sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

soluções

passamos a vida à procura de soluções para o que nos vai acontecendo, normalmente pensamos que essa soluções irão surgir de algo ou alguém externo a nós próprios.
quando na verdade todas as soluções para tudo que acontece nas nossas vidas estão dentro de nós. só que este lugar será sempre o último em que nos lembramos, nessa busca desenfreada.
e por outro lado serve também como forma de desresponsabilização pelos nossos actos e situações em que estamos envolvidos. porque enquanto assumirmos esse papel de vítima das circunstâncias teremos sempre um bode espiatório para tudo o que de mau nos vai acontecendo.
quando na realidade, tudo o que nos acontece tem origem em nós.
seja de forma consciente ou inconsciente, por isso é que é muito importante tornar a parte consciente de nós maioritária face á inconsciente, ao contrário do que acontece actualmente.
sendo nós cada vez mais conscientes dessa nossa responsabilidade como
co-criadores da nossa realidade podemos tomar as rédeas da nossa vida.
para tal devemos primeiro conhecer aquela pessoa em que deviamos ser os maiores especialistas a nível mundial, ou seja, nós próprios.
quanto mais se conhecer, verá que as soluções que procura surgirão de uma forma natural. porque elas virão da sua essência.
assim pare um pouco e sinta-se. sinta a vida que o envolve.
dê atenção ao ar que respira, à sensação do ar a entrar e sair, pausadamente, do seu corpo. ele é a prova maior da sua vitalidade. deixe-se estar assim a contemplar a vida, ainda que por breves momentos ao longo do seu dia. e verá como estará mais conectado com a sua essência e as respostas começarão a surgir.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

máscaras

nesta época de carnaval vem a propósito falar das máscaras que usámos no nosso dia-a-dia. quando vivemos voltados para o exterior e preocupados com a nossa imagem e a impressão que essa imagem cria nos outros. passamos a vida a desempenhar papéis que julgamos que a sociedade nos atribui, primeiro como filhos, mais tarde como esposo/a, como pai/mãe, ou qualquer outro dentro da dinâmica familiar. assim como todos os papeis do mundo do trabalho.
e as máscaras vão mudando conforme o papel que vamos desempenhando faltando contudo verdadeira genuinidade nesses desempenhos, porque fazemos aquilo que é suposto fazer ou esperado de nós e não fazemos aquilo que o nosso coração ou melhor dizendo a nossa essência nos pede para fazer. dá-se assim um acumular de frustações e impedimentos que mais cedo ou mais tarde se vai manifestar. podendo ocurrer de várias formas, seja uma perda, seja uma doença. mas não nos enganemos que ela se manifestará.
por isso podemos continuar a usar as máscaras fazendo de conta que nada acontece, esperando que sejamos obrigados a parar e a retirar essas máscaras ou podemos enfim tomar consciência de quem somos na nossa essência e dando voz a esta para que se manifeste e tome controle da nossa vida e nos oriente nesta caminhada.
e veremos como tudo se simplifica, desligamos o complicómetro, que é o nosso ego, com todas as suas dúvidas e falsas necessidades e o mundo de dualidade que ele inventou para controlar a nossa percepção de realidade e nos envolver neste mundo de ilusão.
este mundo é uma ilusão que podemos desmontar e revelar a sua verdadeira imagem, livre de máscaras. onde sermos autênticos é a verdade que nos libertará e veremos enfim as mudanças que todos queremos neste mundo em que vivemos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

dualidade

vivemos num mundo dual. é um pouco na base de dividir para reinar.
estamos sempre entre duas opções, o bem e o mal, o certo e o errado, o masculino e o feminino, a noite e o dia, o yin e o yang, o amor e o medo, o céu e o inferno, etc.
são muitos os exemplos que se podem dar e no entanto não passa tudo de uma ilusão. uma grande ilusão colectiva ditada pelo ego. é assim que ele mantém o controle das nossas vidas nesta dimensão em que vivemos.
dimensão, ela própria também é uma ilusão, é o que eu chamo de sonho real. onde somos levados a acreditar que este corpo em que vivemos são os nossos limites, com um tempo de validade defenido pelo nascimento, pelo viver e finalizando na morte. onde as circunstâncias exteriores ditam aquilo que podemos ou não fazer. onde nos é dito que existe um deus castigador que pune os pecadores e abençoa os bem comportados.
realidade que nos faz acreditar que existe uma separação entre os seres, não importando os pensamentos e os julgamentos que temos sobre os outros, porque nós é que estamos certos, nós é que temos a razão e os outros é que são culpados dos nossos infortúnios e azares. porque se todos fossem como nós tudo seria perfeito e viveriamos num paraíso. estando estas ideias na origem de todos os conflitos e disputas. nós como padrão moral de conduta temos de fazer ver os outros como se devem comportar. e se fizerem diferente então são mal formados, são pecadores e merecem todos os castigos.
pois é hora de despertarmos para a essência da realidade, e percebermos que não existe um eles e nós.
somos todos um, somos co-criadores da realidade e ela é amor, é paz, é luz.
tudo que acontece diz-nos respeito porque se a experenciamos, tomem esses acontecimentos a forma que tomarem, fomos nós que a criamos. e por isso devemos assumir a responsabilidade pelo desenrolar da nossa vida confiando que não estamos sozinhos nesta caminhada, que a nossa essência conhece tudo e nos guiará.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

conflitos

os conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento, mas a forma como lidamos com eles varia de pessoa para pessoa. normalmente os ataques pessoais são o centro dos conflitos, não havendo um distanciamento entre o que originou a altercação e os seus intervenientes.
e as frases mais ouvidas começam normalmente por tu fizeste isto... ou tu és assim...
ou seja o foco centra-se na pessoa e não na situação. para melhor lidar com o conflito devemos-nos centrar na situação em concreto e não nos seus protagonistas. por exemplo em vez de dizer tu és insensível não me ouves experimente dizer fico chateada/o por não conseguir comunicar contigo. outro exemplo, em vez de tu não fazes nada diga tenho a sensação de que faço tudo sozinha/o e preciso da tua ajuda.
em vez de acusar o outro diga o que a situação lhe faz sentir e transmita-lhe essa sensação.
acima de tudo evitem discutir de cabeça quente, enquanto não souberem controlar as suas emoções, porque ai estariam a gritar um com o outro e a comunicação não iria existir. não vão ouvir o que o outro diz e isso só fará escalar a discussão e os ataques pessoais.
acima de tudo para haver um bom diálogo, tem que se começar por saber ouvir o que o outro nos está a dizer.
e ao responder para verificar que percebemos o que nos disseram pode começar por repetir a frase que o outro acabou de utilizar, por exemplo, dizes que sentes que fazes tudo sozinha/o, mas eu costumo fazer... ou ainda,
dizes que ficas triste por não conseguires comunicar comigo, mas sempre que falo contigo sinto que não tenho tempo de terminar as frases, etc.
ao repetirmos as palavras do outro estamos por um lado a mostrar que estamos de facto a ouvir e depois baixamos o potencial de conflito.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

relacionamentos

como estar dentro de um relacionamento hoje em dia, é uma das grandes dificuldades com que se deparam as pessoas. e isto para qualquer tipo de relacionamento desde a amizade, passando pela parentalidade ao amoroso.
a maior dificuldade prende-se com as expectativas que se criam perante o outro, é idealizada uma imagem ou um papel que este deve cumprir e quando não se verifica começam as desavenças, as escaramuças.
normalmente só pensamos no que o outro deve fazer ou acrescentar esquecendo-nos de pensar no que nós podemos e devemos acrescentar para que a relação funcione. porque qualquer relacionamento tem sempre pelo menos duas partes e esta deve ser uma soma em que o todo é maior que as partes individualizadas, se assim não for dão-se os desiquilibrios que levam ao conflito. no relacionamento amoroso deve-se começar por respeitar a individualidade de cada um, os seus desejos e anseios. obviamente para que exista uma relação estes espaços de cada um devem ser compativeis com o projecto em comum, se não houver pontos de ligação em termos de objectivos a atingir essa relação não tem futuro. e para assegurar a "saúde" dessa relação devemos tentar sempre ver o ponto de vista do outro, comunicar é muito importante e passa por fazermo-nos ouvir, mas acima de tudo por ouvirmos o outro. sem isso não existe comunicação, mas sim uma troca de monólogos.
no fundo aquilo que se pede em qualquer tipo de relacionamentos é que não hája julgamentos, quando estamos a julgar já estamos inconscientemente a determinar a sentença, impedindo a outra parte de apresentar o seu ponto de vista. julgando criamos a situação toda, estabelecemos o papel que o outro desempenhou porque nós é que temos a razão toda.
se não houver julgamento já estaremos receptivos para ouvir verdadeiramente o outro e perceber o seu ponto de vista, tendo assim uma melhor capacidade de análise e mais justa também. resultando assim uma postura mais honesta dentro da relação, podendo verdadeiramente estar de corpo inteiro.
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