quarta-feira, 18 de março de 2015

Quanto mais queres menos te conheces

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Aquilo que obtemos quanto estamos focados no querer, é mais querer. Quanto mais queres algo nunca estarás verdadeiramente satisfeito, pois quando aparentas conseguir o que antes tanto desejavas, uma nova vontade surge que te faz querer mais e mais. 

É o foco no querer algo mais, tome isso a forma que tomar, seja mais bens materiais, seja uma nova relação, um novo emprego; é esse foco que te impede de tomar consciência daquilo que já és neste momento. Por mais voltas que dês à tua vida, as verdadeiras mudanças só ocorrem dentro de ti. É indo dentro de ti e permitindo-te conhecer tal como és, em essência, que irás encontrar tudo aquilo que julgavas faltar. E depois isso reflete-se no teu exterior.

Normalmente aquilo que pensamos que nos falta não é aquilo que pensamos que é. Por exemplo se passas por dificuldades económicas, aquilo que te falta não é o dinheiro em si, mas sim a segurança que ter dinheiro te traz. Segurança que nada te falta, uma sensação de poder cumprir com as obrigações e que desse modo não serás mal vista pelos outros.

Outro exemplo se estás sozinha e desejas encontrar alguém para te relacionares, isso resulta de uma sensação de incompletude, sentes que te falta a cara metade, como popularmente se diz. Mas verdadeiramente ninguém te pode completar, pois nunca estiveste incompleta. És um ser por inteiro, a tua essência é amor.

Enquanto existir essa sensação de falta de amor e esperas que alguém te complete e te dê esse amor, o que irás ter nunca será permanente, mesmo que encontres um alguém para te relacionares, ao fim de algum tempo essa sensação de falta emerge de novo. 

Terás verdadeiro amor quando te conheces de verdade e te permites amar tal como és, descobrindo desse modo que és plenamente amor. Quando tens essa consciência então sim poderás encontrar alguém com quem partilhar o teu amor, já não partindo de uma sensação de falta, mas sim de uma sensação de partilha. Onde procuras fazer crescer o teu amor através da sua partilha e não exiges do outro aquilo que ele não te pode dar, pois já existe em ti.  

Este tipo de relacionamento é feito não numa base de exigência do outro, a saber quem ama mais, mas sim numa base de partilha, onde cada um dá o seu amor sem exigir do outro. Desse modo relacionaste com ele pelo que ele é e não pelo que ele te dá, ou acrescenta.

Quanto mais queres menos te conheces, logo aqui a solução passa por menos, aqui menos é mais.

Deixando de querer e permitindo que a vida seja como é, permitindo conhecer a realidade como ela é, confiando que só acontece aquilo que tem de acontecer e que o que acontece é para o nosso bem. Ainda que por vezes não pareça que assim seja, mas se houver confiança no suporte da vida, do nosso "eu elevado", ou outro nome que te seja confortável, havendo essa confiança, será mais fácil suportar os momentos difíceis e aprender com eles, elevando desse modo o nosso nível de consciência.

Aceita a vida como ela é e continua vivendo-a presente em cada momento, por inteiro. Pois tu és vida, ela não é algo externo que te acontece, mas sim aquilo que tu és.

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