A primeira impressão é a perceção que tens num primeiro impacto, seja com uma pessoa, lugar ou situação. E como se costuma dizer não há uma segunda oportunidade para uma primeira boa impressão, pois a primeira é um momento único e irrepetível. No entanto essa primeira impressão não é irreversível, ela não é definitiva.
A primeira impressão é condicionadora, porque de facto, quando ela é negativa na perceção das outras pessoas, torna-se mais difícil recuperar, exige mais trabalho por parte dessas pessoas, porque estarão sempre a comparar tudo o que faça com essa primeira impressão.
O ser humano tendencialmente gosta de classificar, de etiquetar, as coisas e as pessoas e faz isso de uma forma automática, sendo depois mais difícil mudar. Quando a primeira impressão é positiva, mesmo que depois a pessoa se revele pior do que inicialmente percecionamos, tendencialmente o ser humano dá o benefício da duvida e mantém a ideia da primeira impressão até ao limite.
Já quando a primeira impressão é negativa, mesmo que a pessoa se revele muito melhor do que essa perceção inicial, existe sempre alguma relutância em desligar dessa primeira impressão, levando algum tempo até que possa ser ultrapassada.
O fator mais relevante na mudança de uma má primeira impressão, está na auto-avaliação, na perceção que o próprio tem de si, pois a realidade é um espelho da nossa realidade interna. A forma como os outros nos vêem também resulta da ideia que temos de nós, no entanto, nós vemos as coisas de acordo com aquilo que somos e não de acordo com o que são os outros.
Explicando melhor, a forma como os outros nos vêem apenas a eles diz respeito, no entanto podemos usar as reações e opiniões dessas pessoas, para nos conhecermos melhor, para indo dentro de nós, indagar que aspectos temos ignorado em nós que resultem num espelhar dessas reações e opiniões adversas.
Quanto mais em contacto com a nossa realidade interna estivermos, mais em fluxo com a vida estamos e menos resistência encontraremos e isso consegue-se aceitando a realidade como ela é, aceitando aquilo que somos, seja isso percecionado como bom ou mau. Tudo o que acontece é suposto que aconteça, nada ocorre por acaso. A única diferença é a relação que estabeleces com aquilo que acontece, a relação que te permites ter com a tua realidade, com a tua vida. No fundo a relação contigo própria.
Mais do que te preocupares em causar uma boa impressão, dedica a tua atenção a cuidar de ti, a aceitares e amares aquilo que és, sem exceções. Quanto mais em paz contigo estás, mais isso se reflete na tua vida e nas pessoas que dela fazem parte.
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