quinta-feira, 9 de junho de 2016

Muda a tua estória, muda a tua realidade



A realidade em que vives é uma construção tua e não a realidade como ela é de facto. E é assim para cada um dos sete biliões de seres humanos. Sendo esta a origem de muitos conflitos e dificuldades que enfrentas no dia-a-dia.

Cada um procurando defender o seu ponto de vista como sendo a verdade inabalável, fechando-se à possibilidade de enriquecer a sua vida, procurando ver de forma diferente aquilo que tinham como certo até então.

Esta abertura para ver a realidade de outra forma só pode trazer benefícios para ti, porque podes sempre continuar a ver a tua realidade, depois de procurar ver a realidade do outro, no limite aprendes sempre com a experiência e podes elevar os teus conhecimentos e o teu nível de consciência.

A realidade de cada um de nós é uma estória que resulta da nossa interpretação daquilo que ocorre ao nosso redor. Interpretação essa condicionada pelas nossas crenças, pela educação que fomos tendo, pela envolvência em que estamos, pelas circunstâncias criadas em torno dessa mesma realidade.

Coloca-te apenas esta questão para quê guerrear por essa realidade se ela está em constante mudança?

Aquilo que tens como verdadeiro agora muda no instante seguinte, porque tu mudas também. Já terás tido situações iguais que se passaram contigo em momentos diferentes e onde a tua reação foi diferente. Logo de nada vale apegares-te ao que crês ser a tua realidade, pois essa rigidez apenas te limita a ti.

Se estás insatisfeita com determinadas situações da tua realidade, a mudança que desejas só irá ocorrer quando tu mudares também. Mudando a estória que surge nesse teu diálogo interno permanente, mudas a realidade que irás vivenciar externamente.

E como mudas tu essa estória?

Essa mudança acontece não pela tua rejeição, pois isso apenas lhe dá mais força e poder sobre ti, mas sim através, primeiro, do seu reconhecimento pelo que é, a tomada de consciência de que está a acontecer desse modo. O reconhecimento que desejas que seja diferente do que é e de seguida permitir-te a abertura de espírito para que essa mudança possa ocorrer.

Essa abertura de espírito significa que não procuras forçar que essa mudança seja do modo que pensas que deve de ser, mas sim recetiva para que uma outra forma de agir, uma outra possibilidade de escolha surja, seja isso o que for.

Porque é essa tentativa que a vida seja aquilo que pensamos que ele deve de ser, que nos impede de aproveitar os muitos sinais que a vida nos dá e as respectivas oportunidades, porque estamos ocupados nessa luta insana contra aquilo que é. 

E aquilo que é e não pode ser diferente daquilo que é, sendo que não é aquilo que cada um de nós pensa que é. Pois o pensamento é uma estória parcial da vida, não consegue abranger a totalidade daquilo que é. A nossa essência conhece aquilo que é, pois é una com ela, já o ser humano que somos não o consegue alcançar, nem é suposto que o faça. 

Assim sendo é perfeito e a utilidade disto tudo é aproveitar o momento presente como ele é sem nos apegar-mos a nada porque tudo é passageiro, tudo é temporário na imensidão da eternidade da essência.

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