E isso nada tem a ver com bens materiais, estes são meras imagens desse teu mundo interior e quanto mais em harmonia, em sintonia com o teu mundo interior estiveres mais o teu mundo exterior será um reflexo disso mesmo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ouvir de verdade a vida



Para um momento e permite-te ouvir a vida, esta fala contigo constantemente e quando encetas um diálogo honesto e permanente com ela, aquilo que estás a fazer é dialogar com a tua essência, a dialogar contigo mesmo sem barreiras, sem limites.

A vida cuida de ti, ela não permite que nada de errado ocorra contigo e chamo aqui a atenção que nada de errado não significa que não tenhas que sofrer, do teu ponto de vista, em alguns momentos da tua vida. O sofrimento resulta da tua interpretação, é uma estória que contas a ti mesmo sobre a tua realidade quando esta é diferente daquilo que julgas que deveria de ser.

Este sofrimento pode resultar de dores físicas que amplias através das estórias que crias sobre elas, criando cenários que vão muito para além da própria dor, esta é uma sinal do corpo de que algo necessita da tua atenção e tu em vez de lhe dedicares a tua atenção resolves criar um sem número de cenários que te afastam desses sinais criando um sofrimento desnecessário. Em vez disso permite-te ouvir o que essa dor te quer dizer e age em conformidade.

O sofrimento pode resultar ainda de dores mentais, ou seja, quando estás desconectado na tua essência e a vida te chama para que voltes a tua atenção para o que é essencial e que acontece sempre no agora e está sempre disponível para ti. 

E no entanto tu estás distraído criando estórias sobre como achas que a vida deveria de ser, como as pessoas ao teu redor deveriam se comportar e como és vítima das circunstâncias e quanto mais fazes isso, mais crês que sofres, mais dores mentais sofres. 

A boa notícia é que nada do que ocorra de verdade belisca a tua essência, nada do que ocorra na tua vida está para além daquilo que és capaz de suportar, daquilo que és capaz de lidar, pois possuis em ti todos os recursos para lidar com o quer que a vida te traga e é assim porque é o que acontece, de outro modo não aconteceria. 

O que acontece na tua vida já foi aceite pela tua essência, é o modo de esta cuidar de ti e se tornar consciente de si mesma através de um ponto de vista limitado que é o ponto de vista do ser humano, este não possui a visão do todo, não possui o conhecimento pleno para compreender como tudo é perfeito assim como é e acontece no momento certo para acontecer porque tudo é Um.

Enquanto humanos tudo se simplifica quando começamos a ouvir a vida, quando começamos a ouvir a nossa essência que está sempre disponível para nós. 

Ouvindo a vida em vez de nos limitarmos ao diálogo interno, que é uma voz limitada que constantemente julga tudo e todos e que nos mostra como sendo separados de todos, como tendo de batalhar para ser alguém e que nos leva a comportar de forma que seja de acordo com o que é suposto ser. Onde a desconfiança reina porque nada é grátis, tem de haver sempre algo a dar em troca, pois é assim que funciona este jogo do ego, numa busca constante sem nunca encontrar aquilo que se busca.

E não se encontra aquilo que se busca, porque na realidade não nos falta nada, em essência somos perfeitos assim como somos. Para descobrir isso basta começar a ouvir ativamente a vida, ouvir quem somos em essência, pois a vida não é algo que nos ocorre, mas sim aquilo que somos aqui e agora.

Permite-te escutar ativamente a vida, recebe o seu amor e desfruta de cada momento pelo que ele é.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Cuida do teu jardim, liberta-te e voa



Tudo aquilo que semeares irás colher nesta experiência humana, a vida que vives é resultado das tuas escolhas, das tuas crenças. E como tal se não te agrada aquilo que vês, se não te agrada a tua situação atual, em vez de te revoltares contra tudo e todos, contra o mundo. Usa essa energia e vai dentro de ti e permite-te conhecer quem és de verdade.

Usa esse desejo de mudança e muda a perceção que tens de ti e da forma como te relacionas com o mundo em que vives, pois tu és responsável pela tua vida e isso significa que tens a capacidade e os recursos para lidar com qualquer situação que a vida te dê. Porque a vida é uma dádiva, ela é um presente que está disponível para ti em cada momento.

E é assim, não porque eu o diga, mas sim porque tu és vida, em toda a sua plenitude. A vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és e aquilo que és é muito mais do que pensas que é. Tu não és os teus pensamentos, estes ocorrem em ti, mas não te definem, se assim o quiseres.

És tu que escolhes que pensamentos te definem ou não, que pensamentos creditas veracidade e fazes isso através da atenção que lhes dedicas, através da identificação que tens com esses pensamentos ou não. Quanto mais apegada aos teus pensamentos estás, mais limitada estás, não porque assim seja de verdade, mas sim porque crês que assim é.

A tua essência é puro amor, ela não conhece limites de espécie alguma.

Cuida do teu jardim, a tua vida, pois tu és a mais bela flor que brotou dessa terra fértil. Semeia amor e partilha-o incondicionalmente. Deixa que esse amor te leve fluindo na vida. Segue o teu coração, no fundo tu sabes o que fazer.

Cultiva emoções positivas, procura ver o bem e é isso que verás, procura o amor presente em todas as situações, pois ele está sempre presente, podes é estar atenta a ele ou não, mas ele está sempre lá, disponível para ti, ele não conhece tempo ou espaço, não conhece barreiras, quando estiveres pronta para ele, ele está lá para ti.

Dá o teu melhor em tudo o que fazes e faz isso por ti, não pelos outros, pela sua atenção. E isso não significa que sejas egoísta, pelo contrário, porque quanto melhor contigo estiveres, quanto mais ciente da tua essência estás, melhor estarão aqueles que te rodeiam, aqueles que fazem parte da tua vida. 

Semeando boas ações incondicionalmente e regando-as com o teu amor momento a momento, elas gerarão frutos ternos e amorosos. O amor gera amor e quanto mais o partilhas, mais amor terás para dar. 

Quando tiveres que passar momentos que julgarás como menos bons, como maus, pois terás desses momentos, é parte da realidade humana, não há como fugir disso e é perfeito que assim seja, pois é desses contrastes entre os momentos bons e menos bons que te conheces melhor e dás valor a tudo o que és. 

Passando por esses momentos maus saberás que são naturais e são um passo que te permite elevar a tua consciência ao encontro de ti, ao encontro da tua essência. São esses desafios que te fazem mexer, que te fazem ir mais além. 

Tal como a borboleta para o ser teve de largar a sua pele de lagarta e rasgar o seu casulo, tu também terás de rasgar esse casulo que é a ideia de uma personalidade limitada por esse corpo e mente que o controla. Alguém que crê ser impotente perante a vida e rasgando esse casulo relembras o quão poderosa és, o quão perfeita já és e que casulo algum pode aprisionar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O relacionamento com a doença




A doença é algo que temido pelos humanos, pois perante ela relembramos a nossa fragilidade e a nossa condição temporária. A doença é um lembrete para que nos foquemos no que é essencial e funciona como uma chamada de despertar quando estamos de tal modo desconectados da essência e valorizamos aquilo que é acessório, que serve apenas como endereço de uma vaidade individual que nos aliena da verdade do que somos para lá do aparente, do visível.

As doenças não são todas iguais, umas são mais ligeiras que outras e ninguém está isento de as sofrer, elas não resultam de qualquer castigo divino dos que se portam menos bem. Tomando como exemplo as crianças de tenra idade que sofrem de doenças terminais, estas não tiveram ação suficiente na realidade humana para terem "merecido" tal destino.

As doenças acontecem não apenas a um individuo apenas, mas também afecta a vida daqueles que com ele vivem ou lidam com frequência. E nessa perspetiva ampla se poderá entender as doenças que vitimam as crianças, no impacto que tem diretamente na criança e na sua família imediata e nos seus próximos.

O que aqui foi escrito serve para realçar a ideia que mais do que a doença aquilo que é verdadeiramente relevante para o seu impacto é a relação que o doente, e os que o rodeiam, estabelece com a doença.

A doença é algo que acontece ao doente, mas não o define, não se apropria dele, a não ser que o doente assim o permita. 

Nem sempre o doente tem a capacidade de por si só estabelecer uma relação de poder sobre a doença, no sentido de não permitir que esta o defina, que esta se torne algo que faça parte da sua personalidade, de algo que a defina enquanto pessoa.

Dando como exemplo a depressão, uma pessoa pode estar deprimida, mas isso é diferente de ser uma pessoa deprimida, de ser depressiva. A doença é temporária, dure o tempo que durar, mas não reflete a condição do ser humano, em essência ele continua sendo pleno e perfeito como é.

O mais relevante é a relação que se estabelece com a doença, quando se permite que ela se torne parte da identidade da pessoa, ela ganha força e poder sobre a pessoa e condiciona bastante, quando não totalmente, a vida da pessoa. Por outro lado quando se usa a doença como um alerta, como um sinal de que deve parar e procurar conhecer-se melhor, investir no autoconhecimento e indo dentro de si procurar as respostas que o libertem de tal prisão.

Isto não impede que se usem todos os meios humanos conhecidos no tratamento das doenças, pois muitas delas são bastante agressivas e exigem respostas imediatas, que devem ser usadas, sem contudo descurar esta parte relacional com a doença, que cabe ao próprio, ainda que com ajuda se for necessário.

Quanto melhor se conhecer e mais conectado com a sua essência estiver, melhor preparado estará para lidar com qualquer doença, isto não significa que perante doenças extremas não venha a perecer com as mesmas, mas significa que não permite que a doença o controle e determine o seu valor, pois este é muito maior que qualquer doença.

Assim como você é, é perfeito e doença alguma pode beliscar isso. 

Quanto mais presente para aquilo que é estiver menos necessidade de controlo tem, pois sabe que a vida o apoia e guia e a vida sabe sempre o que é o melhor para si e para o seu papel nesta vida. Por vezes o seu papel pode ser o de ser um exemplo de como lidar como uma doença terminal e ser uma inspiração para aqueles que lidam consigo para que se conheçam melhor e desfrutem da vida momento a momento.
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