terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Pensar pequeno, pensar grande



Os pensamentos normalmente traduzem a forma como, enquanto humanos, percecionamos a nossa realidade. A qualidade dos nossos pensamentos influenciam aquilo que iremos experienciar como a nossa vida. E isto ocorre assim porque tendencialmente nos identificamos totalmente com esses pensamentos. Cremos ser aquilo que pensamos e isto é limitador face áquilo que somos de verdade. Por si só isso não é bom, nem mau. Existem pensamentos que nos elevam e outros que nos condicionam e impedem de viver o nosso pleno potencial humano.

De facto os pensamentos só nos condicionam, seja positivamente, seja negativamente quando nos apegamos a eles. Quando cremos ser apenas aquilo que pensamos e na verdade nós somos o espaço onde eles ocorrem. E isso é possível ser verificado pela nossa atenção. Estando cientes dos pensamentos, observando-os.

Ao observar os pensamentos verificamos que somos quem está  ciente dos mesmos, somos a consciência que os reconhece.

Os pensamentos são uma ferramenta útil para usar nesta dimensão humana e se os usarmos adequadamente eles servem para elevarmos o nosso nível de consciência. A isso chamo pensar grande, pois permite ampliar a consciência de quem somos. Permite-nos sermos criadores da realidade que experienciamos momento a momento.

Pensar grande é ver para além do visível, é relembrar que aconteça o que acontecer aquilo que somos em essência permanece perfeito e imutável tal como é. Pensar grande liberta-nos para fluirmos com a vida, sem restrições. totalmente entregues ao agora.

Já o pensar pequeno é acreditar que somos limitados, que somos vítimas de um mundo esmagador e que pouco ou nada podemos fazer. É acreditar que vivemos separados de tudo o resto, que a vida é algo externo que nos acontece e que se tivermos sorte ela pode correr de feição. É acreditar que se batalharmos muito poderemos algum dia viver momentos de felicidade, se conseguirmos reunir as condições ideias para isso, mas que no entanto teremos de sofrer muito até que isso possa acontecer.

Pensar pequeno faz-te duvidar das tuas capacidades, faz-te sucumbir ao medo, deixando que este te condicione e impeça de realizar o teu potencial. 

O pensar grande e pequeno fazem parte da experiência humana, e é perfeito que assim seja, pois é isso que permite que existam os contrastes. Mas quanto mais consciente disso estás melhor preparado estás para lidar com isso, e desse modo melhor desfrutar desta realidade humana. 

Aceitas as limitações quando surgem, mas continuas avançando em busca do melhor para ti em cada momento, sendo honesto contigo e desse modo com o mundo também. Não se controlam os pensamentos, mas sim podemos controlar a atenção que lhes dispensamos, é esta que lhes atribui o poder sobre a nossa realidade.

É a nossa atenção que dá força ao pensar grande ou pensar pequeno.





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