domingo, 28 de setembro de 2014

Como lidar com a insatisfação



A ideia de que nos falta algo gera insatisfação. Insatisfação essa que não é nunca saciada, pois novos desejos surgem, mesmo que os anteriores estejam ou não cumpridos. É um ciclo vicioso incessante.

Por si só esta insatisfação não é boa ou má. Ela será uma ou outra de acordo com a tua atenção, de acordo com a importância que lhe atribuires. Quanto mais identificado com essa insatisfação, maior é a influência que lhe permites na tua realidade.

A insatisfação é resultado da diferença entre aquilo que é a realidade e aquilo que achas e desejarias que ela fosse. Quanto mais afastada ela se encontra dos teus desejos, mais insatisfeita estás. No entanto quanto mais insatisfeita estás mais tendes a rejeitar a realidade. Procurando forçar a sua mudança, procurando controlar a tua vida.

A solução que procuras é simples. Cabe a ti torná-la fácil ou difícil. Ela será tanto mais fácil quanto mais em linha com a realidade estiveres.

É aceitando a realidade como ela é, que descobres a sua perfeição e simplicidade. Aceitação não significa resignação, não significa baixar os braços e ser amorfo, desinteressado. Aceitar a realidade como ela é, significa estar ciente daquilo que acontece, daquilo que se manifesta no momento presente, no agora.

Nada acontece por acaso, se acontece já foi aceite pela tua essência. Acontece porque podes lidar com ela, de outro modo não ocorreria.

Mesmo quando te encontras insatisfeita, a solução não passa por te obrigares a ficar satisfeita só porque aconteceu, mas sim, por ficares ciente dessa insatisfação, por aceitá-la como ela se manifesta e tal como surge essa insatisfação, ela parte. Já tu permaneces imutavel em essência.

Tudo o que ocorre na tua vida é parte de ti, quer penses que é bom ou mau, tudo é parte da tua vida. A vida não é algo externo que te acontece, mas sim aquilo que és, sem exceção. O que quer que penses sobre a tua vida fica muito aquém da sua verdadeira dimensão. Fica ciente dos pensamentos, presente no agora.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Toma atenção ao que a vida te dá


Momento a momento a vida dá-te tudo o que é necessário para que desfrutes ao máximo. E isso aplica-se ao que consideras como bom e ao que julgas como mau. É nesse contraste que encontras a oportunidade de relembrar quem és de verdade.

Pode ser assim simples para ti se não entrares em conflito com a realidade, quanto mais a rejeitas, mais desconforto geras em ti e isso nota-se na tua vivência do dia-a-dia.

A origem dos teus problemas resulta dessa diferença entre aquilo que é a realidade e aquilo que julgas que deveria de ser. Quanto mais rejeitas a realidade e desejas que seja outra coisa qualquer, mais afastada de ti pareces estar.

E escrevo pareces porque de facto não podes deixar de ser aquilo que és em essência. Podes sim pensar que és algo diferente daquilo que és. Mas aquilo que és não pode ser descrito por pensamento algum, ou modificado por pensamento algum.

O que quer que pensas que és, tu não és isso.

O pensamento é limitado, ele ocorre nesse espaço ilimitado que és. E esta ideia de ilimitação fica aquém da realidade, ela apenas serve como indicador da realidade, como atrás escrito, a essência não pode ser descrita em palavras, em ideias.

No entanto as ideias podem  aproximar ou afastar a nossa atenção daquilo que somos em essência. Sempre que rejeitas a realidade como ela é, afastas a tua atenção da essência, resultando daí a insatisfação, a frustração, aquilo que consideras problemático.

Abraça o que a vida te dá, ama aquilo que é como é. Fazendo-o entras em fluxo com a vida que és, encontras em ti as respostas que tens procurado. O que antes era difícil e complicado ganha uma nova realidade para ti, ainda que tudo permaneça igual, o que muda é a forma como o vês.



sábado, 20 de setembro de 2014

Quebrar as rotinas



Desde crianças que encontramos conforto nas rotinas, elas providenciam segurança, uma sensação de saber com que contar, onde o desconhecido não entra. Quando essas rotinas são quebradas alguma desorientação se manifesta e a forma como lidamos com isso, é relevante para se poder evoluir ou paralizar com medo.

É normal após quebras de rotinas que surja desconforto por um período breve até se reintegrar essas mudanças e novas rotinas se estabeleçam. 

O ser humano tem uma grande capacidade de adaptação  e vai-se acondicionado às mudanças que vai sendo sujeito, mesmo em condições extremas, que julgariamos à partida como impossíveis de suportar.

Isso assim é porque o que quer que aconteça na nossa vida, só ocorre porque possuimos a capacidade de lidar com essas ocorrências.

A vida não existe fora de nós, não é algo externo que nos vai acontecendo e que por vezes nos corre bem e outras menos bem. E sempre que acreditarmos que ela é exterior a nós, acreditaremos que ela pode esquecer-se de nós, abandonar-nos. Ou pior conspirar contra nós, impedindo a nossa felicidade.

Tornando ciente que somos vida em pleno, que não há separação entre ti e a realidade e que aquilo que acontece é o que tem de acontecer, o medo do desconhecido, o medo de quebrar as rotinas, perde poder sobre ti.

E passas a estar mais recetivo ao que quer que a vida te dê, porque sabes que é para o teu mais elevado bem. Amando a realidade como ela é, descobres tudo aquilo que julgavas faltar. Encontras a paz que reside em ti.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Permita-se confiar na vida




Dar-se permissão para aceitar aquilo que a vida lhe dá, permitir-se confiar na vida e no cuidado que ela lhe dispensa. A vida cuida de si, pois a vida é aquilo que você é. A vida não é algo que lhe acontece, que lhe seja externo. A vida é aquilo que é em plenitude, você é vida em todas as suas múltiplas manifestações.

Enquanto humanos somos uma dessas múltiplas manifestações de vida. Para conhecermos de verdade quem somos basta termos abertura para deixar que a vida nos mostre a nossa essência. Deixando de forçar a nossa realidade para que seja como julgamos que deve de ser e estando mais presentes para aquilo que ela é de facto.

Tendo confiança que tudo o que ocorre na nossa realidade, ocorre como tem de ocorrer e quando tem de ocorrer. De outro modo não ocorreria. É a negação daquilo que ocorre que induz aquilo que cremos serem os nossos problemas, as nossas angústias.

Por vezes interpretamos aquilo que acontece como bom, outras vezes como mau. Mas isso é apenas um pensamento, uma interpretação momentânea que por si só não altera aquilo que é de verdade. Se víssemos a visão alargada do conjunto, perceberíamos como tudo encaixa perfeitamente. Como tudo desempenha o seu papel e importância no todo.

Confiar na vida, é uma escolha para entrar em fluxo com ela, para desfrutar momento a momento aquilo que a vida nos presenteia, sem desejar que fosse outra coisa qualquer.

Isso não implica não ter desejos, mas sim, tendo-os não nos limitarmos a esses desejos. Quando os desejos surgem tome atenção aos mesmos, observe-os, veja como se manifestam em si, que sensações trazem. E depois deixe que partam, tal como surgiram.

A vida que é acontece agora, sempre agora. Abrace-a, ame-a e desfrute daquilo que ela lhe dá.

sábado, 13 de setembro de 2014

Perfect You


Questioning the concepts about your life, the ideas you so believe to be truthful about yourself, can help you to be more conscious of your true nature. When you become more aware of your essence, you realize that as you are, you are perfect.

You couldn't be better than you are right now.

 How do I know that?

Because you are as you are. Reality is always right, even when we judge it as bad, as wrong, reality still perfect as it is. What can create the illusion of wrongness, the sense of disconnection, is our perception of reality.

Our perception is just a point of view of reality, but it is not all. There's as many point of views as there's people. Each one of us perceive things differently and none of them is better than the other.

We see things as we are, not as they are. Our beliefs set the way we perceive what happens in our reality and even what happens, because our reality is a projection of the inner world.
Being more aware of that, the need you think you have for change will fade away.

In fact nothing needs to change, you'll realize that being focused in the now, just being aware of awareness. And this is not something you have to do. It is not a doing. It is all about Being , just be.

No matter what you do or think, you still as you are. You can't be something different, something else. And it is okay.




terça-feira, 9 de setembro de 2014

Observando o bailado dos pensamentos


Os pensamentos são como balões que navegam nesse espaço ilimitado que és, e no entanto crês ser apenas esses balões. Permites que esses balões ocupem toda a tua atenção e não vês nada mais. Sempre que esses balões começam a deambular, também ficas desorientado porque te limitas nesses pensamentos.

Daí resulta aquilo que consideras como problemas, estes não são mais que estórias que tomas como tuas, e que divergem daquilo que é a realidade. É a diferença entre aquilo que é e aquilo que pensas que é, que dá origem aos teus conflitos internos.

Esses conflitos internos tem reflexo naquilo que tens como sendo a tua realidade, nascendo aqui a maior ilusão que te leva a procurares mudar a tua realidade, a tentar condicionar a mesma. Resultando apenas em frustração e desconforto, pois o único lugar onde podes agir é dentro de ti.

É mudando a perceção que tens sobre a tua realidade e a tua relação com a mesma, que poderás efetivamente mudar. Aquilo que muda de verdade é a forma como te vês, pois aquilo que és em essência, nada precisa de mudar.

Mudando a tua relação contigo próprio a tua realidade muda também, pois não há separação entre ti e o que julgas como sendo externo a ti.

A vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que és em todas as suas múltiplas manifestações. E enquanto humanos não temos consciência da magnitude do que somos em essência. Nem é suposto termos, pois é isso que permite diferentes pontos de vista da essência.

Quanto mais cientes do presente estamos,mais cientes da essência estamos também. Ainda que o facto de não estarmos cientes da nossa essência em nada belisca aquilo que ela é.

Desfruta da tua realidade como ela é com desapego, observa esse bailado dos pensamentos e vive plenamente.

sábado, 6 de setembro de 2014

O poder do desapego, do deixar partir



A realidade em que vivemos é como é, mas nós não vivemos a realidade como ela é. Nós vivemos de acordo com a nossa perceção dessa realidade, é a forma como interpretamos a realidade que nos faz julgá-la como boa ou má. É fácil de aceitar a ideia de que nos apegamos ao que consideramos como positivo, como bom para nós, e que tudo fazemos para que perdure no tempo.

Já a noção que de igual modo nos apegamos a coisas que julgámos como negativas, isso é mais difícil de aceitar. E no entanto é tão verdadeira como a primeira. Muitas vezes situações e comportamentos que julgámos como errados, como negativos, persistem na nossa realidade, porque nos apegamos a eles, porque os vemos como definidores daquilo que somos.

Ainda que essas situações nos criem resistências, nos façam sofrer, acreditamos que elas fazem parte da nossa identidade, da nossa realidade e que nos devemos resignar, porque a vida é assim mesmo, é muito difícil e temos de sofrer muito para, talvez um dia, sermos felizes.

A questão aqui não se coloca nas situações em si mesmas, sejam elas julgadas como boas ou más, mas sim na nossa identificação, no nosso apego às mesmas.

O que podes fazer então?

A resposta é o desapego, o deixar partir, pois nada do que ocorre limita quem és de verdade, em essência. Tu és o espaço onde essas manifestações ocorrem, tu és vida em toda a sua plenitude. Para colocares em prática o desapego deixo-te algumas dicas:

1 Aceita aquilo que se manifesta agora, seja isso o que for, seja isso julgado como bom ou mau. Permite-te com abertura aceitar, observar aquilo que se manifesta em cada momento. Quando o desconforto vem, quando a dor surge, abraça-a, nota como se manifesta em ti, sem resistências. Pois quanto mais resistes mais força concedes ao que resistes. Aceitando totalmente o que surge, observas e deixas partir, pois como começa também acaba.

2 Assume a responsabilidade, tu és responsável pela tua vida, pela forma como a vês, como a percecionas. E ser responsável significa também que tens a habilidade, os recursos para fazer face a qualquer desafio que a vida te coloque. O que acontece não depende totalmente de ti, mas a tua resposta ao que acontece já depende apenas de ti. És responsável pelas tuas opções em cada momento e podes sempre escolher de novo.

3 Quando acaba, acaba mesmo. Tudo tem um tempo para ocorrer, é essa a natureza humana, nascemos, vivemos e morremos. É assim a experiência humana, a questão não é se acaba, mas sim aquilo que fazemos enquanto dura, as escolhas que fazemos momento a momento. Existem situações que acabam porque tem de acabar, já serviram o seu propósito e nada mais tem a acrescentar, mas por vezes não aceitas que terminem e forças para que não acabem. E isso nada acrescenta para lá do sofrimento, da estória que contas a ti mesmo sobre essa situação e como tem de continuar, mesmo que já nada possa acrescentar, mesmo que nada possas fazer para a alterar.

4 Questionar a utilidade das preocupações, quando algo te preocupa normalmente estás tão apegado à situação que não existe mais espaço na tua atenção para mais nada. Centras tudo nisso, os pensamentos "ocupam-te" e uma forma de te libertares, de desapegares é questionares esses pensamentos, questionar a utilidade desses pensamentos para ti. 
Coloca-te questões como: 
Isto é útil para mim?
Será totalmente verdade?
Poderei ver isto de outra forma?
O questionar liberta espaço em ti para que surjam as soluções que procuras, pois possuis em ti todas as respostas para qualquer situação que ocorra na tua realidade, de outro modo não ocorreria.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A vida dá o que precisas e não o que queres






A vida dá-nos sempre aquilo que precisamos e não aquilo que queremos. Por vezes estas podem ser coincidentes, aquilo que a vida nos dá é aquilo que queremos, mas muitas das vezes isso não ocorre. O que fará a diferença para ti, é o que escolhes fazer quando aquilo que a vida te dá, não é aquilo que querias.

Podes escolher lutar contra a realidade, contra aquilo que é, e fazendo-o terás aquilo que classificarás como problemas, uns atrás dos outros. E esses problemas não são por si só maus, pois eles permitem-te refletir, permitem conheceres-te melhor, até que estejas preparado para aceitar a realidade como ela é, como tu és.

Na realidade não existe um separação entre aquilo que és e aquilo que é a tua vida.

A vida não é algo externo a ti, e que te acontece por acaso. Tu não és nunca uma vítima das circunstâncias, tudo o que passa é um mero reflexo da tua realidade interna. Mesmo quando julgas que tudo está contra ti, que nada te corre bem. Isso resulta da tua perceção da realidade, resulta dessa ideia de separação, que te leva a acreditar que és indefeso, que não tens como te soltar, que deves batalhar imenso e sofrer com vista a alcançar um dia "um lugar ao sol".

Quanto mais lutas contra a tua realidade, mais poder lhe concedes sobre ti, mais fortes serão os desafios que passarás até que despertes dessa ilusão e relembres quem és de verdade. 

Então perceberás que a realidade é perfeita, assim como é, e é assim, não porque eu o diga, ou outra pessoa qualquer, mas sim, porque é o que acontece. Nada acontece por acaso, o acaso é apenas a ilusão temporária de esquecimento sobre a tua essência.

O que quer que ocorra na nossa realidade já foi aceite pela nossa essência, de outro modo não ocorreria.
Quando te permites aceitar a realidade como ela é, tudo encontra o seu lugar, tudo faz sentido para ti, mesmo quando não percebes de imediato porque acontece, o que acontece. 

Enquanto humanos temos uma visão limitada da realidade, é apenas um ponto de vista sobre o todo e não o todo em si. Já a nossa essência conhece o todo, ela é esse todo, e através desses diferentes pontos de vista limitados ela torna-se ciente de si mesma.

A vida é simples, já aquilo que pensamos sobre ela é complicado e quando nos identificamos totalmente com esses pensamentos mergulhamos numa estória pessoal, desfasada daquilo que é, onde somos sempre a personagem principal e tudo gira em torno de nós. Alimentando a ideia de separação, um nós e eles, onde é necessário lutar pela sobrevivência, onde apenas os mais fortes vencem.

Então o que devemos fazer? Será a resignação a única solução?

Não, a resignação não é a solução. Resignar é desistir. Aquilo que é a solução passa pela aceitação. Aceitar a realidade tal como ela é e deixar fluir de acordo com essa realidade, indo aonde ela te levar. Para fazer isso fica ciente de estar ciente. Quando estás ciente daquilo que é, podes observar com desapego os pensamentos, observar essa estória que tinhas como tua sem achar que estás em perigo.

Desfrutas da realidade como ela é estando presente no agora, pois este é o único momento que existe. Não é necessário esforço da tua parte para viveres no agora e para seres como és. Basta-te ser. Mas melhor do que ler estas palavras, melhor do que concordar ou discordar do que está escrito, o melhor é a tua vivência, a tua experiência. Vê por ti, experimenta por ti e verás.
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