sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Porque sacrificas a tua felicidade



Sacrificas a tua felicidade quando acreditas ser limitado por uma ideia de personalidade, quando acreditas ser um corpo e a mente que o controla. O ego é essa ideia de limitação e ele tudo faz para manter o controlo sobre a tua realidade, sobre uma ideia de realidade que fica muito aquém da realidade, tal como ela é.

No entanto o ego não é o teu inimigo, tal como algumas filosofias e correntes espirituais querem fazer crer. O ego é útil na medida em que te permite funcionar plenamente nesta dimensão densa energética, que é o plano material, aquele onde é possível acontecer esta experiência humana que estás a viver.

O ego só se torna pernicioso quando acreditas ser apenas isso, quando te identificas totalmente com ele, ai tornas-te prisioneiro dessa ideia. A boa notícia é que sendo uma ideia que ocorre em ti, na tua essência, tu podes escolher a qualquer momento tornar ciente isso mesmo, que se trata apenas de uma ideia e que em nada belisca aquilo que és em essência.

Assim sendo o que, ficar ciente da ideia do ego, faz por ti é o permitir que se quebrem as ilusões e desse modo ficas livre para desfrutar em pleno os desafios inerentes a ser humano, com desapego, porque sabes que nada te pertence de verdade, a posse é apenas mais uma ideia de limitação, pois tudo é passageiro, tudo muda constantemente, apenas a tua essência é imutável e intemporal.

As maiores batalhas, os maiores sacrifícios, que enquanto humano enfrentamos, resulta precisamente da defesa dessa ideia de posse perante os restantes seres humanos que cremos serem apartados de nós, que cremos existirem separados daquilo que somos em essência.

É na perseguição de uma ideia de perfeição que vamos rejeitando a realidade como ela é e batalhamos forçando uma ideia de controlo sobre aquilo que essa realidade pode e deve de ser. Daí resultando apenas frustração e um inúmero de lutas contra moinhos de vento imaginários.

Tudo isso acontece e no entanto é perfeito que aconteça, porque é o que acontece. Nisto reside a piada cósmica. A exemplo de um canino perseguindo a própria cauda, o ser humano procura por algo que nunca lhe faltou, por algo que já existe naquilo que ele é.

Só quando desiste dessa busca incessante por algo mais, por respostas às suas dúvidas. Seja essa desistência resultante do esgotamento das forças, seja por um despertar para a realidade. É que ele se encontra e por fim permite descansar no silêncio da perfeição do ser. Permitindo-se entrar em fluxo com a vida, em fluxo com aquilo que é.

Repara nisso agora, nessa ideia de ego lutando em ti por forma a fazer desacreditar tais conceitos, tais ideias refutando-as de loucas, de imaginárias. Observa apenas como se manifesta em ti, sem julgar, apenas observando. Pois também isso é vida, parte integrante de ti.

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