segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Liberdade para seres como és



O ser humano não deseja conhecer-se de verdade, ele apenas deseja sentir-se bem, apenas deseja obter, aquilo que ele pensa ser, o sucesso. Ele deseja ter mais, obter mais, ainda que escondendo a realidade, escondendo-se da verdade da sua essência.

Muitos procuram muitas formas de elevarem a sua consciência, numa busca por serem mais espirituais, mais evoluídos, mas na verdade apenas procuram uma idealização daquilo que consideram ser iluminado. Apenas buscam as experiências que leram ou ouviram em relatos de outros seres humanos, que supostamente atingiram tais estados de elevação através dessas experiências.

Numa busca por saber mais, por se conhecer melhor, desde que não o faça sentir-se mal, desde que não seja demasiado desconfortável. O desconforto é evitado, porque resulta do medo do desconhecido e por isso evita-se entrar no que seja desconhecido, com medo de não haver retorno possível.

E no entanto a verdade é como é e nada a pode alterar. Nada te pode alterar. Por muito que faças para evitar o desconforto, para evitar as emoções que te desagradam, elas continuarão a ocorrer, porque é natural que assim seja. É parte de ti, é parte da vida e nada pode ser excluído da vida, ela nada despreza, nada nega.

Tu és vida em plenitude. E aquilo que te causa desconforto é uma aproximação à verdade sobre ti, pois enquanto negares partes de ti, não conhecerás a verdade por inteiro. Aquilo que te desagrada em ti e na tua realidade, são sinais sobre aspectos teus que tens ignorado e que te podem guiar ao encontro de ti.

Ouve esses sinais que a vida te dá, deixe que eles te orientem, para dessa forma relembrar quem és de verdade. E quanto maior for a tua aceitação daquilo que és, daquilo que é a tua realidade, mais ciente da tua essência ficas e mais ciente da perfeição do teu Ser ficas.

Quando te abres para a realidade do que és de facto, quando te aceitas como és, com amor, verás que obstáculo algum será intransponível para ti. Dor alguma consegue diminuir o que és, experiência alguma consegue beliscar a essência do que és.

Aceita o desconforto e vai em frente. Porque na verdade aquilo que mais faz temer o ser humano não é a ausência de luz, mas sim aceitar o imenso brilho da luz que brota da sua essência e que nunca esteve ausente. É a luz que mais teme, pois esta é real, mas o medo de que seja apenas ilusória, faz com que tenha medo de a confirmar, de a desfrutar tal como ela é.

Tu és amor, tu és luz intensa. Abraça aquilo que és, tome isso a forma que tomar em cada momento, seja isso percebido como mais prazenteiro ou mais incomodativo, tudo isso és tu. E se estiveres desapegado do que quer que ocorra, sem no entanto o negar, ficas livre para ser quem és.

Livre de máscaras, livre de condicionalismos, livre de medos. Livre para viver simplesmente no agora. Experimenta isso, permite-te isso e vê por ti no que resulta dai.  


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