terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Permite-te viver a vida




A vida acontece sempre no momento presente e acontece com toda a simplicidade, tudo tem o seu papel, tudo tem relevância, nada é dispensável e sem valor. A vida é muito maior do que pensas que ela é, e tu és vida. Logo, tu és muito mais do que pensas que és. 

Aquilo que pensas que és fica muito aquém daquilo que és de verdade. E isso não é mau por si só, é suposto ter essa visão limitada do que és, por forma a experienciares as vivências que tens de experienciar e desse modo elevares o teu nível de consciência. Faz parte desta experiência de ser humano.

Ser humano é um somatório de experiências que no seu todo constituem, aquilo que consideras a história da tua vida, esta não é mais do que um acumulado de estórias que vais criando momento a momento, sendo essa ideia de ti o elo comum a todas elas. Essa personalidade que crês ser é uma ilusão, e isso não significa que não seja real, significa sim que não é aquilo que pensas que é.

Crês viver numa realidade fundamentalmente dual, feita de contrastes, que te permitem vivenciar ao máximo aquilo que tens de experienciar. Sem esses contrastes não terias referências que validassem essas experiências, nem saberias como as classificar, por forma a elevares o teu nível de consciência.

É na superação desses contrastes, desses desafios que a vida te coloca, no fundo que te colocas a ti mesmo, que descobres quem és de verdade.

Nada do que ocorre na tua realidade acontece fora de ti, tudo aquilo que julgas como externo a ti, é na verdade uma projeção do teu interior. Isto desde um ponto de vista limitado humano. Para a tua essência não existe interior e exterior.

Mas para desfrutares ao máximo esta experiência humana, não precisas de conhecer a tua essência, não necessitas de acreditar em nenhuma religião, em nenhuma filosofia, em nenhuma vertente espiritual, para vivenciares em pleno o que tens de vivenciar. Aquilo que te é pedido é que sejas, simplesmente, quem és. Que te aceites como és, de verdade nem isso, ou seja não necessitas de te aceitar, mas apenas tornar ciente quem és aqui e agora, seja de que forma isso seja.

Porque o que quer que ocorra nesta dimensão humana, já foi aceite pela tua essência, e isso é assim, porque é o que ocorre. Não é algo que seja sujeito a opiniões e julgamentos, não necessita da permissão de ninguém. Simplesmente é como é e assim sendo é perfeito.

Estando presente vivendo o agora como ele se apresenta, sem tentar que seja outra coisa qualquer, com desapego, descobres o quão perfeita és, o quão perfeito e equilibrado tudo é. Nisso reside a tua paz, a iluminação que tantos almejam. 

Permite-te viver a vida, entra em fluxo com ela e desfruta da viagem.

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