quinta-feira, 13 de junho de 2013

No fim do teu mundo encontras-te


Estás disposta a deixar acabar o teu mundo por forma a te conheceres de verdade?

A esmagadora maioria das pessoas responderá que não a esta pergunta, mesmo que a sua situação atual seja muito má, no seu julgamento, ela não estará disposta a abandonar o seu mundo e isso resulta do controle do medo, o medo de deixar de existir, de perder tudo aquilo que conhece como sendo a realidade.

Preferem uma realidade conhecida, ainda que estejam insatisfeitas com essa realidade, do que se arriscarem no desconhecido, ainda que isso pudesse vir a ser o melhor para elas. A maior parte das pessoas não está disposta a abdicar do controle, da ideia de pessoa que julgam ser, de abandonar a estória que tem como sua, com todos os seus sofrimentos e sucessos.

E na verdade deixando partir essa estória de quem julgas ser, essa ideia de corpo e mente com que te identificas, associado a um nome que te foi dado; quando te permites desligar dessa estória aquilo que ocorre não é o fim, mas sim o inicio daquilo que nunca começou e logo nunca acabará.

A tua essência é ilimitada está ligada ao todo, ela manifesta-se de múltiplas formas, sendo nenhuma delas melhor ou pior do que as outras.

Tu és essa presença, essa testemunha silenciosa que existe antes da estória que identificas como tua, essa ideia de limitação que se vê como separada de tudo o resto e vivendo num mundo hostil onde cada um procura o melhor para si, ainda que a custa do bem estar de outros. 

E no entanto essa ideia de separação origina culpa, ainda que a um nível inconsciente para ti, e essa culpa será projetada nos outros ao teu redor, pois essa ideia limitada de ti, o ego, não quer que despertes para a tua essência, por forma a manter o seu controle sobre ti. 

Se o fizesses o ego deixaria de te controlar, verias a ilusão daquilo que tens como real para ti e serias verdadeiramente livre para experienciar a vida como ela é. Deixarias de te confrontar com as outras pessoas, pois reconhecerias que todos somos unos, que tudo aquilo que te desagrada nos outros é o mero representar de uma projeção do teu ego por forma a te iludir da tua essência, para te manter desligado de ti mesmo, procurando fora de ti culpados, por um lado para o que te desagrada, ou por outro lado respostas para as tuas duvidas.

Se escolheres deixar acabar o teu mundo, como o conheces, aquilo que ocorre não é a morte, que tanto assusta essa ideia limitada de nós, mas sim a descoberta, ou melhor dito, o reencontro com a verdade do teu Ser, com a tua essência.

E ai percebes que tudo é perfeito assim como é, que a vida te dá em cada momento tudo aquilo que precisas para que despertes de verdade, para que relembres quem és, a vida em todas as suas manifestações cuida de ti, ela és tu, tu és vida.

Só te é pedido que estejas presente, que estejas recetiva, de braços e mente aberta para que a vida te mostre quem és, que te permitas entrar em fluxo com toda a existência e quando o fizeres despertas e esse despertar representa o fim do teu mundo e no entanto nada muda, mudando a perceção de tudo aquilo que conhecias.

O que muda é a tua relação com a tua realidade atual e sim isso pode representar que algumas pessoas possam sair e outras entrar na tua vida, pode representar mudar aquilo que é o teu trabalho ou não, mudar de local onde vives ou não. Ou seja as mudanças que ocorrem quando despertas podem ser mais o menos visíveis, mas seja isso o que for, sabes que nada disso te afecta, nada disso belisca aquilo que é a tua essência, pelo contrário tudo é manifestação da vida, tudo é vida a ser vivida por si.

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