segunda-feira, 30 de maio de 2016

Dicas para conheceres a tua melhor versão



A tua melhor versão já está onde quer que tu estejas, tu possuis todos os recursos para lidar com o que quer que esteja a acontecer na tua realidade, ou pelo menos a capacidade de os obter. Este obter passa por apenas relembrar quem és de verdade e não quem pensas que és e o que pensas ser capaz de fazer.

As tuas capacidades vão muito para além daquilo que julgas ser capaz de realizar ou atingir. 

Os limites que crês ter são apenas uma ideia, e quando a vês como ela é de verdade, vês que podes mudar essa ideia, podes escolher uma ideia diferente que te seja mais útil no momento presente, que é o único que existe.

O que fazer para conhecer a tua melhor versão?

Aceitação com amor
Tu és o teu pior inimigo, ninguém te pode magoar mais do que tu própria e fazes isso diariamente, ainda que de forma inconsciente. Sempre duvidando das tuas capacidades, sempre focada naquilo que consideras como defeito em ti. Começa por aceitar aquilo que és, tal como és, mesmo aquilo que não gostas em ti. Isso não implica que não tenhas aspectos que queiras mudar, que queiras melhorar, mas isso só será verdadeiramente possível depois de te aceitares como és neste momento. Pois enquanto estiveres focada no que não gostas é só isso que verás e terás mais do mesmo.

Deixa de te comparar com os outros
Cada ser humano é único, ninguém é igual a ninguém e a tua melhor versão não é de certeza a cópia de outra pessoa, por muito perfeita que ela te pareça aos teus olhos. É na tua singularidade que descobres a perfeição do teu ser e o muito que tens para dar ao mundo, e podes crer que tu és imprescindível, a prova está no facto de teres nascido. Quando te comparas aos outros, normalmente com aqueles que julgas serem ou estarem melhor do que tu, o que isso te traz é frustração e desvia a tua atenção do que é essencial e que é o facto de dentro de ti residir tudo o que desejas, o teu potencial por realizar esperando a tua atenção.

Simplifica
Tendencialmente o ser humano complica aquilo que é simples por natureza. A vida é simples como é e por isso é perfeita. Apenas tu podes complicar a tua vida e muita das vezes isso é inconsciente sendo depois projetado na tua realidade, mas como não estás ciente disso procuras culpados exteriores para o que te acontece de menos bom. Quanto mais o fazes menos empoderado pensas ser, mais vítima das circunstancias acreditas ser, sendo que o teu poder continua sendo como é, esperando a tua atenção. Por isso procura simplificar, tal como diz o ditado: se anda como um pato, se grasna como um pato, então é um pato.

Em caso de dúvida escolhe o amor
O amor é sempre a melhor resposta a todas as tuas dúvidas, o amor cuida de ti, ele é a tua essência. O amor sendo aquilo que és não te pode faltar nunca, mesmo que acredites que necessitas do amor de outras pessoas para seres completo, isso é uma mera ilusão da realidade humana, mas que tu podes fazer com que desvaneça. Fazes isso através do autoconhecimento, relembrando quem és em essência. Através da partilha do teu amor verás provas a surgirem na tua vida do quão abundante é o amor que tens e o teu foco passa a ser dar e não receber amor.

O momento certo é agora
O agora é o único momento que existe e isso nada tem a ver com o tempo linear que enquanto humanos acreditamos viver, este tempo linear, de passado, presente e futuro, é útil enquanto gestão do tempo na experiência humana, desde que não nos limitemos nele, desde que não condicione  a perceção daquilo que somos agora. Quanto mais desligado do tempo linear estiveres, mais consciente do que és estás. Mais livre para desfrutar com desapego esta experiência humana estás e mais em fluxo com a vida que és estás.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Como lidar com aquilo que não gostas




A tua realidade não é como gostarias que ela fosse, as pessoas da tua realidade não se comportam como gostarias que elas se comportassem. Mais, tu própria não és como gostarias de ser. Já te interrogaste porquê?

Aquilo que verdadeiramente possa estar "errado" aqui, e coloco errado entre aspas porque de verdade nada tem de errado, pelo contrário, é perfeito que assim seja. Continuando, o que poderia estar "errado" é a tua perceção da realidade, essa tua ideia de que ela deveria de ser diferente daquilo que ela é. 

Quanto mais resistes à realidade, quanto mais procuras forçar para que seja diferente daquilo que é, os resultados que obtens são contrários aos teus desejos, pois aquilo a que resistes persiste, ganha poder sobre ti, condiciona a tua atenção.

Isto não significa que não tenhas o direito de não gostar de tudo o que existe na tua realidade, de todas as pessoas que dela fazem parte. Tu tens esse direito, ele é natural do ser humano. A ideia não é que aceites inopinadamente a tua realidade, mas sim que estabeleças uma relação diferente com tudo aquilo que te desagrada nessa mesma realidade.

E de que forma podes então te relacionar com as situações da tua realidade que te desagradam e que gostarias de mudar ou que cessassem existir?

Tudo começa pelo reconhecimento dessas situações tal como elas são, assim como o reconhecimento dos efeitos que elas tem sobre ti. Tendo essa abertura permites-te aprender com essas situações. desde logo aprender coisas sobre ti e como reajes perante tais situações.

Se rejeitares logo à partida tais situações estás a perder de conhecer partes de ti e como tal a empobrecer o conhecimento do teu mundo. Porque tu és muito mais do que pensas ser. A vida não é algo que te acontece de fora para dentro, mas sim ela é tudo, seja o que crês ser externo e o interno. 

Nada deve de ser excluído, o que quer que rejeites, estás a rejeitar a vida em ti. Todos os seres humanos tem coisas boas, coisas más e tudo o que fique de permeio. Isso é parte da sua riqueza, isso é o que permite a consciência, a essência, estar ciente de si mesma. É através dos contrastes que te vais conhecendo, que vais conhecendo o que te rodeia e que vais vivenciando a vida, como crês que ela existe.

A boa notícia é que nada do que ocorra, seja julgado por ti como bom ou mau, afecta o que quer que seja a tua essência, esta continua sendo como sempre foi e será, perfeita.

Sabendo esta verdade, tendo consciência dela, aquilo que acontece não são grandes mudanças na tua realidade, mas sim mudanças na forma como te relacionas com essa realidade, logo contigo própria. 

Ficas mais leve para desfrutar em pleno o que acontece, podes vivenciar tudo, sem rejeitar nada. O que isso quer dizer é que continuarás a ter momentos bons e outros menos bons, a única diferença é o tipo de estórias que crias em torno desses acontecimentos e o apego te permites ter pelos mesmos.

É isso que em muitas correntes filosóficas e espirituais se chama de iluminação. Essa luz que te habita, uma luz de conhecimento inato, um conhecimento essencial, que faz parte do âmago do teu ser e que não pode ser retirado ou diminuído. Um espaço de amor onde te relacionas com a realidade como ela é sem te apegar a essa mesma realidade.

Porque a realidade do ponto de vista humano, é limitada e quanto mais apegada estiveres a essas ideias da realidade, menos livre estás para libertar a tua atenção para o essencial. Tu sabes tudo isto, nada disto é verdadeiramente novo para ti, ainda que assim o pareça neste momento. Se te permitires ouvir para lá das estórias que pululam na tua mente, verás que assim é.

O que quer que aconteça na tua realidade é perfeito e só acontece porque estás preparada e possuis os recursos para lidar com isso. Desfruta da vida que és, o bom e o mau, faz isso com desapego mas com amor incondicional e tudo se compõe. 

As coisas terão a duração perfeita, as pessoas permanecerão o tempo que for necessário na tua vida e partirão no momento certo, quanto tiverem aprendido e ensinado o que estava destinado.




terça-feira, 24 de maio de 2016

Como superar o desânimo, a frustração



A vida de qualquer ser humano tem altos e baixos, tem momentos que são tidos como bons e outros que são tidos como maus. Tudo isso é resultado de uma interpretação, é a forma como cada ser humano perceciona a sua realidade que a classifica de um modo ou de outro. De verdade não vivemos a vida como ela é, mas apenas como pensamos que ela é. 

Daí resulta muita frustração por vezes, visto que a vida não é como gostaríamos que ela fosse, salvo algumas exceções, mas sim como é. E é perfeito que assim seja, é harmonioso que assim seja. Tudo acontece como tem de acontecer e no exacto momento em que tem de acontecer.

Teremos, enquanto humanos, essa noção quanto mais presente estivermos no agora. E estar presentes no agora significa estar atentos ao que ocorre, dentro e fora de nós. Principalmente dentro, pois é aí que tudo se passa primeiro, mas como normalmente o ser humano está em piloto automático, não está ciente de que assim é.

Para a essência não existe tal coisa de dentro e fora, de interno e externo, estas dicotomias são humanas, fazem parte da realidade humana e como tal é perfeito que assim seja. A realidade humana é dual, são esses contrastes que te permitem ficar mais ciente de ti e também elevar o teu nível de consciência.

O que varia para cada ser humano é o ritmo a que tal é feito. A rapidez dos eventos nesta experiência humana é adequado a cada um de nós, a vida não nos dá provações ou desafios maiores do que aqueles que podemos suportar e superar.

Possuímos em nós todos os recursos para lidar como que quer que ocorra na nossa realidade humana, mesmo quando aparenta não ser esse o caso. Mesmo nas situações mais extremas e aparentemente insuportáveis, se acontecem é perfeito que aconteçam. Perfeito não porque sejam do ponto de vista humano positivas, mas porque cumprem o seu propósito evolutivo.

A melhor forma de lidar com esses momentos de maior frustração, momentos de desânimo é em primeiro lugar tornar ciente essa mesma situação, reconhecer que ela existe, em vez de tentar fazer de conta que não existe ou evitar lidar com ela.

De seguida faz uma pausa, tira uma momento para repousar em ti. Observa a situação e como isso te faz sentir, que tipo de pensamentos surgem em ti.Que estórias crias em redor de tal situação e como permites que tal te afecte.

Depois pergunta-te se isso é útil para ti, se haverá ou não outro modo de ver a situação e desse modo lidar com ela. Há sempre diferentes pontos de vista sobre uma dada situação, mas normalmente estás focada apenas no teu ponto de vista original e limitas-te nele.

Criando espaço em ti para outros pontos de vista ficarás mais rica, sem ter de perder o teu ponto de vista inicial. E após analisares poderás sempre manter a tua primeira análise. Nada tens a perder e tudo a ganhar.

Uma vez que tenhas permitido "respirar" a situação verás que algo surgirá que te levará a agir. Faz isso de acordo com a tua intuição, confiando que aconteça o que acontecer, continuarás sendo perfeita em essência. Tudo é experiência, tudo é aprendizagem nesta realidade humana.




sexta-feira, 20 de maio de 2016

Deixa cair as defesas




Qual é a causa da tua infelicidade? Sabes responder?

Tu sabes a resposta, podes não estar ciente dela, mas tu sabes qual é. Deixa que te dê uma ajuda e isto serve para ti, como para qualquer outro ser humano. É igual para todos e é simples. 

A resposta resulta do facto de tudo aquilo que fazes e pensas, andar em redor de ti. Na órbita dessa personalidade que acreditas ser e no entanto essa personalidade não é verdadeira.

Aquilo que pensas ser é uma ideia, um conjunto de estórias que foste somando ao longo dos anos desta tua experiência humana e quanto mais alimentas essa ideia de personalidade, o ego, mais frágil e na sua dependência aparentas estar.

A boa notícia é que por muito que creias que assim seja, de verdade nada pode afectar aquilo que és em essência.

Pensamento algum pode modificar a verdade do que és, e tu sabes isto, no teu centro, tu sabes isto. Está é "adormecido" em ti e é perfeito que assim seja, pois faz parte da experiência de ser humano. Tal como faz parte também poder ao longo da experiência humana relembrar a verdade sobre ti, à medida que estiveres preparado para lidar com ela.

Porque quando crês ser o ego, e apenas o ego, ou seja, essa ideia de personalidade, quanto mais arreigada estiver essa ideia, mais difícil é descolar dela, porque daí resulta um medo enorme de perda, um medo enorme de ficar enlouquecido. Isso nada mais é que um mecanismo de defesa do ego para preservar a sua existência, a sua sobrevivência.

É por isso que só à medida que estiveres preparado para lidar com esta realidade é que ela te será revelada, ou verdadeiramente falando, relembrada. Podes ao ler este texto não o entender completamente ou mesmo teres uma reação de rejeição do mesmo, considerando-o irrealista, ou mesmo louco. 

É uma reação normal de defesa do ego, é o ego que faz tais considerações. Sendo elas mesmas mais uma estória a surgir nesse espaço ilimitado que és em essência. Todas essas estórias encontram o palco na essência do que és. 

Nada altera isso e à medida que fores elevando o teu nível de consciência e podes ser chamada a fazer isso de múltiplas formas pela vida, todas as situações da tua experiência humana servem para que possas despertar e levará o tempo que for necessário a cada ser humano. 

A essência não conhece limitação de espécie alguma, seja de tempo ou espaço.

Uma outra estória poderá surgir neste momento em ti e que te diz: na prática para que é que isto tudo serve? Qual é o propósito disso ser assim como está aqui descrito?

Serve para que te possas libertar das amarras da ilusão da separação, da ilusão de limitação e desse modo, sem ter que rejeitar nada do que acontece na tua realidade humana, possas desfrutar plenamente daquilo que acontece, pelo que acontece.

E isso significa que por vezes terás sensações que acreditas serem positivas, outras serão negativas e todas as outras pelo meio. Na realidade não há formulas perfeitas de como viver a vida de ser humano, a não ser vivê-la como ela é. Assim sendo é perfeito, nada mais há a acrescentar ao que é perfeito por natureza.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Alimentar a mente



A mente existe em ti, tal como o teu corpo, são ambos parte da tua essência, sendo que aquilo que és em essência não é aquilo que crês ser. Aquilo que crês ser é o ego, ou seja, uma ideia de personalidade e quanto mais identificado com o ego estás, mais limitado crês estar e mais força dás às estórias que surgem em ti.

Tudo isso é de verdade uma ilusão que tu alimentas e que do mesmo modo podes escolher ver a ilusão e deixar de te condicionar por ela. Enquanto acreditares ser essa personalidade e apenas isso, estás a reforçar a ideia de separação. A ideia de que existe um tu e os outros, a ideia de que existe um tu e a vida que acontece.

A ideia de deixar que a ilusão caia, não implica terminar com o ego e fazer deste o teu inimigo. O ego não é o teu inimigo, pois fazer isso seria cair num extremo oposto da ilusão, em vez de a cessar. O fazer cessar a ilusão passa por reconhecer aquilo que é, pelo que é. O ego é útil na medida em que não te limites por ele.

Reconhecendo o ego como um mecanismo de funcionamento nesta dimensão terrena, que te é útil e te permite experienciar, vivenciar a dualidade e na superação dessa dualidade tornares ciente de si mesma a essência. Sendo ela perfeita, é através da densificação e compartimentação de si mesma, que ela pode experienciar a imperfeição e o modo de a transcender.

Na medida em que estiveres preparado, enquanto essa ideia de personalidade, poderás tomar consciência da tua verdadeira essência. E desse modo realizar o quão iluminado és, agora, e que esse facto não é algo que seja passível de ser atingido. Tu já és tudo aquilo que poderias ser, sendo que este tu é a essência e não a ideia de personalidade que estás acostumado a identificar contigo.

A ideia de alcançar um suposto estado de superioridade é apenas alimento para a mente, alimento para o ego, de modo a manter-te entretido com o acessório e esquecendo o essencial. A boa notícia é que é perfeito que seja assim, não porque eu o diga, mas sim porque é o que acontece.

A realidade é perfeita assim como é, tu és perfeito assim como és e no reconhecimento de tal natureza o que advém é a libertação do sofrimento, dessa ideia de limitação, dessa prisão ilusória e passas a desfrutar da realidade como ela é, do ponto de vista humano, com desapego.

Ou seja continuarás a ser colocado à prova, terás momentos bons e maus de igual modo, a única diferença é o teu grau de apego à mesma, a duração e influência sobre ti que permites que tenha. Tudo o que acontece na tua realidade é parte de ti, é quem tu és, tudo aquilo que não gostas é também parte de ti. Tudo aquilo que rejeitas continua sendo parte de ti, logo de verdade nada podes rejeitar e só deixará de fazer parte do teu caminho quando aprenderes o que tiveres de aprender com tais situações.

Cada momento é uma oportunidade de escolha para ti, tu decides o que é importante para ti enquanto humano, e aquilo que terás de experienciar, porque a realidade que vives nesta dimensão humana, é uma projeção do teu interior, daquilo que gravita na tua mente e que através do alimento da tua atenção ganha vida, sendo projetado naquilo que considerás externo a ti.

É por isso importante estares ciente onde colocas a tua atenção, onde colocares a tua atenção, aquilo em que te focares, tornar-se-à real para ti.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como complicas a tua vida




A vida é simples por natureza, ela é como é e tudo se desenrola como tem de acontecer e no momento certo para acontecer. Mas a maioria dos humanos não tem essa perceção da vida, normalmente esta é vista como difícil, como uma guerra para obter os melhores resultados e em competição com os demais humanos.

Esta é uma das ideias que complica a aquilo que consideras ser a tua vida, a ideia de separação. A ideia de que existes separado da vida, que existe um tu e os outros e que deves batalhar para garantir a tua sobrevivência, onde apenas os melhores vencem e os derrotados são uns falhados.

Tendo esta crença de facto a vida fica complicada, porque se acreditas que tens de lutar contra os demais para sobreviver, verás nos outros os teus inimigos que te querem colocar para baixo, que querem ficar com os recursos que são escassos e apenas acessíveis aos melhores.

Acreditando nessa ideia de separação, acreditas que a vida é algo externo a ti, que te acontece e umas vezes é boa para ti e outras é má para ti, sendo que normalmente é assim por culpa dos outros, sejam mais próximos de ti ou mais afastados. Esta ideia de separação não é "culpa" tua, não é uma criação tua, mas sim da consciência colectiva que a vai perpetuando ao longo dos tempos.

Mas tu tens a opção de escolher ver de modo diferente, tu podes mudar a tua relação com a vida e desse modo, mudar a tua vida. Por que a vida não é algo que te acontece, mas sim aquilo que tu és e em essência, tu sabes isso. Não é algo que tenhas que aprender, mas sim algo que te é inato e na medida em que lhe dediques a tua atenção tornarás isso ciente em ti.

Tu podes escolher simplificar, porque apenas tu podes complicar a tua vida, ou melhor dito a tua relação com a vida.

A vida é como é, seja qual for a tua perceção dela, nada a altera, a única variável é a forma como interpretas o que acontece e como decides agir perante o que acontece, seja por ação ou inação. E aqui não se trata de uma questão de culpa, ninguém é culpado pelas complicações da vida, sejam as individuais, sejam as colectivas. Faz parte deste jogo do ego, deste jogo de ser humano. 

É pela superação destas complicações que vais relembrando quem és de verdade e que a essência se torna ciente de si mesma. Logo a ideia de despertar é que deixes de sofrer demais por algo que é como é, porque sabes que nada do que possa acontecer belisca o que quer que seja a tua essência. 

Sabendo isso ficas livre para desfrutar em pleno a tua experiência humana, seja aquilo que consideras bom, bem como o mau. Procurando dar o teu melhor em cada momento, procurando deixar de complicar. O desapego é um modo de deixar de complicar, deixando de te agarrar aos resultados tudo fica mais simples para ti, porque as expectativas que crias sobre como deveriam de ser as coisas, as pessoas, enfim a tua vida é um potenciador do complicómetro humano.

Ao desapego se acrescentares a aceitação começas a desligar o complicómetro. 

E aceitação significa ver as coisas como elas são, sejam elas percecionadas por ti como boas ou más, reconhece-as como se apresentam para ti. Aceitar não implica resignação, mas sim reconhecimento daquilo que é e depois de o fazeres irás tomas as decisões que enquanto humano podes tomar, a isso se chama livre arbítrio. 

O simples é perfeito e tu podes escolher o simples em cada momento e esse momento é agora, o único que de verdade existe. Faz isso. 

segunda-feira, 9 de maio de 2016

O que pensas que és?



Os pensamentos ocorrem em ti, mas não te definem a não ser que o permitas e a forma como o permites é através da tua identificação com eles. Os pensamentos acontecem automaticamente e não os controlas, não és tu quem os crias, nem sabes qual o lugar de onde surgem.

Os pensamentos quando alimentados pela tua atenção e total identificação,criam a tua realidade, eles tornam-se reais para ti. Aquilo que tens como a tua realidade é a tua interpretação da realidade e não a realidade tal como ela é. E essa tua interpretação da realidade é um mero encadeado de pensamentos que originam estórias que crês serem reais, e são-no de facto para ti.

A grande piada cósmica é que aquilo que acreditas ser é em si mesmo um encadeado de pensamentos. Essa personalidade a que associas um nome e um corpo é apenas uma estória alimentada ao longo dos tempos que se vai sedimentando e que se auto-valida.

Acreditas ter um nome, acreditas nos pensamentos que te dizem que tens um feitio assim e assado, que não suportas "n" coisas, que desejas e gostas de "y" coisas, etc, etc.

De acordo com o teu nível de consciência estarás preparado para observar e tornar ciente em ti essa ilusória existência. Para a maioria dos humanos este mero exercício de observação causa desconforto, pois um medo de perda de identidade emerge com força. Um medo de ficar louco e perder o controlo sobre quem julgas ser e desse modo ser marginalizado pela sociedade.

Se for esse o teu caso não tens que o forçar, por um lado o facto de estares a ler este texto serve para que se comecem a abrir brechas nesse teu casulo ilusório e comeces a relembrar quem és em essência. Nada acontece por acaso e só acontece aquilo que estás preparado para lidar e na medida em que podes lidar.

Tudo acontece no momento certo para acontecer, nunca antes, nem depois, Isto não significa que tudo seja, do teu ponto de vista, perfeito e bom para ti. Do ponto de vista da tua essência, sim, tudo é perfeito e bom para ti, mesmo aquilo que percecionas como mau, é para a tua essência bom.

Há medida que fores estando preparado para despertar, para relembrares quem és de verdade, isso irá acontecendo e nas melhores condições para ti. Quando isso acontece reparas que essa ideia que acreditavas ser, é isso mesmo uma ideia.  

Repara, neste momento se pensares sobre quem és, um conjunto de pensamentos irá surgir que te contam uma estória sobre quem supostamente és e um outro pensamento irá surgir que te diz, mas então eu escolho pensar sobre mim. É mais um pensamento. Para exercitares isso mesmo e tornares ciente em ti o que és de verdade, começa a reparar nos espaços entre pensamentos.

De início como estás tão identificado com esses pensamentos é mais difícil reparar nesses espaços, mas à medida que praticares vais tornando isso mais ciente em ti e desse modo ganhando distância para observar os espaços e os pensamentos, ganhando assim mais liberdade e consciência sobre quem és de verdade.

Até que surja o momento em que despertas de verdade, quanto menos expectativas tiveres sobre o que isso é, mais preparado estarás para que possa acontecer, pois as expectativas só podem originar frustração e ilusão. Por vezes associa-se ao despertar fenómenos marcantes, que podem acontecer de facto, mas que não são obrigatórios por forma a que o despertar se dê.

Quando despertas o que acontece é que a tua relação com a realidade se altera, mas não se altera a realidade.

Tomas consciência que tu és um todo, que és pleno, que tudo ocorre em ti e não a ti, Ficas livre para desfrutar desta experiência humana com desapego, vivendo tudo o que de bom e mau acontece do ponto de vista humano. Sentes o que tiveres de sentir sabendo que nada belisca a tua essência e que tudo é perfeito assim como é.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

How to win at the game of love



As a human being love is at the core of your life and you can be better playing it as a game. This game you can win it, because you have all the resources to play it well. But even if you feel that you are loosing it, in reality you can not loose love, because you are it, you are love in essence.

From a human point of view this game needs at least two players, it is dual, you and someone else. This someone is a person that you believe can fulfill you, that you believe to be the other half of you and at the beginning of the game it seems so. You will feel bliss, you will feel that all is complete. 

The bad news is that it will pass, this will end and what remains after, will determine what happens to your relationship, it can end or evolve to a different level.

In order to excel at this game, there is a secret and you know this secret, you may not remember it, but you know it well. What is the secret, you wonder? The secret is... that you need no love. You never were incomplete, this is just a illusion.

By remembering that you need no love, you will free yourself to be fully open to enjoy love, to enjoy every bit of it, in its many forms. You will allow yourself to spread away unconditionally your love, without worrying that it will end or that you are receiving it from others too.

The more you are aware of your true essence of love, more you will find it in every situations of this human life. Love is everywhere and love is always the right answer, no matter the doubt you may have. 

When you play this game of love being not aware of your true nature, you will believe to be entitled to receive love from others, to receive theirs fully attention or else they do not really love you. You will believe to know what is best for you and how the other person should act or feel about yourself. 

And when they don't comply it is their fault, this when you are with good self-esteem or it is your fault when you lack self-esteem.

No matter your history within love range, you can now decide differently, you can yet win this game. If you are alive, you are still on the game. No one can be put out of it. No one is unworthy of love, of true love. It is like that not because I say so, but because it is your essence, it is your birth right.

Just accept yourself as you are, or better said, as you think you are. 

Doing that you will stop the war against yourself, and believe me, you are your worst enemy, no one can beat you as you can. Be aware of your inner talk, what you tell yourself about what you are and yours surroundings. This inner talk can make you feel unworthy and then reality will mirror that belief.

Being more aware of this inner talk you can choose where to put your attention. It is your attention that empowers what you perceive and experience in your life. Where your attention goes so there you are.

So choose love, be focused on love, first within, loving every part of yourself, even the things you do not like in you and then look around you and notice love in action, it is out there too, it is a reflection of you. Be aware of the love signs, learn from them and evolve your awareness.

Doing so you will win this game, you will be more open to spread your love wherever you go and you will find the right person to share your love with. Not because you need their love, but because you are in sink, in sharing your best with each other.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Desobedecer para vencer



Desobedecer significa deixar de acatar as ordens do costume, deixar de fazer o que é suposto ser feito e isso começa na relação contigo própria. A primeira pessoa que deves desobedecer és tu. Essa ideia de ti, o ego, que está sempre a ditar as suas ordens e tu segue-as sem contestação. Sendo obediente significa viver em piloto automático, aquém do teu pleno potencial.

Desobedecendo permites-te ser mais criativa, ir mais além, para lá do conhecido, só entrando no desconhecido poderás conhecer os teus limites. O comum, o usual não te levará mais adiante, não te levará a obter resultados diferentes dos que tens obtido até agora. Fazendo o que sempre fizeste e queixares-te dos resultados, representa um desperdício de energia e das tuas capacidades.

Só fazendo diferente poderás obter resultados diferentes, o que por si só não implica que sejam melhores ou piores, são diferentes. É a tua perceção dessas diferenças e a utilidade que delas retiras que as farão, no teu ponto de vista, melhores ou piores.

O desconhecido acarreta medo, e lidar com esse medo é o que impede a maior parte dos humanos de tentar, de arriscar a ir mais além. Preferem o conforto do conhecido, mesmo que esse conhecido seja desagradável, do que se aventurarem no desconhecido e arriscarem a ser bem sucedidos.

O não está garantido por natureza, seja por inação da tua parte, seja porque o resultado que obtens não é satisfatório. O que tens a ganhar é o sim e esse só surge se agires, se arriscares. Logo entre um não que já é teu e que na pior das hipóteses continuará a ser teu e a possibilidade de obter um sim, mais vale arriscar a obter esse sim.

Nada perdes a não ser o medo ao medo. Perdendo o medo ao medo só terás a ganhar, mesmo que erres, porque irás errar muitas vezes, é normal. O que releva é o que fazes com esses erros, ou aprendes com eles ou deixas que te aprisionem. Tu és quem decide. 

Tudo é aprendizagem, tudo é experiência que te torna mais forte e preparada para lidar com os desafios que a vida te coloca, pois ela só te coloca os desafios que estás preparada para lidar.

Desobedecer aos ditames do ego passa primeiro por observar esse diálogo interno incessante que ocorre em ti. Tu não és esses pensamentos, mas sim o espaço onde eles ocorrem. Ao observar tomarás consciência que assim é. 

Repara nos pensamentos, repara nos espaços entre pensamentos e desse modo relembras quem és de verdade. 

Isto exige prática de ti, quanto mais praticares mais ciente vais ficando, O tempo necessário para que produza efeitos varia de pessoa para pessoa, pode ser instantâneo ou demorar alguns anos, o mais importante é o caminho que fazes e não o destino final.

Porque em essência já és tudo aquilo que desejas ser e muito mais do que possas imaginar, pois a mente humana é limitada, não conseguindo abarcar a totalidade da essência da qual faz parte.


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