sexta-feira, 24 de abril de 2015

Saber navegar as próprias emoções

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A importância da inteligência emocional é cada vez maior na nossa realidade humana, os desafios do dia-a-dia deste mundo cada vez mais povoado e no entanto cada vez mais isolado, disso são prova. Numa era onde a quantidade de informação atinge valores galopantes, o saber navegar as próprias emoções ditará a qualidade da vida percecionada por cada um de nós.

Podemos destacar assim alguns aspetos essenciais na inteligência emocional, e que são:

A Autoconsciência, ou seja, o estar ciente das próprias emoções quando elas ocorrem. Observar as emoções que surgem e em que circunstâncias elas se manifestam e como se manifestam em nós e no nosso corpo. De que forma essas emoções impactam a nossa realidade e capacidade de a percecionar. Esta autoconsciência permite-nos conhecer quais os limites que temos, sejam as nossas forças, sejam as nossas fraquezas. Só as tendo bem presentes, as poderemos utilizar em prole da nossa evolução.

Outro aspeto é o Auto-controlo, tendo consciência das emoções que surgem e como se manifestam, estaremos a cuidar de as poder gerir. Saberemos como nos controlar,sem nos deixarmos levar pelas emoções, e isso significa, que vivenciamos as emoções em pleno, sem no entanto nos apegarmos em demasia a elas. Sabendo que ocorra o que ocorrer, em essência continuamos a ser perfeitos, tal como somos. Fazendo isso ficamos mais livres para viver a vida em pleno, desfrutando cada momento tal como ele é.

Com o auto-controlo estaremos cientes da nossa realidade interna, de tudo o que ai se manifesta e isso é relevante,porque tudo acontece primeiro dentro de nós e depois manifesta-se fora. A nossa realidade externa é um espelho da realidade interna, tudo o que ocorre, sem execeção, na nossa realidade externa encontra correspondente interno. 

Logo a forma de lidar com a nossa realidade externa começa sempre por lidar primeiro com a nossa realidade interna. Se procurarmos lidar apenas com a realidade externa, ignorando a interna, continuaremos a repetir sempre os mesmos erros e depois perguntamos porque nada muda, achando que o universo, ou alguém por ele, conspira contra nós.

Referindo um terceiro aspeto, da inteligência emocional, podemos falar em consciência social, que tem a ver com a forma como lidamos com os outros, a forma como percecionamos os outros. Se continuarmos a acreditar que existe uma separação real entre o que somos e o que os outros são, estaremos a abdicar da nossa paz interna, pois acreditamos num mundo de competição, onde apenas os mais fortes sobrevivem, procurando ganhar vantagem sobre os restantes.

Contudo a forma como tratamos os outros diz mais sobre nós do que sobre essas pessoas. Quanto mais cientes da conexão que existe entre todos, que somos todos parte dessa mesma realidade universal, essencial, que é a vida, mais conscientes da felicidade que existe em nós estaremos. 

É através da empatia que se desenvolve a consciência dessa união ao todo e a empatia é procurar ver o mundo através dos olhos do outro, procurar compreender a sua visão da realidade, sem julgar, tendo presente que cada um procura fazer o seu melhor de acordo com o seu nível de consciência, com o seu grau de entendimento.

Isso não implica aceitar tudo que o outro faz, mas sim ter a mente aberta para ver da maneira que ele vê e aceitando que existem tantas visões da realidade,quanto o número de pessoas que existem. E que nenhuma é mais certa que a outra, se elas existem é perfeito que existam, pois de outra forma não existiriam. 

Mesmo aquilo que consideramos como mau e errado, tem um propósito que visto de um ponto de vista alargado, faz todo o sentido. E serve como uma chamada de despertar para a realidade da essência que somos. É nos contrastes que relembramos quem somos.



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