quarta-feira, 2 de abril de 2014

Eu quero...


"Eu quero..." Tudo aquilo que começa por estas duas palavras resultam de uma ideia de limitação, de um esquecimento de quem és de verdade, daquela que é a tua essência. O "eu quero", implica que te vês como sendo incompleto e que necessitas de algo externo para te sentires pleno.

Sim é verdade, enquanto humanos são necessários alguns bens materiais para a tua subsistência, tal como alimentos. Os bens materiais, mesmo os mais supérfluos, por si só não são problemáticos, nada tem de errado. Eles só te condicionam a partir do momento em que tudo o que fazes é orientado para eles, quando vives em função desses bens materiais.

Quando estás de tal forma apegado a esses bens materiais, que crês que eles te definem, que definem quem és e a tua valia neste mundo. Fazendo-o tornas-te escravo dessa ideia de limitação, totalmente orientada para o exterior, para aquilo que é visível, descuidando desse modo da tua verdadeira natureza.

Aquilo que és está definido dentro de ti, é ai que encontras tudo aquilo que és e o que julgas te faltar. Conhecendo quem és de verdade, mergulhando dentro de ti tornarás ciente a imensidão da tua essência e verás que a escassez é uma mera ilusão, que ela existe para que relembres quem és.

A sensação de "eu quero" desvia a tua atenção do que é essencial, enquanto te entretens em busca de colmatar essas faltas deixas de conhecer quem és de verdade, deixas de conhecer esse verdadeiro tesouro que habita em ti, esperando que lhe dês uso.

Para descobrir esse tesouro, começa por deixar de querer, quando te libertas do desejo de ter mais, de acumular mais bens materiais, irás descobrir que aquilo que tens é de um valor incalculável, que já és perfeito assim como és, que tu és pleno, és a vida por inteiro e não um mero expectador da mesma.

A vida és tu e não algo que te acontece de fora para dentro.

Quando os desejos de ter mais, os pensamento de "eu quero" surgem permite-te apenas observá-los, vê como mexem contigo, como se manifestam em ti. Mas apenas observa, sê essa presença silenciosa e verás que partem como chegaram e tu permaneces constante.

Libertando do desejo de ter mais verás que tudo aquilo que for necessário virá a ti ou serás conduzido à sua obtenção quando disso não fizeres o teu objetivo principal. 

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