segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Gratidão pela vida que ocorre em ti, pela vida que és


A preocupação por si só, sendo temporária, pode ser benéfica por contraponto a não fazer nada, quando te encontras ansiosa com algo. Mas quando essa preocupação se alonga no tempo então torna-se perniciosa. Pois o preocupar significa ocupar antes do tempo, ou seja, pensar em algo que ainda não aconteceu e nem sabes se irá acontecer do modo que pensas que vai acontecer. 

No entanto sendo temporário pode te dar um objetivo e uma compreensão da situação em causa e isso pode servir para reduzir os níveis de ansiedade e reduzindo estes ficas mais livre para ver a situação como ela é e permitir que as soluções se tornem mais claras para ti.

Cada desafio que a vida te dá, possui em si mesmo a solução, nada te acontece que não possuas os recursos e capacidades para lidar com isso e resolver do melhor modo. Sendo que isso poderá ser diferente do que julgas à partida ser a melhor solução.

Uma das melhores "armas" que possuis para enfrentar as adversidades da vida é a gratidão.

A gratidão faz com que te foques nos aspetos positivos da tua vida, faz com que ocupes a tua atenção na busca desses motivos que te fazem estar grato. E mesmo que não encontres ou te lembres de situações para estar grato, o simples processo de procurar os motivos de gratidão já são benéficos por si só para ti e o teu organismo. 

Estas são as conclusões de alguns estudos recentes em neurociências. Que revelaram que a gratidão eleva a produção de dopamina e serotonina no teu organismo, que são neurotransmissores que regulam entre outros o sono, o bem estar, a motivação, etc.

A gratidão aplica-se a coisas tão simples e básicas, que a maior parte das vezes ignoramos dando por adquiridas, como o simples facto de respirar, de estar vivo. Já pensaste na quantidade de processos que ocorrem no teu organismo e que te permitem estar vivo. 

Processos esses que não dependem diretamente da tua consciência para eles ocorrerem, eles acontecem automaticamente sem estares a pensar ou a controlar a sua execução. Começando a reparar na tua respiração de tempos a tempos, faz com que centres a tua atenção no momento presente, o único que verdadeiramente existe, o único onde verdadeiramente existes.

Neste momento em que lês este texto faz uma pausa e nota a tua respiração, onde a sentes no teu corpo. É mais abdominal ou sentes mais na zona do peito? Depois de reparar por alguns segundos como a sentes, faz uma respiração profunda, enchendo plenamente os pulmões, contanto até dez e depois deixa que o ar saia, contando até dez. Podes ir repetindo mais duas ou três vezes.

Fazendo este pequeno exercício terás que estar presente no agora, pois a tua atenção estará focada nisso. Este é um recurso que tens para usar naqueles momentos em que sentires mais ansiedade, em que estiveres demasiado preocupada com algo. 

E podes ainda simplificar o exercício fazendo apenas a parte da observação da respiração, notando apenas como ela se processa em determinado momento. Seja um momento de espera numa fila de supermercado  ou na paragem do autocarro. Seja enquanto esperas por uma consulta ou de alguém que está atrasado.

Qualquer momento é bom para dedicares a tua atenção à vida que pulsa em ti, do modo que ela se manifesta, observando apenas aquilo que é, pelo que é, sem julgar, apenas obsevando e aceitando aquilo que é. E verás como terás mais motivos para sentir gratidão. Experimenta por ti e verás.






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