segunda-feira, 5 de maio de 2014

Jogar ou não o jogo do ego


A ideia que temos sobre quem somos enquanto humanos é o ego, uma ideia de limitação a um corpo e a mente que o controla. Essa mente é de forma simplificada os pensamentos que pululam em nós e que achamos que somos aquilo que pensamos que somos.

Ao longo daquilo que temos como sendo a nossa vida podemos vivê-la em piloto automático, fazendo aquilo que é suposto ser feito, aquilo que sempre foi feito. Ou por vezes acontece a alguns de nós uma necessidade, um apelo por saber mais, por descobrir quem somos de verdade.

E muitos daqueles que sentem esse apelo por saber mais, que descobrem a dormência em que tem vivido tal como os que os rodeiam, procuram fazer o que for para despertar, para se conhecerem melhor, para elevar o seu nível de consciência.

Na verdade, seja numa situação de piloto automático, seja nessa posição de descoberta da verdade sobre quem somos. Ambas resultam num jogo de "busca mas não encontres", o jogo do ego. O que as diferencia é que os primeiros jogam o jogo sem terem ciente que o estão a jogar, já estes últimos julgam que descobriram algo que os torna melhor que os restantes ainda adormecidos, mas continuam jogando o jogo igualmente sem saberem que o estão a jogar.

A questão está em jogar ou não o jogo e não a forma como jogamos o jogo. Ou seja, podemos optar por melhorar o ego, por elevar o seu nível de consciência e isso apenas altera a nossa experiência do jogo. A outra opção é deixar de jogar o jogo e observar apenas que somos o espaço onde esses jogos ocorrem. Que nenhum jogo limita o que quer que seja aquilo que somos em essência.

Esta segunda opção não implica que deixes de jogar o jogo enquanto existes também nestas roupagens humanas, pois esses jogos ocorrem naquilo que és, a grande diferença é que não estás apegado a essa ideia de personalidade, o pessoal não existe. Tu és todas as gotas do oceano, és o oceano.

A ideia de uma gota separada do oceano lutando para assegurar o seu lugar nesse oceano é visto tal como é uma mera ilusão, pois a gota sempre foi e será aquilo que é no agora, ela é oceano.

Tu és vida, plena, total em todas as suas manifestações. És vida tornando-se ciente de si mesma. E jogaremos os jogos que forem precisos até que deixem de o ser, na medida em que estivermos preparados, pois só acontece aquilo que estamos preparados para lidar e  é perfeito que aconteça, pois só acontece o que tem de acontecer.

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