A tua realidade externa funciona como um mapa da tua realidade interna, ela espelha o que vai dentro de ti por forma a que te dês conta e possas lidar com ela, aprender com ela e elevar o teu nível de consciência. Mesmo que não tenhas isto ciente o mais relevante está na forma como lidas com a tua realidade, com as pessoas que dela fazem parte.
Ninguém surge na tua vida por acaso, todas as pessoas sem exceção, estejam presentes muito ou pouco tempo na tua vida, contribuem para o teu crescimento, para a tua evolução enquanto ser humano. Mesmo aquelas que aparentemente ignoras, mesmo aquelas e até principalmente aquelas que mais te desagradam, as que mais mexem contigo, estas refletem aspectos teus que não tens ciente e que clamam a tua atenção.
Se começares a estar mais atenta a essas pessoas que mexem contigo, que te deixam incómoda e ver de que forma isso se manifesta em ti, que tipo de sensações surgem, como reages a essas situações. Fazendo isso com mente aberta irás aprender muito sobre ti, irás encontrar recursos em ti, que ignoravas ter e se o fizeres de um modo integral, sem rejeitar nada, verás como tudo é perfeito assim como é, assim como tu és.
Isso não significa que aceites os comportamentos menos próprios, deves velar pela tua segurança e integridade. No entanto estando recetiva e atenta ao que te acontece, atenta a essas reações que se manifestam em ti em resposta a essas pessoas e ocorrências entras em contacto com o teu lado sombra que também existe.
O ser humano é feito de dualidade e sendo luz, existe também a sombra que a contrasta. No entanto se ignorares essa sombra ela vai-se alimentando de tudo aquilo que rejeitas, vai ganhando poder sobre ti e condicionando a tua realidade. E será assim até que a olhes de frente e escutes o que te quer comunicar, o que te quer ensinar.
Por exemplo no que concerne ao dito amor, que é o amor romântico, pessoas há que se queixam de falta de sorte ao amor, que não encontram ninguém que as ame como acham que merecem e criticam as pessoas que surgem nas suas vidas, ou porque deixam de aparecer sem dizer nada, ou porque afinal não querem nada de sério, ou porque não sabem o que querem e andam a brincar com elas, ou porque não tem coragem de assumir responsabilidades, etc.
Existem mil e uma razões que encontram para justificar o facto de estarem sozinhas e não encontrarem ninguém para partilhar a vida. Isso não significa que de facto algumas dessas pessoas não sejam como elas o descrevem, mas aquilo que é mais relevante para quem está numa situação dessas não é culpar o outro pela sua falta de "fortuna" ao amor, mas sim olhar para dentro e procurar obter as respostas por essas pessoas surgirem nas suas vidas.
Procurar saber o que essas pessoas espelham sobre elas próprias, fazer uma pausa no julgamento dessas pessoas e isso não implica dizer que elas tem razão, mas sim perceber qual o seu estado de espírito na relação com elas, o que procura nelas e qual o seu papel nesse relacionamento.
Passa por um assumir de responsabilidade pela sua vida e quanto melhor estiver na sua pele, melhor isso se fará notar na sua realidade externa e logo nos seus relacionamentos. O que os outros fazem, as suas atitudes e comportamentos diz delas, o que você faz diz de si. E pode perder a sua energia culpando-os pelo que lhe falta ou escolher aprender e estar ciente de como isso mexe consigo, escutar a sua essência e evoluir.
Quanto melhor se conhecer mais em fluxo com a vida que é está, mais livre está e mais ciente da sua simplicidade perfeita está. Pois você é perfeita assim como é, conheça-se e a sua vida será um reflexo disso mesmo. E quem vier depois será para acrescentar e comprovar o amor que já existe em si, pois a sua essência é amor pleno.
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