sexta-feira, 17 de abril de 2015

O presente não é apenas um momento de passagem

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O presente tal como é percecionado pela maior parte dos humanos é um mero momento de passagem, um momento de espera até que aconteça algo que possa resolver aquilo que julgámos necessitar de resolução. Acreditando que falta sempre alguma coisa, que são incompletos e que necessitam que algo ou alguém que os complete e por isso anseiam pelo concretizar dessa chegada. A chegada desse algo ou alguém, que fantasiam seja a solução para todos os seus problemas.

Pensamentos do género, "quando eu tiver o emprego tal...então..."; " quando encontrar alguém que me ame de verdade, então..." e tudo o mais que possa imaginar. Estes pensamentos são uma ânsia por um futuro perfeito onde tudo se resolve e onde, por fim, a merecida felicidade será alcançada.

Mas o presente não é um momento de passagem para algo melhor que possa surgir no futuro, essa ideia de passagem resulta num desempoderamento, num abdicar dessa imensa força que gravita em ti e que é natural. Força essa que se chama vida.

Tu és vida, ela não é algo que te acontece e que por vezes é boa para ti e noutras te é madrasta A vida é aquilo que és, em toda a sua plenitude, com tudo aquilo que aparenta ser bom, tudo aquilo que aparenta ser mau e tudo o mais no meio. 

Essa vida que és acontece apenas e sempre no momento presente, acontece agora. Logo o presente não é um momento de passagem para nenhum lugar ou situação. Ele não é o algo que tenhas de suportar enquanto fazes por merecer algo melhor que esteja para chegar, se te portares bem. Como se de uma recompensa se tratasse.

É no presente que tomas consciência do quão perfeita és, sendo assim como és agora e que nada te falta de verdade. O que quer que acredites te faltar, resulta de uma estória que contas incessantemente a ti mesma e que aceitas como sendo aquilo que és. Mas essas estórias são pensamentos, pensamentos esses que ocorrem em ti, mas que não te definem.

Tu és o espaço onde ocorrem os pensamentos, observa-os e aceita-os como eles são, pois a solução não passa por rejeitar esses pensamentos, tornando-os objeto de culpa pela situação em que estejas. A solução não passa por tentar controlar esses pensamentos ou tentar cessar esses pensamentos. Os pensamentos que constituem essas estórias que tens contado a ti mesma, são também parte da vida que és.

Nada do que existe em ti é necessário dispensar, pois se acontece, é perfeito que aconteça, pois de outro modo não aconteceria. A questão não se coloca se acontecem ou não, mas sim aquilo que escolhes fazer com o que acontece, seja isso o que for. 

Logo a questão não é parar os pensamentos, não é rejeitar ou tentar controlar os pensamentos, mas sim tomar consciência que eles só tem o poder que lhes atribuis e fazes isso através da atenção que lhes dispensas, através do apego que tens com eles. E isso acontece sempre agora, acontece no momento presente. Vê por ti mesma, verifica por ti.

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