segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O ego como um bonsai


O bonsai significa árvore em bandeja, ou em vaso, é no essencial uma árvore em miniatura de uma da mesma espécie em habitat natural, ela é plantada num vaso raso pequeno e dessa forma com um espaço limitado onde pode crescer. 

O ego é um pouco isso mesmo em relação à nossa essência, ao Ser que somos de verdade, o ego é uma limitação ao nosso potencial de crescimento, ele significa limitar-mo-nos a ser menos do que somos. Por si só ele nada pode, pois possui apenas o poder que lhe concedemos. Os problemas que surgem na nossa realidade resultam de acharmos, de crermos que somos apenas um corpo e a mente que o controla.

Achamos desse modo que temos de nos relacionar com outros seres que vivem em corpos e que eles possuem algo que nos pode servir, algo que nos pode completar e depois tudo gira em torno da persecução de obtermos deles aquilo que desejamos, num jogo de interesses onde uns ganham e outros perdem.

Este é um jogo que podes mudar para ganha-ganha em vez de ganha-perde, ninguém precisa de perder para que melhores a tua realidade, é precisamente o contrário, quando os outros ganham, tu ganhas também e quando tu ganhas os outros ganham também.

Cada um de nós, enquanto humanos, é responsável pela sua vida, mais ninguém a vive por nós.

Na nossa vida como humanos existem os assuntos que apenas a cada um de nós diz respeito e esses só dentro de nós podemos lidar com eles, só dentro podemos mudar o que quer que seja que desejamos mudar na nossa vida, mas que no final se resume apenas à forma como percecionamos a nossa vida e o nosso papel nela.

A nossa essência é ilimitada e nenhum vaso raso, corpo/mente, pode conter aquilo que somos, apenas nos podemos iludir sermos menos do que somos, através da identificação total com os pensamentos que ocorrem em nós. Esses pensamentos sim são limitados, mas nós somos o espaço onde eles ocorrem, somos que os presencia e nada pode beliscar o que quer que seja a nossa essência.

Aconteça o que acontecer tudo está sempre bem, mesmo quando parece que tudo se desmorona, aquilo que se desmorona é a limitação, são as barreiras ilusórias criadas dentro da nossa essência fazendo-nos acreditar que estamos dentro delas, quando de facto estamos do lado de fora observando-as.

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