quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Desilusão com a vida em 4 aspetos


Normalmente a palavra desilusão tem uma conotação negativa, está associada a algo que esperávamos que acontecesse ou fosse de determinada maneira que afinal não o é ou não acontece tal como desejaríamos. Essa desilusão normalmente assim o é por ser um efeito da ideia limitada de nós, ou seja do ego. 

A desilusão que te proponho agora é mais ampla e passa por efetivamente te desiludires dessa ideia limitada de ti, essa ideia que te faz acreditar como sendo apenas um corpo e a mente que o controla e que na verdade te leva a um condicionamento permanente da tua realidade, que te leva a viver numa ilusão onde nunca és suficiente, onde tens de batalhar muito para puderes ser alguém e por breves instantes teres vislumbres de felicidade na tua vida.

Esta desilusão tem a ver com deixar de viver iludido, fazer com que a ilusão de separação de tudo o que te rodeia termine. Para essa desilusão permito-me referir 4 aspetos,e que são:

1 A ideia que tens de ti não limita quem és de verdade.
Sejam quais forem as tuas crenças sobre quem és e sobre o que ocorre na tua realidade, nada disso pode beliscar o que quer que seja a tua essência, pois esta é perfeita e imutável, podendo apenas ser expandida através da partilha, mas nunca diminuída naquilo que a constitui.

2 O corpo
O corpo com o qual te identificas e que representa a imagem que possuis sobre ti, é um instrumento de aprendizagem e comunicação, por si só ele não é bom, nem mau, ele é neutro. Será aquilo que fizeres dele, se aceitares que existes apenas nos seus limites e que a sua finitude será a tua, então sim, isso será real para ti e condicionará a tua vivência humana.

3 A mente 
A mente normalmente associamos aos pensamentos e tendemos a acreditar que se limita ao cérebro. A mente está sempre em funcionamento, os pensamentos são constantes e quanto mais aceitamos que somos esses pensamentos, mais eles nos condicionam e deixá-mo-nos mergulhar nesse turbilhão de pensamentos, sem repararmos que somos esse espaço ilimitado onde eles ocorrem.

4 A morte
É a morte a maior prova da ilusão em que vivemos, é ela que nos mostra que somos finitos, que existimos apenas num corpo e que este se definha e acaba. A morte é a prova maior que o ego nos faz acreditar para continuar a manter o controle e com medo dessa ilusão vamos aceitando viver como autómatos, sendo mais um no meio de todos, vivendo em piloto automático e fazendo o que é suposto ser feito, sem nos permitirmos despertar desta ilusão.


Na verdade podemos escolher nos desiludir desta realidade, descobrir quem somos de verdade, ou melhor, deixar quem somos se revele em pleno na nossa vida. Aceitando aquilo que somos em pleno e aquilo que somos é perfeito, podemos nos permitir não ter medo de vivenciar a plenitude e perfeição do nosso Ser, vivenciar o puro amor, a paz e a alegria que existe na nossa essência.Não precisamos de fazer nada apenas permitir que aconteça,prescindir de compreender tudo, de controlar tudo o que nos acontece e aceitar que aquilo que somos de verdade se revele em pleno em cada momento.

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