sexta-feira, 3 de abril de 2015

Nada te pode fazer mal


Podemos encontrar muitos culpados para a nossa situação atual, podemos descarregar nesses bodes expiatórios por conspirarem contra nós, por nos impedirem de ser bem sucedidos e no entanto nada mudará enquanto não fizermos aquilo que tem de ser feito. E que é o assumir das responsabilidades.

Nós somos responsáveis pela nossa vida, por tudo o que acontece nela e essa responsabilidade significa que temos capacidade para lidar com o que quer que ocorra na nossa realidade. Possuímos recursos internos para superar qualquer desafio que nos seja presenteado. De outro modo eles não aconteceriam.

As pessoas que surgem na nossa vida, assim como todos os acontecimentos, são reflexos da nossa atividade interna, eles espelham situações em nós que temos ignorado, que não dedicamos a devida atenção e que desse modo se fazem ouvir através dessas pessoas ou situações. Todas as pessoas que consideras más para ti, que consideras que te causam dano, seja ele maior ou menor, na verdade elas estão a ajudar-te a conheceres-te melhor e a lidares com esses aspectos teus que preferes resguardar num lugar longínquo dentro de ti.

Isso não iliba essas pessoas dos seus atos, cada uma deve retirar os devidos ensinamentos de tudo o que acontece nas suas vidas. Aquilo que fazemos ou dizemos a alguém, diz mais sobre nós do que sobre essa pessoa. Pois nós vemos as coisas, as pessoas, de acordo com aquilo que somos e não de acordo como aquilo que elas são de verdade.

A realidade em que vives é apenas a tua versão da realidade, o modo como a interpretas, os significados que lhe atribuis, mas não é a realidade como ela é de verdade, no seu todo.

Existem tantas realidade quanto o número de pessoas, sendo que nenhuma delas é melhor do que a outra. Essas realidade são apenas meras interpretações da realidade, sendo no entanto, válidas para cada uma dessas pessoas. Não importa por isso tentar "vender" a nossa versão da realidade, mas sim ter mente aberta, estar disponíveis para tentar ver a realidade de acordo com a versão do outro.

Tentar usar as suas lentes e desse modo alargar a nossa visão do todo, podendo sempre concluir após esse esforço, que a nossa versão continua a ser a melhor para nós, a que faz mais sentido. Contudo o que essa ação nos pode dar é um ganho da visão do mundo, da realidade, ficando assim mais conscientes da imensidão da nossa essência, que é muito maior do que os limites do nosso corpo e mente pode suportar.

Aceitando que existem diferentes formas de ver o mundo, de ver a realidade e que não precisa de se defender com todas as suas forças, pois nada existe contra si, que nada a pode afetar em essência. Fazendo isso, permite que a paz que reside em si se manifeste e mais em fluxo com a vida fica, mais simples se torna a sua realidade. E o que quer que aconteça estará preparada para o aceitar e agir em conformidade. 

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